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28/12/2006 - 18h30

Laura Mattos elege os piores e melhores na TV brasileira em 2006

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da Folha Online

A jornalista Laura Mattos, 31, repórter da Ilustrada, comentou nesta quinta, em bate-papo com 275 internautas, a programação da televisão em 2006. No chat, a repórter comentou ainda as novidades das emissoras para o próximo ano. Formada em jornalismo pela USP, Laura Mattos cobre o dia-dia da televisão brasileira para a Ilustrada desde 2000.

Otimista, Mattos considera que 2006 foi um ano de muitos avanços na programação da TV nacional. Ela cita os investimentos na inovadora minissérie "Hoje É Dia de Maria" (Globo) e a "criativa" novela "Cobras e Lagartos" (Globo).

Eduardo Knapp/Folha
A repórter Laura Mattos, que participa de bate-papo
A repórter Laura Mattos, que participa de bate-papo


"´Hoje É Dia de Maria' trouxe uma linguagem nova, um formato revolucionário. E o melhor é que emplacou no Ibope, o que acaba com a tese de muita emissora de TV de que o público não vê coisa boa."

João Emanoel Carneiro é citado como um dos melhores autores de novela da nova geração --assim como Gilberto Braga ("Celebridade"), Lauro César Muniz ("Cidadão Brasileiro", da Record) e Marcílio Moraes ("Vidas Opostas"). "Acho o Carneiro [autor de "Cobras e Lagartos"] de grande talento, uma das melhores revelações da TV dos últimos anos."

Audiência

Questionada se a briga pela audiência faz a qualidade da teledramaturgia subir --tendo em vista que a Globo teve de investir pesado em "Cobras e Lagartos" para enfrentar "Prova de Amor", da Record--, Mattos concorda, mas pondera: "A briga entre novelas trouxe alguns benefícios, mas é bom lembrar que o Jornal Nacional apelou quando começou a sofrer abalo no Ibope. Teve muita violência, muito sensacionalismo."

No ranking das audiências, a Record, em 2007, tem tudo para se consolidar em segundo lugar porque, segundo ela, o SBT [hoje em segundo] está "sem rumo". "Mas, a guerra por audiência também incentivou o baixo nível e 'Superpop' é um bom exemplo."

Humor

Mattos também sustenta que as novelas dubladas do SBT "são, na verdade, programas de humor, mas sem muita graça". Para ela, o "Casseta" foi um dos melhores programas humorísticos, sendo que o "Pânico" perdeu em qualidade em 2006.

Jornalismo

A recente guinada do SBT rumo ao jornalismo, que surpreendeu a todos, pode ser explicada pela imprevisibilidade de Silvio Santos, "o maior enigma da televisão". "Eu, sinceramente, nunca acreditei muito nesse investimento dele no jornalismo. Tenho minhas dúvidas de que ele manterá o foco nisso, principalmente porque a audiência está muito baixa", afirma.

A volta do Ratinho [no SBT] foi considerada um grande retrocesso para a TV. "Mas de Silvio Santos podemos esperar tudo, até esse absurdo."

Piores e Melhores

Mattos considera "Rebelde" uma das piores coisas deste ano. O pior momento da TV citado foi o manifesto do Primeiro Comando da Capital (PCC) em cadeia nacional. Uma cena inesquecível "foi o beijo da Fernanda Montenegro no 'michê', no final de 'Belíssima'", afirma.

O mico da TV deste ano foi cena do [Fernando] Vanucci apresentando um programa "meio chapado".

"Essa história da 'morte do clipe', decretada pela MTV, é uma das maiores polêmicas deste ano." A MTV anunciou que em 2007 terá programas, não clipes.

Futebol

Sobre a transmissão de campeonatos de futebol pela parceria Globo/Band, Mattos garante que, entre as duas emissoras, a Globo terá prioridade: "São poucos os jogos exclusivos que poderão ser exibidos pela Band --entre 26 e 32 de um total de 85. O resto, infelizmente, é 'repeteco' da Globo."

BBB

Se a fórmula do Big Brother Brasil (BBB) ainda perdura, Mattos acredita que sim: "A Globo tem contrato até 2010 sobre o programa".

Sobre a atuação da ex-BBB Grazi, "ela ainda não é uma atriz, mas está cumprindo o papel sem grandes problemas. É melhor até do que muita gente com grandes pretensões."

Eleições

"A cobertura das eleições teve alguns avanços, como o espaço a mais candidatos e os debates do segundo turno", afirmou.

TV Digital

O ano de 2007 deverá ser o ano da TV digital. Mattos lembra que as transmissões começam no final do ano, "com uma grande pressão pela indústria de eletrônicos e pelas redes de TV para que o governo invista no setor em 2007".
 

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