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26/01/2007
-
10h23
FERNANDA CRANCIANINOV
da Folha Online
O desafio é grande: como convencer ao menos 30 milhões de fãs de "A Grande Família", que chega às telas nesta quinta, de que vale a pena sair do conforto de sua casa e pagar um ingresso nos cinemas? Diferentemente da versão para a telona da série "Os Normais", o filme não promete nenhuma grande revelação sobre o passado dos personagens, apenas garante mais uma história entre o casal Lineu e Nenê.
E é basicamente isso que o público poderá conferir em "A Grande Família - O filme": 104 minutos de comédia, que acabam se transformando em uma versão estendida (e fora dos estúdios) do seriado. Há pouco "filme", como anuncia o cartaz, e (ainda) muita televisão. Em outras palavras, vê-se muito do célebre roteirista Guel Arraes (que trabalha com Cláudio Paiva, elaborando o formato de três histórias) e pouca intervenção do diretor Maurício Farias --que, sem grandes inovações, mantém uma estética bem semelhante à da televisão.
Três histórias
A forma proposta por Arraes é uma velha conhecida: a morte de um amigo de Lineu desperta três reações diferentes no personagem, repercutindo no comportamento dos demais membros da família --o que seria impraticável nos 30 minutos da televisão. Mantendo o mesmo jogo e ritmo cômico da televisão, a diversão é garantida em drama, comédia e romantismo. Em meados do filme, no entanto, a repetição do cenário e até mesmo de algumas frases do roteiro se tornam previsíveis. Talvez duas histórias --aprofundando melhor o desenvolvimento de todas as personagens-- já fossem suficientes.
Os trunfos do filme são o cenário (de Luciane Nicolino) e a trilha (com direção de Branco Mello). Fora dos estúdios, o público vai passear pelos subúrbios do Rio de Janeiro, mergulhando em ambientes do dia-a-dia de qualquer pessoa --como um supermercado ou um salão de beleza. A trilha destaca Roberto Carlos e outros sucessos dos anos 60, remetendo à época em que Lineu e Nenê se conheceram, há 40 anos.
O filme introduz a maternidade para o casal Bebel e Agostinho, mas a direção do programa não garante que a novidade ganhe continuidade na televisão. Ao que parece, a história nasce e morre por ali, sem aprofundar as relações entre os familiares.
É uma pena, já que Marco Nanini (Lineu) e Marieta Severo (Nenê) poderiam dar um show ainda maior com personagens mais aprofundados. Pedro Cardoso (Agostinho), que cai como uma luva em seu personagem, como sempre atua de forma brilhante, convence e diverte. Andréa Beltrão (Marilda) interpreta e desfila divinamente em lindos vestidos --mérito a Cao Albuquerque que compõe o figurino.
Com mais de 200 episódios, a série é um grande sucesso --e o filme certamente aposta nisso: levar os fãs de Lineu, Nenê, Agostinho, Bebel, Tuco, Marilda e Beiçola aos cinemas. Se eles saírem de casa para ver "mais do mesmo" sobre "A Grande Família", a expectativa de um milhão de espectadores --uma projeção baixa, se considerarmos que "Se Eu Fosse Você", maior sucesso nacional de 2006, acumula um público de 3,6 milhões-- será atingida.
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O desafio é grande: como convencer ao menos 30 milhões de fãs de "A Grande Família", que chega às telas nesta quinta, de que vale a pena sair do conforto de sua casa e pagar um ingresso nos cinemas? Diferentemente da versão para a telona da série "Os Normais", o filme não promete nenhuma grande revelação sobre o passado dos personagens, apenas garante mais uma história entre o casal Lineu e Nenê.
Divulgação |
Lineu (Marco Nanini) e Nenê (Marieta Severo) em "A Grande Família - O filme"; confira galeria |
Três histórias
A forma proposta por Arraes é uma velha conhecida: a morte de um amigo de Lineu desperta três reações diferentes no personagem, repercutindo no comportamento dos demais membros da família --o que seria impraticável nos 30 minutos da televisão. Mantendo o mesmo jogo e ritmo cômico da televisão, a diversão é garantida em drama, comédia e romantismo. Em meados do filme, no entanto, a repetição do cenário e até mesmo de algumas frases do roteiro se tornam previsíveis. Talvez duas histórias --aprofundando melhor o desenvolvimento de todas as personagens-- já fossem suficientes.
Os trunfos do filme são o cenário (de Luciane Nicolino) e a trilha (com direção de Branco Mello). Fora dos estúdios, o público vai passear pelos subúrbios do Rio de Janeiro, mergulhando em ambientes do dia-a-dia de qualquer pessoa --como um supermercado ou um salão de beleza. A trilha destaca Roberto Carlos e outros sucessos dos anos 60, remetendo à época em que Lineu e Nenê se conheceram, há 40 anos.
Divulgação |
Andréa Beltrão atua em belíssimo figurino no filme; confira a galeria de imagens do longa |
É uma pena, já que Marco Nanini (Lineu) e Marieta Severo (Nenê) poderiam dar um show ainda maior com personagens mais aprofundados. Pedro Cardoso (Agostinho), que cai como uma luva em seu personagem, como sempre atua de forma brilhante, convence e diverte. Andréa Beltrão (Marilda) interpreta e desfila divinamente em lindos vestidos --mérito a Cao Albuquerque que compõe o figurino.
Com mais de 200 episódios, a série é um grande sucesso --e o filme certamente aposta nisso: levar os fãs de Lineu, Nenê, Agostinho, Bebel, Tuco, Marilda e Beiçola aos cinemas. Se eles saírem de casa para ver "mais do mesmo" sobre "A Grande Família", a expectativa de um milhão de espectadores --uma projeção baixa, se considerarmos que "Se Eu Fosse Você", maior sucesso nacional de 2006, acumula um público de 3,6 milhões-- será atingida.
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