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29/01/2007
-
19h52
FERNANDA CRANCIANINOV
da Folha Online
Está chegando ao fim a 22ª edição da semana de moda mais badalada do país, a São Paulo Fashion Week. Durante seis dias do evento, entre muito luxo e glamour, o Pavilhão da Bienal, no parque do Ibirapuera, recebeu diversos personagens da elite nacional --enquanto fora de suas instalações convivem na cidade, cenário de butiques de grife, aproximadamente 10 mil desabrigados.
Criada em 1996 com o nome de Morumbi Fashion, a SPFW é apenas mais um dos símbolos de uma metrópole que abriga os contrastes de um país onde impera a desigualdade. Justificando a escolha do local da maior semana de moda do país, o Estado de São Paulo, sozinho, representa 75% do consumo de todo o setor de moda e luxo --que ultrapassa US$ 2 bilhões anuais em negócios.
Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostram que, entre 1991 e 2000, a renda dos 10% mais ricos da cidade de São Paulo cresceu 10,6% --concentrando 49,2% da renda da cidade.
Segundo Carlos Ferreirinha, diretor da consultoria MCF Fashion, o Brasil tem entre 350 mil e 500 mil consumidores de artigos de luxo --que representam apenas entre 0,2 e 0,3% de toda a população (dentro do universo de 180 milhões de habitantes). "Acredito que o mercado possa dobrar nos próximos cinco ou sete anos, chegando a US$ 4 bilhões", explicou Ferreirinha. Em todo o Brasil, a oferta de artigos de luxo cresceu, em média, 35% nos últimos cinco anos.
Estimativas não oficiais que circulam entre marcas internacionais instaladas no Brasil apontam que a região da Grande São Paulo contabiliza até 20 mil milionários, que alimentam os caixas de grandes marcas de luxo.
Mas, mesmo sem pertencer a esse universo de milionários, o brasileiro não se deixa abater. Segundo o IBGE, apenas as famílias cuja renda mensal ultrapassa os R$ 3.000 gastam menos do que recebem. Focando no desejo de um status econômico e social mais elevado, as grifes de luxo do país encontraram a solução: fazem algumas "concessões", parcelando suas vendas no crediário --algo impensável em outras capitais do mundo.
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da Folha Online
Está chegando ao fim a 22ª edição da semana de moda mais badalada do país, a São Paulo Fashion Week. Durante seis dias do evento, entre muito luxo e glamour, o Pavilhão da Bienal, no parque do Ibirapuera, recebeu diversos personagens da elite nacional --enquanto fora de suas instalações convivem na cidade, cenário de butiques de grife, aproximadamente 10 mil desabrigados.
Criada em 1996 com o nome de Morumbi Fashion, a SPFW é apenas mais um dos símbolos de uma metrópole que abriga os contrastes de um país onde impera a desigualdade. Justificando a escolha do local da maior semana de moda do país, o Estado de São Paulo, sozinho, representa 75% do consumo de todo o setor de moda e luxo --que ultrapassa US$ 2 bilhões anuais em negócios.
Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostram que, entre 1991 e 2000, a renda dos 10% mais ricos da cidade de São Paulo cresceu 10,6% --concentrando 49,2% da renda da cidade.
Segundo Carlos Ferreirinha, diretor da consultoria MCF Fashion, o Brasil tem entre 350 mil e 500 mil consumidores de artigos de luxo --que representam apenas entre 0,2 e 0,3% de toda a população (dentro do universo de 180 milhões de habitantes). "Acredito que o mercado possa dobrar nos próximos cinco ou sete anos, chegando a US$ 4 bilhões", explicou Ferreirinha. Em todo o Brasil, a oferta de artigos de luxo cresceu, em média, 35% nos últimos cinco anos.
Estimativas não oficiais que circulam entre marcas internacionais instaladas no Brasil apontam que a região da Grande São Paulo contabiliza até 20 mil milionários, que alimentam os caixas de grandes marcas de luxo.
Mas, mesmo sem pertencer a esse universo de milionários, o brasileiro não se deixa abater. Segundo o IBGE, apenas as famílias cuja renda mensal ultrapassa os R$ 3.000 gastam menos do que recebem. Focando no desejo de um status econômico e social mais elevado, as grifes de luxo do país encontraram a solução: fazem algumas "concessões", parcelando suas vendas no crediário --algo impensável em outras capitais do mundo.
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