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23/12/2006
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17h58
SÉRGIO RIPARDO
Editor de Ilustrada da Folha Online
Antes de Gisele Bündchen, Xuxa Meneghel, 43, era a melhor imagem que o Brasil poderia projetar no exterior em termos de beleza feminina e riqueza de sua (capenga) indústria de celebridades, no início dos anos 90. Do namoro com Pelé ao pedófilo filme "Amor Estranho Amor", passando pelo ensaio na "Playboy" e o programa na extinta TV Manchete, foi criado o mito da "rainha dos baixinhos", a primeira brasileira a entrar na lista dos 40 artistas mais ricos da "Forbes", em 1991, na 37ª posição.
Agora, os tempos são outros, bem como os hábitos das crianças, que mexem na internet e jogam games antes mesmo de largar a chupeta. Tardiamente, Xuxa acordou para a nova realidade e tenta reagir às mudanças de seu ramo. Dará tempo? 2007 responderá.
Em 2006, o "TV Xuxa" tentou reviver o auge da carreira da apresentadora, voltando a apostar nas velhas fórmulas das atrações infantis, como acompanhou a Folha Online no começo do ano. Nem a direção de Jorge Fernando, responsável por sucessos na teledramaturgia da Globo, conseguiu impedir que o programa sofresse pressões no ibope, chegando a perder para o 'Bom Dia & Cia', do SBT, e o "Hoje em Dia", da Record.
Para reverter a erosão nas planilhas de audiência, Xuxa está se expondo mais. Neste ano, fez o périplo de participações em programas da Globo, do "Domingão do Faustão" ao "Sob Nova Direção". Até falou com o repórter Vesgo (Rodrigo Scarpa) e Silvio (Wellington Muniz, o Ceará), do "Pânico" (Rede TV!), na saída de um shopping no Rio. Na madrugada desta sábado (23), o "Programa do Jô" exibiu entrevista com Xuxa, que ainda levou a filha Sasha, 8, tímida, de boné, e descrita pela mãe como "mandona".
Há motivos mercadológicos para tanta exposição. Ela está lançando o filme "Xuxa Gêmeas", em que tenta mostrar ao público que também se arrisca no papel de vilã. Também colocou nas livrarias um livros de imagens, uma síntese de sua carreira.
Em outubro, seu especial de 20 anos na Globo foi bem no ibope. O canal mobilizou uma megaestrutura para atrair a atenção da mídia e trabalhou, com antecedência, na promoção e divulgação do evento. Era a senha da Globo de que ainda aposta na loira.
No entanto, neste final de ano, surgiram rumores de que, em 2007, o programa de Xuxa sofrerá um corte de orçamento. Pode ser maldade da oposição, embora tenha sido confirmado que a atração dará mais tempo à exibição de desenhos.
No ano passado, por exemplo, houve falatória de que a Globo estudava um programa infantil para a ex-miss e ex-BBB Grazi Massafera, 23, apontada como uma "nova Xuxa", mas que acabou sendo aproveitada como atriz em "Páginas da Vida".
É natural que a Globo faça algum tipo de ajuste no orçamento do programa de Xuxa, considerando a perspectiva para o faturamento da atração. A emissora ainda banca o prestígio da "rainha", porque confia em seu poder de atrair anúncios, de virar a mesa, em momentos desfavoráveis do ibope. E Xuxa não poupa recursos nessa guerra. Ela sabe como aparecer na mídia, seja para exibir o novo corte de cabelo, abrir as portas de sua casa ou mostrar os desfiles de Sasha.
No "Programa do Jô", ela apresentou sua RP (Relações Públicas) Tatiana Maranhão, que foi paquita no extinto "Xou da Xuxa". Também falou de sua amizade com Ivete Sangalo, destacando o senso de humor da cantora baiana. Ele ainda revelou esquisitices, à la Michael Jackson. Exemplos: Xuxa prefere dormir em quartos com temperatura de 9ºC ("em frigorífico", brincou Jô), tem obsessão pela magreza e não esconde sua insatisfação quando se acha acima do peso e se cobra o melhor desempenho desde criança --sempre quis ser a primeira da classe e desdenha posições inferiores, como um segundo lugar.
Imagina se todas as crianças seguirem essas lições de pedagogia de Xuxa, como fizeram nos anos 80 com a moda de usar botinhas de couro e xuquinhas no cabelo. Há sempre o risco de a busca pelo corpo sarado resvalar para a anorexia (que Xuxa condena) e a competição acirrada gerar adultos arrivistas e egocêntricos. Talvez o lado positivo disso seja a sinceridade de Xuxa ao admitir esses valores.
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Leia o que já foi publicado sobre Xuxa
Comentário: Xuxa reage ao rumor de corte de orçamento para 2007
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Editor de Ilustrada da Folha Online
Antes de Gisele Bündchen, Xuxa Meneghel, 43, era a melhor imagem que o Brasil poderia projetar no exterior em termos de beleza feminina e riqueza de sua (capenga) indústria de celebridades, no início dos anos 90. Do namoro com Pelé ao pedófilo filme "Amor Estranho Amor", passando pelo ensaio na "Playboy" e o programa na extinta TV Manchete, foi criado o mito da "rainha dos baixinhos", a primeira brasileira a entrar na lista dos 40 artistas mais ricos da "Forbes", em 1991, na 37ª posição.
| Divulgação |
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| Em "Xuxa Gêmeas", ela faz a malvada Elisabeth e a doce Mel |
Em 2006, o "TV Xuxa" tentou reviver o auge da carreira da apresentadora, voltando a apostar nas velhas fórmulas das atrações infantis, como acompanhou a Folha Online no começo do ano. Nem a direção de Jorge Fernando, responsável por sucessos na teledramaturgia da Globo, conseguiu impedir que o programa sofresse pressões no ibope, chegando a perder para o 'Bom Dia & Cia', do SBT, e o "Hoje em Dia", da Record.
Para reverter a erosão nas planilhas de audiência, Xuxa está se expondo mais. Neste ano, fez o périplo de participações em programas da Globo, do "Domingão do Faustão" ao "Sob Nova Direção". Até falou com o repórter Vesgo (Rodrigo Scarpa) e Silvio (Wellington Muniz, o Ceará), do "Pânico" (Rede TV!), na saída de um shopping no Rio. Na madrugada desta sábado (23), o "Programa do Jô" exibiu entrevista com Xuxa, que ainda levou a filha Sasha, 8, tímida, de boné, e descrita pela mãe como "mandona".
| Divulgação |
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| Xuxa usa velha receita e adormece crianças |
Em outubro, seu especial de 20 anos na Globo foi bem no ibope. O canal mobilizou uma megaestrutura para atrair a atenção da mídia e trabalhou, com antecedência, na promoção e divulgação do evento. Era a senha da Globo de que ainda aposta na loira.
No entanto, neste final de ano, surgiram rumores de que, em 2007, o programa de Xuxa sofrerá um corte de orçamento. Pode ser maldade da oposição, embora tenha sido confirmado que a atração dará mais tempo à exibição de desenhos.
No ano passado, por exemplo, houve falatória de que a Globo estudava um programa infantil para a ex-miss e ex-BBB Grazi Massafera, 23, apontada como uma "nova Xuxa", mas que acabou sendo aproveitada como atriz em "Páginas da Vida".
É natural que a Globo faça algum tipo de ajuste no orçamento do programa de Xuxa, considerando a perspectiva para o faturamento da atração. A emissora ainda banca o prestígio da "rainha", porque confia em seu poder de atrair anúncios, de virar a mesa, em momentos desfavoráveis do ibope. E Xuxa não poupa recursos nessa guerra. Ela sabe como aparecer na mídia, seja para exibir o novo corte de cabelo, abrir as portas de sua casa ou mostrar os desfiles de Sasha.
No "Programa do Jô", ela apresentou sua RP (Relações Públicas) Tatiana Maranhão, que foi paquita no extinto "Xou da Xuxa". Também falou de sua amizade com Ivete Sangalo, destacando o senso de humor da cantora baiana. Ele ainda revelou esquisitices, à la Michael Jackson. Exemplos: Xuxa prefere dormir em quartos com temperatura de 9ºC ("em frigorífico", brincou Jô), tem obsessão pela magreza e não esconde sua insatisfação quando se acha acima do peso e se cobra o melhor desempenho desde criança --sempre quis ser a primeira da classe e desdenha posições inferiores, como um segundo lugar.
Imagina se todas as crianças seguirem essas lições de pedagogia de Xuxa, como fizeram nos anos 80 com a moda de usar botinhas de couro e xuquinhas no cabelo. Há sempre o risco de a busca pelo corpo sarado resvalar para a anorexia (que Xuxa condena) e a competição acirrada gerar adultos arrivistas e egocêntricos. Talvez o lado positivo disso seja a sinceridade de Xuxa ao admitir esses valores.
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