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30/10/2006
-
09h01
DIÓGENES MUNIZ
da Folha Online
A emofobia está com mais força do que a própria emomania. É o que mostra a internet, instrumento que alavancou a febre das franjas no mundo jovem. No YouTube, maior site de compartilhamento audiovisual da rede, vídeos antiemos têm centenas de milhares de espectadores --e algumas dezenas de produtores.
O termo emo vem de emocore, que por sua vez deriva de hardcore melódico --batida forte com letras melancólicas, por exemplo. A expressão deixou de ser restrita ao ritmo musical e virou descrição de comportamento, identificando por exemplo grupos gays.
A maioria das sátiras e ofensas à tribo vem dos EUA, mas há pelo menos meia dúzia de representantes brasileiros. Enquanto os vídeos internacionais preferem adotar o formato de clipe ou de desenhos, os jovens brasileiros satirizam o que seria o dia-a-dia de um emo ao mostrá-los sendo agredidos na rua.
Entre os mais "elaborados" estão "The Emo Day" e "A Little Day Of An Emo", que apesar do nome em inglês são feitos por jovens brasileiros. O primeiro já foi visto por mais de 260 mil internautas. A edição do vídeo conta até com tomadas diferenciadas.
O sucesso de audiência de "The Emo Day" rendeu até uma homenagem feita por garotos mais jovens. O vídeo segue o mesmo mote, mas é mais curto e recebeu título em português: "Um Dia de Emo".
Já "A Little Day Of An Emo" foi publicado com divisão em três blocos, para faciliar a visualização de quase 20 minutos de filme. Todos os vídeos têm em comum as trilhas (bandas como Blink 182, My Chemical Romance e Yellowcard predominam) e a trajetória do protagonista, que invariavelmente vai apanhar de idosos, punks, "nerds", crianças e argentinos.
No espaço de comentários, os internautas comemoram as agressões. "Emo tem é q apanhá msmo!!! Axei foi pouco!!!", incita um deles. Um outro vai além: "Qro avisá q a temporada de caça aos emos começou!!!!"
Há ainda filmes menos ambiciosos tecnicamente. Exibem apenas um "emo" sendo agredido, sem necessidade de contextualização. A tribo é retratada sempre pela figura de um jovem afeminado. Esses vídeos costumam durar menos de um minuto. É o caso de "Emorto" e "Porrada no Emo Gay". No mês passado, um vídeo chamado "emo vs. gangsta" foi banido por ser considerado impróprio pelo YouTube.
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da Folha Online
A emofobia está com mais força do que a própria emomania. É o que mostra a internet, instrumento que alavancou a febre das franjas no mundo jovem. No YouTube, maior site de compartilhamento audiovisual da rede, vídeos antiemos têm centenas de milhares de espectadores --e algumas dezenas de produtores.
O termo emo vem de emocore, que por sua vez deriva de hardcore melódico --batida forte com letras melancólicas, por exemplo. A expressão deixou de ser restrita ao ritmo musical e virou descrição de comportamento, identificando por exemplo grupos gays.
A maioria das sátiras e ofensas à tribo vem dos EUA, mas há pelo menos meia dúzia de representantes brasileiros. Enquanto os vídeos internacionais preferem adotar o formato de clipe ou de desenhos, os jovens brasileiros satirizam o que seria o dia-a-dia de um emo ao mostrá-los sendo agredidos na rua.
Reprodução |
Site exibe vídeos com ofensas à tribo emo |
O sucesso de audiência de "The Emo Day" rendeu até uma homenagem feita por garotos mais jovens. O vídeo segue o mesmo mote, mas é mais curto e recebeu título em português: "Um Dia de Emo".
Já "A Little Day Of An Emo" foi publicado com divisão em três blocos, para faciliar a visualização de quase 20 minutos de filme. Todos os vídeos têm em comum as trilhas (bandas como Blink 182, My Chemical Romance e Yellowcard predominam) e a trajetória do protagonista, que invariavelmente vai apanhar de idosos, punks, "nerds", crianças e argentinos.
No espaço de comentários, os internautas comemoram as agressões. "Emo tem é q apanhá msmo!!! Axei foi pouco!!!", incita um deles. Um outro vai além: "Qro avisá q a temporada de caça aos emos começou!!!!"
Há ainda filmes menos ambiciosos tecnicamente. Exibem apenas um "emo" sendo agredido, sem necessidade de contextualização. A tribo é retratada sempre pela figura de um jovem afeminado. Esses vídeos costumam durar menos de um minuto. É o caso de "Emorto" e "Porrada no Emo Gay". No mês passado, um vídeo chamado "emo vs. gangsta" foi banido por ser considerado impróprio pelo YouTube.
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