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20/02/2007
-
09h55
BRUNO YUTAKA SAITO
da Folha de S. Paulo
Nos últimos anos restrito ao universo dos sebos e da música eletrônica, o disco de vinil está dando a volta por cima. E, por ironia, justamente devido à falência precoce do seu antigo algoz, o CD, produto que vai perdendo sua razão de ser nesses dias de downloads.
Movidos por saudosismo, selos independentes ligados ao rock, como o carioca Gravadora Discos e o goiano Monstro Discos, estão promovendo a reabilitação do vinil. Um dos casos mais simbólicos é o da Reco-Head, de São Paulo.
Há poucas semanas a gravadora lançou um pacote de bons três CDs, que serão seus derradeiros. São eles "Jam Jolie Orquestra" (que também ganha edição em vinil), do dono da gravadora, Arthur Joly; "Druques", da banda homônima de Bragança Paulista (SP), e "Sol no Escuro", de Fabio Góes.
"Hoje é muito difícil fazer as pessoas comprarem CDs", diz Joly. A idéia da gravadora é comercializar música em duas frentes: download pago de faixas avulsas e discos de vinil.
Segundo Joly, um disco em vinil custa R$ 19 (ao sair da fábrica); um CD completo sai por R$ 5. Além disso, a quantidade do bolachão encomendada é menor (300 unidades).
"Vinil é mais caro. Só tem uma fábrica no Brasil que ainda o produz [Poly Som, em Belford Roxo, Rio]. Mas é tão suicida comercialmente quanto fazer um CD", diz Fabrício Nobre, um dos sócios da Monstro. "Ninguém mais coleciona CD, nem a molecada. Hoje, o CD é mais antigo e demodê do que o vinil." "Fazemos porque gostamos do formato", diz Joly.
Nobre conta que a tendência é mundial. "Fui no Festival de Roskilde [na Dinamarca] e todas as bandas tinham compacto em vinil, de Primal Scream a Raconteurs", conta. Para ele, o revival acontece por causa de um fetiche de quem gosta de rock. "Sabe aqueles adultos que colecionam bonecos e brinquedos? Com o vinil é a mesma coisa: um monte de adultos querendo colecionar discos de vinil."
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Nos últimos anos restrito ao universo dos sebos e da música eletrônica, o disco de vinil está dando a volta por cima. E, por ironia, justamente devido à falência precoce do seu antigo algoz, o CD, produto que vai perdendo sua razão de ser nesses dias de downloads.
Movidos por saudosismo, selos independentes ligados ao rock, como o carioca Gravadora Discos e o goiano Monstro Discos, estão promovendo a reabilitação do vinil. Um dos casos mais simbólicos é o da Reco-Head, de São Paulo.
Há poucas semanas a gravadora lançou um pacote de bons três CDs, que serão seus derradeiros. São eles "Jam Jolie Orquestra" (que também ganha edição em vinil), do dono da gravadora, Arthur Joly; "Druques", da banda homônima de Bragança Paulista (SP), e "Sol no Escuro", de Fabio Góes.
"Hoje é muito difícil fazer as pessoas comprarem CDs", diz Joly. A idéia da gravadora é comercializar música em duas frentes: download pago de faixas avulsas e discos de vinil.
Segundo Joly, um disco em vinil custa R$ 19 (ao sair da fábrica); um CD completo sai por R$ 5. Além disso, a quantidade do bolachão encomendada é menor (300 unidades).
"Vinil é mais caro. Só tem uma fábrica no Brasil que ainda o produz [Poly Som, em Belford Roxo, Rio]. Mas é tão suicida comercialmente quanto fazer um CD", diz Fabrício Nobre, um dos sócios da Monstro. "Ninguém mais coleciona CD, nem a molecada. Hoje, o CD é mais antigo e demodê do que o vinil." "Fazemos porque gostamos do formato", diz Joly.
Nobre conta que a tendência é mundial. "Fui no Festival de Roskilde [na Dinamarca] e todas as bandas tinham compacto em vinil, de Primal Scream a Raconteurs", conta. Para ele, o revival acontece por causa de um fetiche de quem gosta de rock. "Sabe aqueles adultos que colecionam bonecos e brinquedos? Com o vinil é a mesma coisa: um monte de adultos querendo colecionar discos de vinil."
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