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25/01/2007
-
11h54
da Ansa, em Buenos Aires
Uma biografia sobre a italiana Margherita Sarfatti (1880-1961), amante do ditador Benito Mussolini (1883-1945) e destacada figura do fascismo, acaba de ser publicada em Buenos Aires. Margherita, que por suas origens judaicas se exilou após as leis racistas do Duce, viveu vários anos no rio da Prata.
"El Amor Judío de Mussolini - Margherita Sarfatti, del Fascismo al Exilio", do jornalista e advogado argentino Daniel Gutman, 36, conta a história de uma vida que passou dos círculos mais poderosos do regime ditatorial a anos difíceis, primeiro em Montevidéu e depois na capital argentina.
O livro de Gutman, que em 2004 ganhou o Prêmio Jovens Jornalistas instituído pela Embaixada da Itália na Argentina e colaborou com a agência de notícias Ansa de Roma, evoca por meio da biografia de Margherita mais de meio século de história italiana, em particular os anos do socialismo e do fascismo.
Sem se submeter às limitações de uma seqüência cronológica, o autor arma o relato alternando os anos em que Margherita era "a rainha sem coroa do fascismo" com sua chegada ao rio da Prata, onde teve o apoio de personalidades da arte e da cultura locais, como os argentinos Victoria Ocampo, Jorge Romero Brest e Emilio Pettoruti.
Gutman destaca em particular no capítulo "La Liberación de Roma" a situação sobre os 6.000 judeus que abandonaram a Itália depois da sanção das leis racistas em 1938, dos quais "mil chegaram à Argentina".
A história da relação entre Margherita, mulher culta, ambiciosa, socialista antes e depois devota do fascismo que em 1934 --quando ainda gozava dos favores do regime-- foi recebida na Casa Branca e o ditador mulherengo, rústico e de origem humilde, serve a Gutman para reconstruir o clima da época, em muitos casos por meio de abundante material.
O autor também faz a reconstrução com citações de meios de comunicação, escritos pela própria Margherita, e artigos dos diários argentinos "Noticias Gráficas" e "La Nación", os jornais uruguaios "Marcha" e "El Diario", e os norte-americanos "The New York Times" e "Washington Daily News", entre outros.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Mussolini
De origem judaica, amante de Mussolini ganha biografia na Argentina
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Uma biografia sobre a italiana Margherita Sarfatti (1880-1961), amante do ditador Benito Mussolini (1883-1945) e destacada figura do fascismo, acaba de ser publicada em Buenos Aires. Margherita, que por suas origens judaicas se exilou após as leis racistas do Duce, viveu vários anos no rio da Prata.
Reprodução |
Retrato de Margherita ainda jovem |
O livro de Gutman, que em 2004 ganhou o Prêmio Jovens Jornalistas instituído pela Embaixada da Itália na Argentina e colaborou com a agência de notícias Ansa de Roma, evoca por meio da biografia de Margherita mais de meio século de história italiana, em particular os anos do socialismo e do fascismo.
Sem se submeter às limitações de uma seqüência cronológica, o autor arma o relato alternando os anos em que Margherita era "a rainha sem coroa do fascismo" com sua chegada ao rio da Prata, onde teve o apoio de personalidades da arte e da cultura locais, como os argentinos Victoria Ocampo, Jorge Romero Brest e Emilio Pettoruti.
Gutman destaca em particular no capítulo "La Liberación de Roma" a situação sobre os 6.000 judeus que abandonaram a Itália depois da sanção das leis racistas em 1938, dos quais "mil chegaram à Argentina".
A história da relação entre Margherita, mulher culta, ambiciosa, socialista antes e depois devota do fascismo que em 1934 --quando ainda gozava dos favores do regime-- foi recebida na Casa Branca e o ditador mulherengo, rústico e de origem humilde, serve a Gutman para reconstruir o clima da época, em muitos casos por meio de abundante material.
O autor também faz a reconstrução com citações de meios de comunicação, escritos pela própria Margherita, e artigos dos diários argentinos "Noticias Gráficas" e "La Nación", os jornais uruguaios "Marcha" e "El Diario", e os norte-americanos "The New York Times" e "Washington Daily News", entre outros.
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