Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
10/01/2007 - 11h51

Comentário: Pulga atrás da orelha afugenta público na estréia do "BBB7"

Publicidade

DIÓGENES MUNIZ
da Folha Online

Integrantes padronizados e pouca transparência na seleção dos participantes fizeram a TV Globo amargar a terceira pior estréia de seu "Big Brother Brasil" em termos de audiência. Cerca de 110 mil domicílios fugiram do "BBB7" na noite de terça-feira (9) só na Grande São Paulo. Esse é o número de televisores a menos em relação à estréia do "BBB6" na mesma localidade.

Na tentativa de chocar logo de cara, o "BBB7" teve uma eliminação no primeiro bloco. O jogador Fernando Orozco foi cortado por ser amigo do filho de um diretor da Rede Globo. Excluir alguém no início da atração, ao vivo, serve também para o programa atestar sua inocência em relação às inúmeras "coincidências" que vem pipocando sobre a trupe do "BBB".

Tarde para se descobrir que o sujeito tinha amigos no alto escalão das Organizações Globo? Não para a intrigante equipe de seleção do programa, que alega ter sido informada só agora. Ainda bem que o detector de mentiras só será usado em quem estiver na casa.
Divulgação
Turma homogênea do "Big Brother Brasil 7" segue para confinamento no Rio de Janeiro
Turma homogênea do "Big Brother Brasil 7" segue para confinamento no Rio de Janeiro


Não faltam, nesta edição, amigos de figurões globais e participantes com histórico na TV e em revistas masculinas. Tem até gente com passagem por novela da Globo, como a animadinha Liane, ex-"Malhação". Sobram suspeitas e pulgas atrás da orelha do telespectador, sobretudo aquele que leva o termo "reality show" ao pé da letra.

A sensação de jogo de cartas marcadas --e de higienização social-- pode ser irreversível numa atração que supostamente trata com a realidade. Falando nela: somente um negro entre 16 participantes? "Ninguém merece", diria Juliana Lopes, entoando o bordão que se tornou uma das maiores contribuições do "BBB" à cultura brasileira. Vai vendo.

Daqui para frente, closes em corpos e flagras de nudez vão dar o tom. É até provável que elevem a audiência da atração. Bial diz que o público costuma eliminar quem faz sexo na "novela da vida" do "BBB", mas sabe muito bem que a erotização ergue o ibope. Mesma lógica dos folhetins: ninguém gosta da vilã, mas todos adoram vê-la apanhar e aprontar malvadezas.

A Globo alega que apenas se chocam com seus "brothers" os telespectadores mais moralistas. São moralistas, claro, mas apenas quando convém à Globo chamá-los assim. Quando não convém, são tratados como amáveis Homer Simpsons.

Leia mais
  • Preguiça, cultura do grotesco e voyeurismo explicam "BBB", diz enquete
  • Participante que fez "Malhação" é outra "coincidência" do "BBB7"
  • Sem diversidade, "BBB7" vai explorar estética da mulher-objeto
  • Exclusão de candidato é velho chamariz para "BBB"
  • Globo inicia "BBB7" com aposta em "explosão de hormônios" e intrigas
  • Comentário: Em 2006, Globo quis ganhar no grito e SBT silenciou

    Especial
  • Leia cobertura completa sobre o "BBB7"
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página