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06/11/2006
-
21h26
DIÓGENES MUNIZ
da Folha Online
Um trio de jovens do bairro de Itaipu, em Niterói (RJ), odeia emos. Em 2003, os universitários Arthur Lutiheri, 20, Luíz Flávio Brito, 19, e Rodrigo Galhano, 20, resolveram formalizar seu desgosto pela tribo. Formaram o grupo Emofóbicos (inspirados no nome CD "Anarkophobia", do grupo de punk rock Ratos de Porão).
Para quem ainda não conhece, o termo emo vem de emocore --rock de levada pesada, mas com letras melancólicas. A expressão caracteriza, além do som, o comportamento de um grupo jovem que adora franjas, papos depressivos e roupas que misturam o infantil com o roqueiro.
Até agora, os Emofóbicos de Niterói só têm três músicas gravadas, o que dá uma média de uma faixa por ano. Mas apenas duas delas são próprias: "Gangues" e "Emofobia".
O som dos estudantes --punk rock com hardcore, segundo eles-- está disponível na internet para download gratuito. As letras também: "Chega de ouvir merda dos outros/ chega de falar de amor nessa porra / não quero viver os seus sentimentos / se você é corno a culpa não é minha."
Incômodo genérico
Para explicar sua fobia aos emos, o grupo atira para todo lado. "A presença deles simplesmente me incomoda", diz o baterista Rodrigo Galhano. Ele admite não ter amigos emos, sequer colegas. "Só conheço de vista."
O baterista também faz críticas estéticas ao grupo. "O pior mesmo é o jeito de se vestir deles." Para Galhano, é uma injustiça os emos usarem, por exemplo, cinto de rebite. Afinal, os Emofóbicos também usam cinto de rebite. "É um acessório tradicionalmente do rock, eles que pegaram depois."
Além da aversão estética, os jovens de Niterói repudiam a música dos emos. "As letras são muito bobas", diz o baixista Luiz Flávio. Como exemplo de bandas emos desprezadas pelos Emofóbicos, eles citam os grupos NX Zero, emo. e Fresno. "Tem o CPM 22 também, mas... não. Eles estão abaixo dos emos, o som deles é ainda mais fraco", afirma Galhano. Segundo seus critérios, o grupo liderado por Badauí toca "pop rock".
Agressões
A internet é um dos palcos preferidos de repúdio aos emos. No YouTube, por exemplo, dezenas de vídeos satirizando a febre das franjas viraram hit. O roteiro: emos apanhando na rua.
O grupo Emofóbicos diz discordar dessa atitude. "A gente combate na música, somos da paz", diz o baterista.
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Leia o que já foi publicado sobre emos
Banda Emofóbicos reforça ódio a "tribo das franjas"
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da Folha Online
Um trio de jovens do bairro de Itaipu, em Niterói (RJ), odeia emos. Em 2003, os universitários Arthur Lutiheri, 20, Luíz Flávio Brito, 19, e Rodrigo Galhano, 20, resolveram formalizar seu desgosto pela tribo. Formaram o grupo Emofóbicos (inspirados no nome CD "Anarkophobia", do grupo de punk rock Ratos de Porão).
Para quem ainda não conhece, o termo emo vem de emocore --rock de levada pesada, mas com letras melancólicas. A expressão caracteriza, além do som, o comportamento de um grupo jovem que adora franjas, papos depressivos e roupas que misturam o infantil com o roqueiro.
Divulgação |
Grupo Emofóbicos tem duas músicas próprias, uma delas contra a tribo dos emos |
O som dos estudantes --punk rock com hardcore, segundo eles-- está disponível na internet para download gratuito. As letras também: "Chega de ouvir merda dos outros/ chega de falar de amor nessa porra / não quero viver os seus sentimentos / se você é corno a culpa não é minha."
Incômodo genérico
Para explicar sua fobia aos emos, o grupo atira para todo lado. "A presença deles simplesmente me incomoda", diz o baterista Rodrigo Galhano. Ele admite não ter amigos emos, sequer colegas. "Só conheço de vista."
O baterista também faz críticas estéticas ao grupo. "O pior mesmo é o jeito de se vestir deles." Para Galhano, é uma injustiça os emos usarem, por exemplo, cinto de rebite. Afinal, os Emofóbicos também usam cinto de rebite. "É um acessório tradicionalmente do rock, eles que pegaram depois."
Além da aversão estética, os jovens de Niterói repudiam a música dos emos. "As letras são muito bobas", diz o baixista Luiz Flávio. Como exemplo de bandas emos desprezadas pelos Emofóbicos, eles citam os grupos NX Zero, emo. e Fresno. "Tem o CPM 22 também, mas... não. Eles estão abaixo dos emos, o som deles é ainda mais fraco", afirma Galhano. Segundo seus critérios, o grupo liderado por Badauí toca "pop rock".
Agressões
A internet é um dos palcos preferidos de repúdio aos emos. No YouTube, por exemplo, dezenas de vídeos satirizando a febre das franjas viraram hit. O roteiro: emos apanhando na rua.
O grupo Emofóbicos diz discordar dessa atitude. "A gente combate na música, somos da paz", diz o baterista.
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