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24/08/2006 - 12h58

Colosso de Ramsés 2º será retirado de praça do Cairo

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da Efe, no Cairo

A principal praça do Cairo se despede hoje do famoso monumento do faraó Ramsés 2º, que será transportado com uma enorme caravana para um local mais próximo às pirâmides, nos arredores da capital.

A estátua, de 83 toneladas e 11,5 metros de altura, é um dos principais símbolos do Cairo desde que foi colocada em 1954, durante o governo do presidente Gamal Abdel Nasser, na praça central da estação ferroviária.

O colosso sairá do local, um dos mais movimentados da capital e para o qual deu seu nome, a partir da 1h de sexta-feira (às 19h de hoje de Brasília), em um lento e longo trajeto que durará várias horas.

Seu novo local será um solitário e isolado armazém no acesso à estrada que leva ao porto de Alexandria. Depois, o monumento será colocado definitivamente no Novo Museu Egípcio, cuja construção será concluída em 2009.

O motivo para a mudança é a deterioração sofrida pela estátua em seu local atual, devido à poluição acústica e ambiental causada pelos milhares de carros que passam diariamente em frente pelo colosso e aos tremores causados pelo metrô.

O monumento já foi retirado de sua base e carregado sobre duas plataformas móveis, que serão rebocadas por um grande caminhão. As plataformas foram feitas especialmente para essa operação, que começou após a estátua ter sido envolvida com um material viscoso parecido com o silicone, para protegê-la dos tremores da mudança.

Cerca de 400 arqueólogos, engenheiros, técnicos e operários participaram dos preparativos, trabalhando dia e noite em uma corrida contra o relógio para deixar tudo pronto para o transporte.

Embora ninguém queira arriscar dar a hora exata da chegada, o transporte do colosso deve durar cerca de oito horas, o tempo usado em um ensaio prévio de uma réplica feita no final de julho. No teste, a velocidade média foi de 5 km/h.

Milhares de policiais serão posicionados para vigiar a transferência da estátua, que acontecerá de madrugada para evitar o trânsito e para aproveitar que na sexta-feira é feriado no país e as habitualmente caóticas ruas do Cairo estarão quase vazias.

A transferência seria realizada após uma grande cerimônia. O ministro da Cultura egípcio, Farouk Hosni, no entanto, suspendeu o evento em respeito aos civis libaneses mortos durante a ofensiva israelense contra o Líbano.

História

A estátua foi descoberta em 1888 no bosque de Mit Rahina, próximo à antiga capital faraônica de Memphis, cerca de 28 quilômetros ao sul do Cairo. Ramsés 2º, um dos mais importantes faraós do antigo Egito, tem um templo levantado em sua memória há 3.300 anos em Abu Simbel, na região da Núbia, no extremo sul do Egito, 1.200 quilômetros ao sul do Cairo.

Nas paredes internas do santuário --um dos lugares arqueológicos do mundo mais visitados pelos turistas-- estão várias estátuas e imagens do faraó, que nasceu em 1304 a.C. e morreu em 1237 a.C.

Em suas expedições militares rumo ao sul e ao nordeste, Ramsés 2º aumentou o poder do império e conseguiu sua maior glória na guerra contra os hititas, povo guerreiro procedente da Anatólia, na atual Turquia.

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