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11/02/2007 - 09h13

Comentário: "Big Brother Brasil" virou "Malhação" para adultos

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ROBERTO DE OLIVEIRA
da Revista da Folha

Cadê a biba que se sentia perseguida pelos brutamontes supostamente homofóbicos da casa e adorava citar Caetano Veloso como guru? E a carioca assumidamente suburbana que falava o que vinha à cabeça sem dar a mínima para as câmeras ou para o politicamente correto?

Fãs da atual versão do "reality show" podem alegar: "Chega de saudade, a fila anda, e com ela, veio o "BBB 7". Chapéu, Alberto também usa. É até chamado de caubói pelos outros participantes. Mas soa "fake" até nos poucos fios de cabelo que exibe no corpo, magro --uma raras exceções da casa.

Reprodução
Estudante Carolini deixa seio aparecer
Estudante Carolini deixa seio aparecer
Alberto, que saiu ileso do último paredão, acha que basta carregar no sotaque caipira. Esqueceu os trejeitos típicos de peão de boiadeiro que Rodrigo, o caubói original, exibia com desenvoltura e garantia o ibope da atração. Tanto fez que levou o prêmio do "BBB 2".

Talvez a explicação de a audiência estar patinando seja o fato de que a sétima versão do "Big Brother" careça de personagens autênticos. Assumidamente, a emissora optou por escalar um bando uniformizado que parece ter saído de uma academia para a "Playboy" e a "G".

Reprodução
Cena de banho coletivo apimenta "BBB7"
Cena de banho coletivo apimenta "BBB7"
O resultado? O programa virou uma espécie de "Malhação" para adultos. Falta gente que se encontra na rua, na quitanda, na feira do domingo, na borracharia de estrada. Personagens tontos ou maléficos que se armavam, cada um à sua maneira, para disputar um lugar ao sol na "casa mais vigiada do Brasil".

Quem sintoniza a Globo no horário quer dar risada de expressões surreais, como "uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa", do "dançarino" e capa da penúltima revista "G", Kleber Bambam. Era um atentando à língua que na manhã seguinte estava na boca do povo da padaria da esquina.

Reprodução
Homens do "BBB7" fazem pirâmide humana
Homens do "BBB7" fazem pirâmide humana
Na tentativa de dar maior "autenticidade" ao confessionário, a produção do "BBB 7" resolveu instalar um detector de mentiras. Um sensor conectado ao microfone mede a entonação e a freqüência de voz deles, enquanto cada candidato escolhe seu preterido para o paredão.

Umas luzes verdes, amarelas e vermelhas ficam piscando numa velocidade que nem mesmo a ligeira Cida --aquela mistura de aeromoça e vidente espiritual do "BBB 2" que chegou ao cúmulo de lavar a banheira da casa com a própria escova de dentes-- seria capaz de acompanhar. Quiçá entender.

Uma coisa é certa: dá uma vontade doida de mandar todos os integrantes --incluindo aí a equipe de produção e o Bial para o paredão de uma vez por todas. Que saudade da Sol, do "BBB 4", e sua versão novilíngua e absurda de "Iarnuou" (sic) --"We Are The World".

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