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24/01/2007 - 12h44

Flexibilidade de Chanel e flores de Lacroix marcam moda em Paris

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DOMINIQUE SCHROEDER
MARIA CARMONA
da France Presse, em Paris

A elegância do próximo verão será longilínea e flexível segundo a Chanel, transparente e florida segundo Christian Lacroix, e de cores sóbrias e formas torneadas segundo o brasileiro Gustavo Lins, novo membro convidado das passarelas parisienses de alta costura. Os três apresentaram na terça-feira suas coleções de alta costura para a temporada primavera-verão 2007.

Philippe Wojazer /Reuters
Lagerfeld criou para Chanel
Lagerfeld criou para Chanel
Gustavo Lins apresentou um "desfile estático", no limite entre a apresentação de moda e a exposição de arte. Seus vestidos brincavam com o torneado de tecidos em espirais. Lãs e tecidos procedentes do vestuário masculino se associaram ao veludo e ao jérsei de seda. O movimento reinou no vestido longo, cujo drapeado se transformava em cauda, ou no vestido-echarpe de lã grossa.

O casaco preto com colarinho de couro, esculpido com pespontos, deslumbrou pelo minucioso trabalho do adorno e pela perfeição do corte impecável. Lins reeditou vários quimonos antigos com um esculpido que deu movimento ao tecido e com pespontos que transformaram sua aparência.

Arquiteto de formação, ele concebe a estrutura das peças "como um espaço arquitetural", que se constrói ao redor do corpo. São "peças sensuais que revelam o corpo sem lhe roubar elegância", explicou o estilista.

Chanel

À frente da Chanel, o estilista Karl Lagerfeld apresentou silhuetas longilíneas, de pernas intermináveis em saias supercurtas sobre meias-calças opacas ou fluidas. O estilista evocou o conceito "fluidez vertical" para definir seu guarda-roupa, que incluiu também vestidos leves de noite, de cintura ajustada e amplas saias bordadas com fios de prata.

A mulher Chanel caminha decididamente em seus vestidos cortados em franjas, como para facilitar os movimentos. O vestido cinza parecia feito de tiras verticais, outro longo e prateado se dividia em franjas na bainha e nas mangas. Os vestidos de tweed, sutilmente mais longos que as jaquetas, eram acompanhados de meias-calça pretas opacas e sapatos bicolores brancos e pretos.

Plumas adornaram os vestidos, mas também o cabelo das modelos, cujos olhos estavam cobertos de véus de tule bordados com strass.

O vestido de noiva, com longas franjas verticais e cauda de plumas, arrancou aplausos do público, entre o qual estavam várias celebridades, como Sigourney Weaver, Sofia Coppola, Diane Kruger, Mariane Faithfull, Sean Lennon, Vanessa Paradis e a primeira-dama francesa, Bernadette Chirac.

Philippe Wojazer /Reuters
Modelo desfila para Lacroix
Modelo desfila para Lacroix
Lacroix

Christian Lacroix propôs, por sua vez, "uma espécie de Floralia" (festival romano em honra da deusa Flora), em vestidos vaporosos em cores suaves ou vivas. "Precisamos de um pouco de poesia", afirmou o estilista, que disse ter buscado inspiração nos quadros de Boticelli e em "todas as antigas cortes reais".

A mulher Lacroix se cobriu com vestidos sedosos nos tons laranja, violeta e vermelho, plissados ou esvoaçantes como pétalas. Flores de tecido adornaram a cintura e as costas. As mangas dos boleros eram amplas, as saias, cobertas de renda, os vestidos, de flores multicoloridas e grandes detalhes pintados.

O estilista também propôs saias curtas e vestidos-casaco azul marinho com bolas brancas, de lamê dourado, rajados com ondas pretas, vermelhas e malva, com detalhes de tachas prateadas ou musselina florida.

A noiva apareceu com vestido de renda salpicado de dourado e coberto com um grande casaco transparente.

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