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28/03/2007
-
16h50
da Folha Online
A repórter Carmen Pompeu, enviada especial da Folha Online a Curitiba, descreve suas impressões sobre o 16º FTC (Festival de Teatro de Curitiba).
Sétimo dia
Sete dias de FTC (Festival de Teatro de Curitiba) --ou oito, se considerarmos o dia da abertura oficial, quarta (21). Estamos chegando à reta final. Tempo suficiente para esboçar um balanço do evento.
A cidade continua muito quente. Mas não é nada que a hospitalidade e a simpatia do povo curitibano não nos façam sublimar.
É incrível a disposição das pessoas deste lugar em lotar os espetáculos, sejam eles exibidos nos palcos italianos, alternativos ou ao ar-livre. Respira-se teatro aqui.
Com tantas apresentações, quase mil ao todo, tenho me concentrado nas peças de rua, encenadas em praças públicas. Até mesmo por serem ao ar-livre. Busco uma sombrinha num canto qualquer e fico observando: o esforço dos atores, as caras e bocas do público; o olhar de admiração das vovós com seus netinhos.
Hoje de manhã vi "Cus Cus Circus", na Praça Osório, no Centro. Tinha muita criança acompanhando. Muitas pessoas ao redor. Algumas ficaram em pé sobre os bancos para ver melhor.
No meio delas, o ator mambembe mexicano, Daniel Quesadas, exibia toda a sorte de malabarismos: com bola, com tochas, com facas e com tudo isso ao mesmo tempo montado num monociclo. Foram 50 minutos que passaram voando.
Curitiba é uma cidade de belas praças. Todas muito limpas, bem cuidadas. De árvores altas. As pessoas passeiam por elas. Há vida nesses espaços públicos, seja durante o dia ou à noite.
A capital paranaense --que completa 314 anos nesta semana-- tem todos os equipamentos e as modernidades de uma cidade grande, mas ares e ritmo de pequena cidade. O comércio fecha sábado à tarde e só reabre na segunda de manhã. No domingo, tem feira na Praça do Rosário.
Na Praça Osório, a que fica mais próximo do hotel onde estou hospedada, está havendo a "Feira da Páscoa". Nela, artesãos têm a chance de comercializar seus produtos.
Vende-se de um tudo. Do ovo de páscoa às mais variadas comidas. Tem o taco mexicano, a tapioca nordestina, o crepe suíço.
Uma diversidade tão grande quanto a dos espetáculos montados nesta 16ª edição do FTC. Mas, assim como na feira, no festival a gente fica meio que perdida, sem saber o que escolher.
Gostei da "Colônia Cecília". É nostálgica, emocionante! Fiquei intrigada com os dois monólogos "Tom Pain - Lady Grey". Apesar de serem cansativos demais para serem exibidos numa sala, de acústica excelente é verdade, mas com cadeiras tão próximas uma das outras e com ar-condicionado tão pouco potente.
As duas horas de espetáculo cansaram tanto o público que, a segunda parte, a da "Lady Grey" -interpretada pela atriz Fernanda Farah-- não empolgou tanto quanto a primeira, onde o ator Guilherme Weber dá vida a "Tom Pain". Não empolgou nem mesmo no final, quando ela tirou a roupa e se despiu em cena. O público apneas aplaudiu apático. Talvez por culpa do calor. Quem sabe?
Especial
Confira a programação do evento
Acompanhe a cobertura do 16º Festival de Teatro de Curitiba
Diário de Curitiba: Diversidade cultural e muito calor marcam o 16º FTC
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A repórter Carmen Pompeu, enviada especial da Folha Online a Curitiba, descreve suas impressões sobre o 16º FTC (Festival de Teatro de Curitiba).
Sétimo dia
Sete dias de FTC (Festival de Teatro de Curitiba) --ou oito, se considerarmos o dia da abertura oficial, quarta (21). Estamos chegando à reta final. Tempo suficiente para esboçar um balanço do evento.
Divulgação |
Guilherme Weber vive homem que reflete sobre infância em "Tom Pain - Lady Grey" |
É incrível a disposição das pessoas deste lugar em lotar os espetáculos, sejam eles exibidos nos palcos italianos, alternativos ou ao ar-livre. Respira-se teatro aqui.
Com tantas apresentações, quase mil ao todo, tenho me concentrado nas peças de rua, encenadas em praças públicas. Até mesmo por serem ao ar-livre. Busco uma sombrinha num canto qualquer e fico observando: o esforço dos atores, as caras e bocas do público; o olhar de admiração das vovós com seus netinhos.
Hoje de manhã vi "Cus Cus Circus", na Praça Osório, no Centro. Tinha muita criança acompanhando. Muitas pessoas ao redor. Algumas ficaram em pé sobre os bancos para ver melhor.
No meio delas, o ator mambembe mexicano, Daniel Quesadas, exibia toda a sorte de malabarismos: com bola, com tochas, com facas e com tudo isso ao mesmo tempo montado num monociclo. Foram 50 minutos que passaram voando.
Divulgação |
Ator mexicano Daniel Quesadas exibe "Cus Cus Circus" na Praça Osório |
A capital paranaense --que completa 314 anos nesta semana-- tem todos os equipamentos e as modernidades de uma cidade grande, mas ares e ritmo de pequena cidade. O comércio fecha sábado à tarde e só reabre na segunda de manhã. No domingo, tem feira na Praça do Rosário.
Na Praça Osório, a que fica mais próximo do hotel onde estou hospedada, está havendo a "Feira da Páscoa". Nela, artesãos têm a chance de comercializar seus produtos.
Vende-se de um tudo. Do ovo de páscoa às mais variadas comidas. Tem o taco mexicano, a tapioca nordestina, o crepe suíço.
Uma diversidade tão grande quanto a dos espetáculos montados nesta 16ª edição do FTC. Mas, assim como na feira, no festival a gente fica meio que perdida, sem saber o que escolher.
Gostei da "Colônia Cecília". É nostálgica, emocionante! Fiquei intrigada com os dois monólogos "Tom Pain - Lady Grey". Apesar de serem cansativos demais para serem exibidos numa sala, de acústica excelente é verdade, mas com cadeiras tão próximas uma das outras e com ar-condicionado tão pouco potente.
As duas horas de espetáculo cansaram tanto o público que, a segunda parte, a da "Lady Grey" -interpretada pela atriz Fernanda Farah-- não empolgou tanto quanto a primeira, onde o ator Guilherme Weber dá vida a "Tom Pain". Não empolgou nem mesmo no final, quando ela tirou a roupa e se despiu em cena. O público apneas aplaudiu apático. Talvez por culpa do calor. Quem sabe?
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