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25/10/2006 - 13h02

Em cartaz na 30ª Mostra, "O Cheiro do Ralo" expõe história de destruição

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SILVANA ARANTES
do Guia da Folha

Os convites do casamento estão na gráfica, mas Lourenço (Selton Mello) dispensa a noiva com um incontornável "Não gosto de você".

Pouco depois, na lanchonete perto da loja em que negocia objetos usados, ele volta a se interessar por uma mulher. Ou melhor, apenas por uma parte do corpo dessa mulher cujo nome não consegue memorizar.

"É a combinação de pelo menos três nomes: o do pai dela, o da mãe dela e um outro", conclui. Lourenço quer conquistar "a bunda", mas com precaução: "As mulheres são todas iguais. Se você não prestar atenção, os convites vão para a gráfica".

O humor (corrosivo) é o que tempera o comportamento mesquinho de Lourenço em "O Cheiro do Ralo", de Heitor Dhalia. O filme chega à Mostra impulsionado por uma bela carreira no Festival do Rio, onde recebeu os troféus de melhor ator (Selton Mello), melhor filme (segundo a crítica) e o Prêmio Especial do júri.

Dhalia evoca nesse seu segundo longa-metragem (sucessor de "Nina") as referências que mais aprecia do cinema independente americano, especialmente a obra dos irmãos Coen, de Todd Solondz, de Quentin Tarantino e de Jim Jarmusch.

"O Cheiro do Ralo" foi tomado pela platéia carioca como um filme de humor. Não é. É a história de uma destruição. Aliás, de várias.

Seu título é uma referência ao fato de que Lourenço está permanentemente desassossegado com o cheiro que vem do ralo de sua loja. A podridão é incômoda. Dhalia fez um filme porque tinha algo a dizer.

Especial
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