30/03/2007 - 17h25

Temática gay é destaque em montagens curitibanas do 16º FTC

CARMEN POMPEU
da Folha Online, em Curitiba

Temas gays são abordados em diversas peças exibidas no Fringe, mostra paralela, neste 16º FTC (Festival de Teatro de Curitiba). A grande maioria é montada por companhias curitibanas. Um jornalista de Campinas (SP) comentou que é porque os curitibanos são enrustidos e acabam "soltando a franga" no festival. Será?

O certo é que boa parte dessas peças trazem em seus títulos uma certa dose de preconceito com relação ao assunto homossexualidade. Todas se anunciam como comédias.

"Sou Ator, Mas Não Sou Gay", da companhia Simplicissimus, de Curitiba, conta a história de Beto, um jovem que decide tornar-se ator depois que seu amigo entrou para a televisão. Só que ele não contava com o assédio do diretor de teatro Maneco Vidal, que faz uma proposta para o rapaz: o papel principal em sua nova peça em troca de uma noite de prazer. O texto e a direção são de Ruiz Bellenda, que também está no elenco.

Divulgação

"Será Que Eu Sou?" mostra relação homossexual entre duas melhores amigas

"Será Que Eu Sou?" vem em duas versões: uma masculina e outra feminina. Ambas são montadas pela companhia --de Curitiba, é claro-Saltimbancos. Na versão feminina, entre brigas e desacertos com o namorado, uma mulher descobre na melhor amiga "mais do que um simples ombro pra chorar". A masculina segue o mesmo rumo: quase por descuido (é o que diz a sinopse), dois grandes amigos descobrem que, entre eles, existe um sentimento mais profundo do que a amizade.

"As Fervidas", da Companhia Curitibana de Comédias, fala de três velhinhas que vão ao teatro para assistir a um espetáculo sobre a vida de São Serapião e acabam, sem querer, entrando numa uma boate gay.

"Meu Tio é Tia", pasmem, não é de Curitiba. É de Belo Horizonte (MG). Conta a história de um peão que parte para a cidade com um objetivo de participar de um concurso de locutor de rodeio e, para isso, tem que se hospedar na casa de seu tio. Alessandro, o tio, um ator; Gil, um estilista; e Dalton, um transformista, tentam esconder do rapaz suas armações. O sobrinho acaba percebendo a farsa.

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