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26/01/2007 - 09h00

Libanês de 23 anos, Mika é uma grande aposta pop para 2007

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THIAGO NEY
da Folha de S.Paulo

Ele é pianista de origem erudita, canta em falsete, tem obsessão pela disco dos anos 70 e de Freddie Mercury esqueceu apenas o bigode. Seu nome é Mika e ele está prestes a tomar conta do mundo pop.

O apelo de Mika é imediato. Ele ainda não tem álbum lançado --sua estréia, "Life in Cartoon Motion", sai na Europa no próximo dia 5; no Brasil, chega entre fevereiro e março--, mas já está no topo da parada.

Divulgação
Com apenas 23 anos, cantor Mika atinge topo das paradas
Com apenas 23 anos, cantor Mika atinge topo das paradas
Amparado por extensa rotação na Radio 1 e por melodia que remete a Prince, Scissor Sisters e Queen, o single "Grace Kelly" chegou ao nº 1 no Reino Unido na semana passada --tornou-se a segunda canção da história do país a alcançar o topo apenas com as vendas por download; a primeira foi "Crazy", do Gnarls Barkley.

O cantor é a principal aposta da gravadora Universal para 2007. "Acabei de fazer uma turnê por rádios inglesas, excursionei pela Europa, agora estou nos Estados Unidos... Essas últimas semanas têm sido uma loucura. É muito trabalho. Estou muito feliz, mas não sabia que teria de sacrificar tanta coisa...", diz Mika por telefone à Folha, de Los Angeles.

"Após os shows, sempre encontro pessoas interessantes, que vêm falar comigo e me convidam para sair. Mas agora eu tenho de recusar, pois no dia seguinte tenho de acordar às 7h para pegar um avião. É estranho, quando você tem a oportunidade de curtir um pouco, não ter mais tempo", conta o rapaz de 23 anos, nascido no Líbano, filho de pai norte-americano e mãe libanesa.

Mika deixou o Líbano com pouco mais de um ano, devido aos conflitos no país. Passou a infância em Paris e, depois, mudou-se para Londres. "Mas, se você entrar na minha casa, verá na hora que está numa casa libanesa. Não tem jeito: por menor que seja sua ligação com o Líbano, ela se sobressairá."

Segundo Mika, a infância em Paris foi "agradável". Já a adolescência em Londres não deixa boas memórias. Na escola, sofria com seu visual glam. Quando não estava envolvido em problemas, ficava isolado.

"Não conseguia mais ficar na escola e fiquei sem estudar por seis meses. Para eu ter algo a fazer, minha mãe contratou um professor russo para me dar aula de canto e piano. Como eu não tinha mais nada, me dediquei àquilo. E me dei bem. A música me colocou na linha."

Aos 11 anos, Mika cantou em uma peça de Strauss no imponente Royal Opera House, de Londres. Ali, decidiu o que queria fazer para o resto da vida.

"Naquela performance, percebi que eu poderia ter uma outra vida. Eu senti que tinha de fazer parte desse mundo em que é possível criar uma ilusão. Você trabalha o dia inteiro para criar uma ilusão. Não sabia, na época, se eu iria ser um ator, um designer, um cenógrafo ou um cantor, mas queria ser uma dessas pessoas que cria um mundo de ilusão."

Apaixonado por pop, Mica Penniman deixou definitivamente a música erudita. Um fato curioso: uma de suas gravações chegou a Simon Cowell, o hoje jurado do "American Idol". Cowell disse a Mika: "Você tem uma boa voz, mas suas letras... Nem tente arrumar um contrato". Pois é...

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