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02/03/2007
-
10h36
MARY PERSIA
da Folha Online
Que o ritmo das novelas de Manoel Carlos não é lá muito frenético todos já sabiam. Mas que "Páginas da Vida" seria uma trama arrastada, esticada apenas para cumprir tabela, surpreendeu. De tédio.
Até o primeiro terço da trama das oito que acaba hoje, muito se especulava. A cada adiantamento das novidades --oriundo do próprio autor ou de revistas de fofocas--, o público criava expectativa, se comovia. Mal podia aguardar para ver Sílvio (Edson Celulari) vivendo uma relação gay, Thelminha (Grazi Massafera) golpista e grávida, ou então irmã Lavínia (Letícia Sabatella) dividida entre os votos perpétuos e a paixão por um portador do HIV. Mas nada disso aconteceu.
Não demorou muito e a história passou a se arrastar, com o atraso do autor na entrega dos textos e o "destrinchamento" dos capítulos. Com uma freqüência quase diária, um capítulo se transformava em dois, graças aos milagres da edição. Perdido, o espectador reclamava (a Folha Online recebeu centenas de comunicados de leitores insatisfeitos com as sinopses da novela da Globo, que raramente atualizava corretamente os textos junto à imprensa).
Criticado por mobilizar um elenco tão grande e valioso para a Globo, restou a Manoel Carlos dar prêmios de consolação para quem foi escalado e aceitou atuar em "Páginas". A Tide (Tarcísio Meira) coube um início de romance com Tônia, vivida por Sônia Braga --que, com ampla cobertura da mídia, veio do exterior, mas não disse a quê. Silvio teve de ficar com a cunhada, Márcia (Helena Ranaldi), cujo marido Gustavo (Antonio Calloni) morreu porque o ator desistiu da novela. Carmem (Natália do Vale) sobrou para o jardineiro Domingos (Joelson Medeiros).
Sabrina (Leandra Leal) vai voltar para a Holanda. É o preço pago pela atriz por ter falado mal da novela em público (ainda que de forma virtual, em seu blog). Poderia ter feito como os outros, que reclamaram pedindo anonimato --exceto por Louise Cardoso e Helena Ranaldi.
Ana Paula Arósio, em sua primeira novela contemporânea na Globo, teve um fim mais agradável com sua Olívia. Mas, apesar de seu strip-tease nas cenas iniciais, não emplacou --se sai melhor nas minisséries de época, que devem irritar muito menos a atriz.
Christine Fernandes, que foi protagonista na Record, voltou à Globo com um papel criado especialmente para ela. Sua Simone, porém, ficou sem namorado-galã, perdida na vila de Isabel (Vivianne Pasmanter).
Falando nela... "Se quiser/ Sempre que quiser um beijo/ Eu vou te dar...". Seu romance com Renato (Caco Ciocler) empolgou, mas o excesso de cenas com o casal mais pareceu jabá para Tânia Mara, namorada do diretor Jayme Monjardim.
"Páginas da Vida" só valeu a pena para menos de meia dúzia de atores: Fernanda Vasconcellos (Nanda), Lília Cabral (Marta), Grazi Massafera (Thelma) e Marcos Caruso (Alex). O restante, não importa o talento e o currículo, quase nada pôde fazer em "papéis de apoio".
Sorte teve Narjara Turetta, que se sustentava com venda de coco na praia e pôde dar um reforço no orçamento.
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Comentário: Elenco de "Páginas da Vida" ganha prêmio de consolação
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da Folha Online
Que o ritmo das novelas de Manoel Carlos não é lá muito frenético todos já sabiam. Mas que "Páginas da Vida" seria uma trama arrastada, esticada apenas para cumprir tabela, surpreendeu. De tédio.
Até o primeiro terço da trama das oito que acaba hoje, muito se especulava. A cada adiantamento das novidades --oriundo do próprio autor ou de revistas de fofocas--, o público criava expectativa, se comovia. Mal podia aguardar para ver Sílvio (Edson Celulari) vivendo uma relação gay, Thelminha (Grazi Massafera) golpista e grávida, ou então irmã Lavínia (Letícia Sabatella) dividida entre os votos perpétuos e a paixão por um portador do HIV. Mas nada disso aconteceu.
Divulgação |
Grazi teve destaque; veja imagens |
Criticado por mobilizar um elenco tão grande e valioso para a Globo, restou a Manoel Carlos dar prêmios de consolação para quem foi escalado e aceitou atuar em "Páginas". A Tide (Tarcísio Meira) coube um início de romance com Tônia, vivida por Sônia Braga --que, com ampla cobertura da mídia, veio do exterior, mas não disse a quê. Silvio teve de ficar com a cunhada, Márcia (Helena Ranaldi), cujo marido Gustavo (Antonio Calloni) morreu porque o ator desistiu da novela. Carmem (Natália do Vale) sobrou para o jardineiro Domingos (Joelson Medeiros).
Divulgação |
Isabel e Renato tiveram trilha repetitiva |
Ana Paula Arósio, em sua primeira novela contemporânea na Globo, teve um fim mais agradável com sua Olívia. Mas, apesar de seu strip-tease nas cenas iniciais, não emplacou --se sai melhor nas minisséries de época, que devem irritar muito menos a atriz.
Christine Fernandes, que foi protagonista na Record, voltou à Globo com um papel criado especialmente para ela. Sua Simone, porém, ficou sem namorado-galã, perdida na vila de Isabel (Vivianne Pasmanter).
Folha Imagem |
Narjara Turetta entrou para o elenco |
"Páginas da Vida" só valeu a pena para menos de meia dúzia de atores: Fernanda Vasconcellos (Nanda), Lília Cabral (Marta), Grazi Massafera (Thelma) e Marcos Caruso (Alex). O restante, não importa o talento e o currículo, quase nada pôde fazer em "papéis de apoio".
Sorte teve Narjara Turetta, que se sustentava com venda de coco na praia e pôde dar um reforço no orçamento.
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