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18/02/2007
-
15h22
MIE KOHIYAMA
da France Presse, em Tóquio
A polêmica em torno de uma biografia australiana da princesa Masako, mulher do herdeiro do trono do Japão, que sofre de depressão, levou a principal editora nipônica a desistir de sua publicação, em meio aos protestos do governo e do palácio.
Resultado de longos meses de pesquisa, o livro do jornalista australiano Ben Hills, intitulado "Princesa Masako - Prisioneira do Trono do Crisântemo", tenta elucidar as causas da depressão que obrigou Masako, uma ex-diplomata, a se afastar durante três anos de todos os compromissos oficiais.
Publicado em novembro passado na Austrália e, depois, nos Estados Unidos, a versão japonesa do livro sairia em março próximo.
Mas Kodansha Ltd., número um editorial do Japão, anunciou sexta-feira em comunicado que "não havia outro remédio" senão "cancelar" o lançamento da biografia.
Instituição muito respeitada no país, quando não venerada, a Corte imperial do Japão está especialmente protegida da curiosidade dos meios de comunicação e, mais ainda, dos estrangeiros.
O ministério das Relações Exteriores protestou oficialmente contra o livro, ao considerar que contém "descrições desrespeitosas" e "difamatórias em relação à família imperial e ao povo japonês". Anteriormente, o embaixador do Japão na Austrália, Hideaki Ueda, transmitiu carta de protesto ao jornalista e a sua editora, Random House, reclamando "correções e desculpas".
Paralelamente, seguindo um trâmite pouco usual, o grande camarista do imperador Akihito do Japão, Makoto Watanabe, interpelou Hills em carta anunciada à imprensa na qual apóia o casal imperial.
O grande camareiro reprovou os "erros" contidos na biografia australiana e o fato de "zombar" do imperador e da imperatriz estimados por "mais de 75% dos japoneses", segundo as pesquisas.
Em Sidney (Austrália), onde reside, Hills negou-se a fazer comentários. "Rejeito totalmente a intenção (do governo japonês) de me intimidar. Rejeito totalmente as acusações da falta de exatidão oumentiras em meu livro. É totalmente absurdo", declarou Hills.
"A única pessoa que merece uma desculpa é a princesa Masako", segundo Hills, que "responsabiliza" a Agência imperial, encarregada do protocolo do palácio, pelo estado da mulher do príncipe herdeiro Naruhito.
A polêmica beneficia o jornalista. Seu livro vem estando em segundo lugar nas vendas do portal Amazon.com no Japão, atrás apenas de "Harry Potter".
O jornalista afirma que Masako foi submetida a um tratamento hormonal para dar à luz mediante inseminação artificial a uma menina, Aiko, em 2001, ao final de nove anos de camento. A informação foi desmentida pelo Palácio.
Durante muito tempo sofrendo de depressão, a princesa Masako, 43, começou a se incorporar progressivamente aos compromissos oficiais, mas continua sob tratamento.
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da France Presse, em Tóquio
A polêmica em torno de uma biografia australiana da princesa Masako, mulher do herdeiro do trono do Japão, que sofre de depressão, levou a principal editora nipônica a desistir de sua publicação, em meio aos protestos do governo e do palácio.
Resultado de longos meses de pesquisa, o livro do jornalista australiano Ben Hills, intitulado "Princesa Masako - Prisioneira do Trono do Crisântemo", tenta elucidar as causas da depressão que obrigou Masako, uma ex-diplomata, a se afastar durante três anos de todos os compromissos oficiais.
Toshiyuki Aizawa/Reuters |
Princesa Masako é mulher de Naruhito, herdeiro do trono japonês |
Mas Kodansha Ltd., número um editorial do Japão, anunciou sexta-feira em comunicado que "não havia outro remédio" senão "cancelar" o lançamento da biografia.
Instituição muito respeitada no país, quando não venerada, a Corte imperial do Japão está especialmente protegida da curiosidade dos meios de comunicação e, mais ainda, dos estrangeiros.
O ministério das Relações Exteriores protestou oficialmente contra o livro, ao considerar que contém "descrições desrespeitosas" e "difamatórias em relação à família imperial e ao povo japonês". Anteriormente, o embaixador do Japão na Austrália, Hideaki Ueda, transmitiu carta de protesto ao jornalista e a sua editora, Random House, reclamando "correções e desculpas".
Paralelamente, seguindo um trâmite pouco usual, o grande camarista do imperador Akihito do Japão, Makoto Watanabe, interpelou Hills em carta anunciada à imprensa na qual apóia o casal imperial.
O grande camareiro reprovou os "erros" contidos na biografia australiana e o fato de "zombar" do imperador e da imperatriz estimados por "mais de 75% dos japoneses", segundo as pesquisas.
Em Sidney (Austrália), onde reside, Hills negou-se a fazer comentários. "Rejeito totalmente a intenção (do governo japonês) de me intimidar. Rejeito totalmente as acusações da falta de exatidão oumentiras em meu livro. É totalmente absurdo", declarou Hills.
"A única pessoa que merece uma desculpa é a princesa Masako", segundo Hills, que "responsabiliza" a Agência imperial, encarregada do protocolo do palácio, pelo estado da mulher do príncipe herdeiro Naruhito.
A polêmica beneficia o jornalista. Seu livro vem estando em segundo lugar nas vendas do portal Amazon.com no Japão, atrás apenas de "Harry Potter".
O jornalista afirma que Masako foi submetida a um tratamento hormonal para dar à luz mediante inseminação artificial a uma menina, Aiko, em 2001, ao final de nove anos de camento. A informação foi desmentida pelo Palácio.
Durante muito tempo sofrendo de depressão, a princesa Masako, 43, começou a se incorporar progressivamente aos compromissos oficiais, mas continua sob tratamento.
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