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26/03/2007
-
22h55
FERNANDA CRANCIANINOV
da Folha Online
A nova novela das 19h do SBT teve sua estréia nesta segunda-feira apostando no exagero de conflitos pessoais e familiares; ouse mudar de canal o telespectador que não tiver ao menos um dos problemas apresentados em "Maria Esperança" (baseada no original "Maria Mercedes").
Silvio Santos não quer arriscar quando o assunto é "público-alvo"; em menos de uma hora, a nova teledramaturgia do SBT reúne --entre perseguições de carro, tiro, casamento, mortes e juras de amor e vingança-- dramas como o preconceito de cor (vivido por um pai negro que sofre a rejeição de sua filha adotiva branca); preconceitos e amores impossíveis entre classes (o filho do capataz que se apaixona pela filha do patrão e amiga infância); conflitos entre familiares (um deficiente físico "à beira da morte" cuja herança é cobiçada pela família "agregada" pelo segundo casamento de seu falecido pai); e, claro, o conflito de Maria que, abandonada pela mãe, sustenta emocionalmente e financeiramente sua família. Ufa!
O foco de enredo é a família de Maria, que sobrevive vendendo flores e bilhetes de loteria pelas ruas. A novela apresenta a personagem ainda criança, quando é abandonada pela mãe. "Anos depois..." a menina cresce e Bárbara Paz, a velha estrela lançada pela "Casa dos Artistas", encarna as dificuldades enfrentadas por uma mulher "batalhadora e cheia de esperança".
Identifica-se então a tal "Maria Esperança" que dá nome à novela --ainda que bem diferente das imagens da abertura, que brincam com nossa imaginação e propõem um futuro sensual para essa Maria com jeito de moleque. O futuro de Maria é apresentado já no primeiro capítulo com um recurso narrativo muito simples: ela consulta "as cartas", de sua amiga cigana Filomena Beiju (Monoelita Lustosa), que lhe mostram a promessa de um homem que vai mudar seu futuro (Santiago, interpretado por Nico Puig).
Maria carrega nos ombros não só sua família: seu pai, Ramiro (Walter Breda), um alcoólatra que nunca teve como sustentar os filhos, e os irmãos; Guilherme (Daniel Morozzeti), jovem revoltado e problemático, Isabel (Greta Antoine), adolescente fútil e ambiciosa, e André (Rafael Chagas), um adorável garoto de princípios fortes.
Maria carrega também o peso dos "severinos" de João Cabral de Melo Neto; ela é qualquer Maria, "iguais em tudo na vida". Diante da mesma sina ("a de abrandar estas pedras/suando-se muito em cima"), Bárbara Paz enfrenta o desafio de realizar a catarse do telespectador (e de muitas Marias), personificando o velho bordão "a esperança é a última que morre".
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"Maria Esperança" do SBT distribui conflitos para todos os gostos
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da Folha Online
A nova novela das 19h do SBT teve sua estréia nesta segunda-feira apostando no exagero de conflitos pessoais e familiares; ouse mudar de canal o telespectador que não tiver ao menos um dos problemas apresentados em "Maria Esperança" (baseada no original "Maria Mercedes").
Silvio Santos não quer arriscar quando o assunto é "público-alvo"; em menos de uma hora, a nova teledramaturgia do SBT reúne --entre perseguições de carro, tiro, casamento, mortes e juras de amor e vingança-- dramas como o preconceito de cor (vivido por um pai negro que sofre a rejeição de sua filha adotiva branca); preconceitos e amores impossíveis entre classes (o filho do capataz que se apaixona pela filha do patrão e amiga infância); conflitos entre familiares (um deficiente físico "à beira da morte" cuja herança é cobiçada pela família "agregada" pelo segundo casamento de seu falecido pai); e, claro, o conflito de Maria que, abandonada pela mãe, sustenta emocionalmente e financeiramente sua família. Ufa!
Divulgação |
Bárbara Paz encarna 'Maria Esperança', novela das 19h do SBT baseada em 'Maria Mercedes' |
Identifica-se então a tal "Maria Esperança" que dá nome à novela --ainda que bem diferente das imagens da abertura, que brincam com nossa imaginação e propõem um futuro sensual para essa Maria com jeito de moleque. O futuro de Maria é apresentado já no primeiro capítulo com um recurso narrativo muito simples: ela consulta "as cartas", de sua amiga cigana Filomena Beiju (Monoelita Lustosa), que lhe mostram a promessa de um homem que vai mudar seu futuro (Santiago, interpretado por Nico Puig).
Maria carrega nos ombros não só sua família: seu pai, Ramiro (Walter Breda), um alcoólatra que nunca teve como sustentar os filhos, e os irmãos; Guilherme (Daniel Morozzeti), jovem revoltado e problemático, Isabel (Greta Antoine), adolescente fútil e ambiciosa, e André (Rafael Chagas), um adorável garoto de princípios fortes.
Maria carrega também o peso dos "severinos" de João Cabral de Melo Neto; ela é qualquer Maria, "iguais em tudo na vida". Diante da mesma sina ("a de abrandar estas pedras/suando-se muito em cima"), Bárbara Paz enfrenta o desafio de realizar a catarse do telespectador (e de muitas Marias), personificando o velho bordão "a esperança é a última que morre".
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