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31/10/2006 - 11h07

Tim Festival teve noite de rappers e Caetano Veloso

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ADRIANA FERREIRA SILVA
BRUNO YUTAKA SAITO
THIAGO NEY
da Folha de S.Paulo

Já era quase manhã de segunda-feira quando Caetano Veloso encerrou o último show da quarta edição do Tim Festival, no Rio de Janeiro. Durante três dias, cerca de 32 mil pessoas passaram pela Marina da Glória, onde, em quatro palcos, apresentaram-se 32 atrações.

Outros 8.000 espectadores estiveram nos espetáculos promovidos, também neste fim de semana, em São Paulo e Vitória --o festival só termina hoje, em Curitiba.

A política deu o tom do evento, com destaque para o discurso engajado da cantora Patti Smith e o público lembrando que ontem foi dia de eleição, usando camisetas com as frases "Lula Sim" e "Lula Não".

A principal novidade de 2006, a mudança do Museu de Arte Moderna para a Marina da Glória, foi aprovada pelo público, que elogiou a estrutura e a ampliação do espaço.

Domingo de rap

Caetano Veloso era a prata da casa do último dia de festival no Rio, que teve como destaque as grandes performances dos rappers do Beastie Boys e do DJ Shadow, ambos no Tim Stage.

Shadow entrou primeiro, promovendo uma viagem sinestésica em que cenas projetadas num telão se desdobravam conforme ele desconstruía batidas de funk, rap e rock. O produtor norte-americano é hoje um dos nomes mais importantes do hip hop, responsável por renovar ao acrescentar diferentes ritmos a ele.

Simpático e falador, Shadow mostrou no Rio toda sua habilidade nos toca-discos, alternando-se entre eles e as baterias eletrônicas.

No set list, entraram faixas dos discos "Endtroducin" e "Private Press" e, para apresentar músicas do novo, "Outsider", Shadow convidou o também americano MC Lateef.

Na seqüência, os Beastie Boys incitaram uma quebradeira entre o público, que mais parecia estar numa apresentação de rock. Vestidos de terno e gravata, os MCs Ad Rock, MCA e Mike D se revezavam nos microfones, enquanto o habilidoso DJ Mixmaster Mike mostrava que sabia tocar até com os cotovelos.

Pulando de um lado para o outro, os MCs mostraram cerca de 20 músicas, como os hits "Brass Monkey", "Ch-check it Out" e "No Sleep Till" Brooklin". Muitas delas foram tocadas com bases diferentes das originais, em versões mais lentas e "sujas".

Como é de praxe, no bis os Beastie Boys voltaram como banda de rock, com baixo, guitarra e bateria (além do DJ), encerrando com a clássica "Sabotage".

Caetano

Em sua noite mais diversificada, o palco Lab recebeu os jazzistas do The Bad Plus, o trio norte-americano Black Dice e Caetano Veloso.

Caetano, atração incluída no festival de última hora, apresentou músicas de seu mais recente disco, "Cê". Eram 3h quando o eler iniciou seu show (que teve, com pouco mais de mil pessoas, o maior público do palco), vestindo jaqueta, calça jeans e camiseta.

É o Caetano em sua recém-lançada fase roqueira. Com o apoio de uma jovem e competente banda, o cantor e compositor emula sonoridade do rock indie norte-americano, como Wilco, em canções agitadas como "Rocks", "Odeio" e "Homem".

Mas nem tudo é rock na nova fase do compositor, como mostrou a apresentação de "Herói", que está no novo CD, mais declamada do que cantada. No bis, Caetano voltou e mostrou canções antigas como "You Don't Know Me" e "Mora na Filosofia"/"Nine Out of Ten".

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