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01/02/2007
-
22h22
da Folha Online
Fluminense de Petrópolis, o dramaturgo Marcílio Moraes, 62, conseguiu constranger a Globo no ranking do Ibope com um capítulo de "Vidas Opostas", exibido ontem pela Record. Nos anos 70, ele escrevia livros de bangue-bangue vendidos em banca de jornal.
A novela fala da violência no Rio, mostra a ação do tráfico de drogas nos morros e a corrupção na polícia, além de críticas à má distribuição de renda no país. Com esse enredo realista, a trama conseguiu atrair a atenção do telespectador.
No horário, a Globo exibia o previsível "Big Brother Brasil 7" e depois o jogo sem tantas emoções entre os times paulistas Ponte Preta e Palmeiras.
O autor de "Vidas Opostas" é cria da Globo. Ficou na emissora carioca de 1984 a 2002. Ele colaborou com "Roque Santeiro", "Roda de Fogo" e "Mandala", além de ter sido responsável por um dos maiores sucessos dos anos 90 (a novela "Sonho Meu").
"Sei fazer novelas e, se algum concorrente me der recursos, sei como bater a Globo", profetizou Moraes à Folha em agosto de 2002.
Na época, nomes como Glória Perez e Gilberto Braga tentavam evitar que a Globo deixasse de renovar o contrato do colega.
Mas ninguém conseguiu convencer a então diretora-geral da Globo (Marluce Dias da Silva), que justificava a medida necessária para reduzir custos diante de um mercado publicitário em baixa na época.
Na Record, Moraes começou a mostrar resultados com a elogiada pela crítica e boa de ibope "Essas Mulheres" em 2005. Seu último trabalho na Globo foi a co-autoria na minissérie Chiquinha Gonzaga (1999).
Com fama de contestador, ele também atua na defesa dos interesses dos escritores, como presidente da ARTV (Associação Brasileira de Roteiristas Profissionais de TV, Cinema e outros Meios de Comunicação), criada em 2000.
Em seu site, o grupo conta que a entidade "nasceu a partir de um protesto contra a falta de créditos em um programa humorístico da Globo, agravado pela notícia de que um conhecido diretor, que jamais escreveu uma linha de roteiro, iria dar a si próprio crédito de autor-roteirista numa novela que estava dirigindo".
Segundo o Teledramaturgia, uma das principais "enciclopédias" virtuais sobre novelas do país, Moraes publicou seu primeiro conto em 1969, na revista "Cadernos Brasileiros". Formado em Letras pela Faculdade Nacional de Filosofia, ele trabalhou como professor, tradutor, jornalista, crítico de teatro, revisor e dicionarista, entre outras profissões.
Não foi a primeira vez que uma novela da Record ultrapassa a Globo. No início do ano passado, "Prova de Amor", escrita por Tiago Santiago (também ex-Globo), conseguiu a mesma façanha, ficando à frente do "Jornal Nacional".
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Fluminense de Petrópolis, o dramaturgo Marcílio Moraes, 62, conseguiu constranger a Globo no ranking do Ibope com um capítulo de "Vidas Opostas", exibido ontem pela Record. Nos anos 70, ele escrevia livros de bangue-bangue vendidos em banca de jornal.
A novela fala da violência no Rio, mostra a ação do tráfico de drogas nos morros e a corrupção na polícia, além de críticas à má distribuição de renda no país. Com esse enredo realista, a trama conseguiu atrair a atenção do telespectador.
Reprodução |
Sei como bater a Globo, disse Moraes |
O autor de "Vidas Opostas" é cria da Globo. Ficou na emissora carioca de 1984 a 2002. Ele colaborou com "Roque Santeiro", "Roda de Fogo" e "Mandala", além de ter sido responsável por um dos maiores sucessos dos anos 90 (a novela "Sonho Meu").
"Sei fazer novelas e, se algum concorrente me der recursos, sei como bater a Globo", profetizou Moraes à Folha em agosto de 2002.
Na época, nomes como Glória Perez e Gilberto Braga tentavam evitar que a Globo deixasse de renovar o contrato do colega.
Mas ninguém conseguiu convencer a então diretora-geral da Globo (Marluce Dias da Silva), que justificava a medida necessária para reduzir custos diante de um mercado publicitário em baixa na época.
Divulgação |
Com cena de tiroteio, novela da Record dribla Globo e marca gol no placar da audiência |
Com fama de contestador, ele também atua na defesa dos interesses dos escritores, como presidente da ARTV (Associação Brasileira de Roteiristas Profissionais de TV, Cinema e outros Meios de Comunicação), criada em 2000.
Em seu site, o grupo conta que a entidade "nasceu a partir de um protesto contra a falta de créditos em um programa humorístico da Globo, agravado pela notícia de que um conhecido diretor, que jamais escreveu uma linha de roteiro, iria dar a si próprio crédito de autor-roteirista numa novela que estava dirigindo".
Segundo o Teledramaturgia, uma das principais "enciclopédias" virtuais sobre novelas do país, Moraes publicou seu primeiro conto em 1969, na revista "Cadernos Brasileiros". Formado em Letras pela Faculdade Nacional de Filosofia, ele trabalhou como professor, tradutor, jornalista, crítico de teatro, revisor e dicionarista, entre outras profissões.
Não foi a primeira vez que uma novela da Record ultrapassa a Globo. No início do ano passado, "Prova de Amor", escrita por Tiago Santiago (também ex-Globo), conseguiu a mesma façanha, ficando à frente do "Jornal Nacional".
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