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18/01/2007
-
11h11
RICARDO FELTRIN
Editor-chefe da Folha Online
O longa "A Oitava Cor do Arco Íris", filme menos visto de 2006 nos cinemas, conta a história do menino Joãozinho (Diego Borges) e de sua cabra, Mocinha (Pretinha), de forma ingênua e, principalmente, mambembe. Apenas 133 pessoas assistiram, segundo a Filme B, que calcula público e bilheteria dos cinemas brasileiros. "A Oitava Cor..." custou R$ 600 mil e arrecadou no total R$ 1.035 (São Paulo e Rio).
O diretor Amauri Tangará afirma que sua intenção foi dar espaço a atores locais. Isso não justifica, no entanto, a falta absoluta de talento dos envolvidos. Nem a cabra colaborou.
Na pequena vila de Nossa Senhora da Guia, em Cuiabá (Mato Grosso), o quase-órfão Joãozinho decide vender sua cabritinha para comprar remédios para sua avó. A pobrezinha está moribunda e sua mãe o abandonou: foi ser garota de programa num bordel da capital.
O menino parte então atrás de alguém interessado na pechincha. Ninguém quer Mocinha. Joãozinho se desespera. Tem visões com a avó doente. Continua sua saga comercial até que uma simpática família decide ficar com o bicho. O comprador prende Mocinha em seu quintal e sai para passear com a família. É neste momento que Joãozinho descobre o verdadeiro valor de Mocinha: incalculável.
O que poderia ser uma razoável história de livro infantil ou talvez um curta de 10 ou 15 minutos se arrasta por uma hora e dez minutos, com iluminação precária, atuações desastrosas e até maus-tratos à cabra: durante todo o filme, o protagonista arrasta Mocinha por um barbante. A uma determinada altura das gravações, exausto, o animal empaca. Chega a ser constrangedor como o ator Borges força a mão para puxar Mocinha, que até arfa com o enforcamento.
No dia em que vi a "A Oitava Cor do Arco Íris" no ano passado, no Unibanco Arteplex, em São Paulo, havia só mais uma pessoa na sala: um bocejante funcionário do cinema. Nestes tempos de blockbusters, não deixa de ser "cool" ser uma das 133 "testemunhas" de mais esta "obra" do cinema nacional.
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Filme menos visto de 2006 teve 133 "testemunhas" e maltratou cabritinha
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Editor-chefe da Folha Online
O longa "A Oitava Cor do Arco Íris", filme menos visto de 2006 nos cinemas, conta a história do menino Joãozinho (Diego Borges) e de sua cabra, Mocinha (Pretinha), de forma ingênua e, principalmente, mambembe. Apenas 133 pessoas assistiram, segundo a Filme B, que calcula público e bilheteria dos cinemas brasileiros. "A Oitava Cor..." custou R$ 600 mil e arrecadou no total R$ 1.035 (São Paulo e Rio).
Divulgação/Divulgação |
"A Oitava Cor do Arco-Íris", de Amauri Tangará |
Na pequena vila de Nossa Senhora da Guia, em Cuiabá (Mato Grosso), o quase-órfão Joãozinho decide vender sua cabritinha para comprar remédios para sua avó. A pobrezinha está moribunda e sua mãe o abandonou: foi ser garota de programa num bordel da capital.
O menino parte então atrás de alguém interessado na pechincha. Ninguém quer Mocinha. Joãozinho se desespera. Tem visões com a avó doente. Continua sua saga comercial até que uma simpática família decide ficar com o bicho. O comprador prende Mocinha em seu quintal e sai para passear com a família. É neste momento que Joãozinho descobre o verdadeiro valor de Mocinha: incalculável.
O que poderia ser uma razoável história de livro infantil ou talvez um curta de 10 ou 15 minutos se arrasta por uma hora e dez minutos, com iluminação precária, atuações desastrosas e até maus-tratos à cabra: durante todo o filme, o protagonista arrasta Mocinha por um barbante. A uma determinada altura das gravações, exausto, o animal empaca. Chega a ser constrangedor como o ator Borges força a mão para puxar Mocinha, que até arfa com o enforcamento.
No dia em que vi a "A Oitava Cor do Arco Íris" no ano passado, no Unibanco Arteplex, em São Paulo, havia só mais uma pessoa na sala: um bocejante funcionário do cinema. Nestes tempos de blockbusters, não deixa de ser "cool" ser uma das 133 "testemunhas" de mais esta "obra" do cinema nacional.
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