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01/04/2007
-
16h18
LAURA MATTOS
da Folha de S.Paulo
Críticos, desistam: o "Big Brother" ainda tem "vida longa" na TV brasileira, de acordo com o diretor do "reality show", J.B. de Oliveira, o Boninho. E, quando o público finalmente se cansar de espiar o cotidiano de anônimos, um filhote, que confina famosos (como "Casa dos Artistas"), garantirá uma sobrevida de duas a quatro edições ao programa, avalia.
Nesta terça-feira, o "BBB 7" chega à final na Globo com a sintonia de mais de 60% das TVs ligadas no horário. Alemão --um cara grosso, imaturo e arrogante, nas palavras do próprio Boninho-- deverá levar o prêmio de R$ 1 milhão.
"Bombado", cabelos loiros arrepiados, ele nem havia se inscrito para participar do programa. Foi achado por produtores em uma danceteria. No confinamento, acredita Boninho, mostrou ser um "bom moço". Abaixo, o diretor nega que a edição tenha favorecido Alemão e dá sua teoria sobre o fato de ele ter se tornado "herói".
Folha - Até quando o "Big Brother" sobreviverá na TV brasileira?
Boninho - O programa tem vida longa. A edição brasileira é muito particular e é o que dá fôlego ao formato.
Folha - Haverá uma migração para outros formatos, como o confinamento de pessoas famosas?
Boninho - A Globo ainda não pensa nisso, mas é uma opção que deverá garantir de duas a quatro edições extras.
Folha - Após sete edições, não está cansado de dirigir o programa?
Boninho - É um trabalho desgastante, são três meses de confinamento junto aos participantes, mas é gratificante.
Folha - "Reality show" virou um gênero televisivo definitivo e irá alternar o espaço e a audiência com a teledramaturgia? Ou esse formato tem tempo determinado de vida?
Boninho - A teledramaturgia ainda é a base da TV brasileira, mas será necessário diversificar cada vez mais. A crítica insiste em desacreditar o "reality show", mas ele continua com toda força. O "Survivor", por exemplo, que no Brasil foi batizado de "No Limite", foi um dos "realities" pioneiros e ainda faz sucesso nos Estados Unidos. O formato chegou para ficar.
Folha - Como compara o "BBB 7" aos anteriores? Houve desgaste do formato ou a resposta do público está sempre ligada ao elenco?
Boninho - Elenco é fundamental. Para mim, esse foi o melhor "BBB". A edição foi a melhor, a mais fiel e criativa. Chegamos a incríveis 78% de participação e 41 de audiência no último domingo. Todo mundo fala do programa. O sucesso é inegável.
Folha - O sucesso do "BBB" 7 está ligado a Alemão, que não se inscreveu e foi achado pela produção. Você vai atrás de perfis determinados?
Boninho - São dez anos escolhendo personagens para "realities", além disso, tenho uma equipe maravilhosa que me assessora. O sucesso do Alemão foi promovido, além de seu carisma, pelos outros participantes. A química do grupo é extremamente importante.
Folha - Você imaginou, ao escalar Alemão, que ele seria "O Cara" ou isso, como outros "papéis", o surpreendem ao longo do programa?
Boninho - Ele foi apenas mais uma peça do nosso xadrez.
Folha - Bial perguntou no confessionário se os participantes confiam que edição do programa seja a "realidade" da casa. Essa é uma desconfiança dos telespectadores?
Boninho - Estamos no sétimo "BBB". A Carolini tinha 14 anos quando viu o programa pela primeira vez. É uma das que se julgam "experts" em "BBB". Como autodefesa, alguns participantes falaram da edição. Colocamos as reclamações no ar, e isso eles não sabem. A pergunta foi uma provocação só aos participantes, usamos até detector de mentiras para dar ao público mais um elemento para avaliar a visão deles.
Folha - Alemão se mostrou um cara grosso, imaturo e arrogante no início. Agora é o "herói" do Brasil. Três hipóteses: 1) Ele mudou absurdamente em dois meses de confinamento; 2) Passou a desempenhar o papel de mocinho como estratégia do jogo; 3) A edição é que o transformou em herói. Qual é a sua opinião?
Boninho - Nenhuma das alternativas. Ele é o que é, tem defeitos como todo mundo, por isso é querido. Continua grosso, imaturo, mas, com 72 dias de confinamento e muita pancada na casa, perdeu um pouco da arrogância. Por sua vez, é um bom moço. Ficou com uma mulher, apaixonou-se por outra, fez um triângulo, e o Brasil gostou. Não temos força para mascarar ou criar um herói. Se ocorreu, foi coroação popular.
Folha - Se é óbvio que Alemão irá ganhar, por que o telespectador continua preso ao programa?
Boninho - Só se vence quando se cruza a linha final, e o jogo só acaba na terça-feira.
Folha - Alemão irá namorar Siri ou dará um belo fora na moça quando sair da casa com R$ 1 milhão?
Boninho - Sou especialista em "reality", mas ainda não desenvolvi a terceira visão. Não posso prever o futuro dos "brothers".
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da Folha de S.Paulo
Críticos, desistam: o "Big Brother" ainda tem "vida longa" na TV brasileira, de acordo com o diretor do "reality show", J.B. de Oliveira, o Boninho. E, quando o público finalmente se cansar de espiar o cotidiano de anônimos, um filhote, que confina famosos (como "Casa dos Artistas"), garantirá uma sobrevida de duas a quatro edições ao programa, avalia.
Kiko Cabral/TV Globo |
Confira galeria de imagens do favorito a levar R$ 1 milhão nesta terça-feira, final do "BBB7" |
"Bombado", cabelos loiros arrepiados, ele nem havia se inscrito para participar do programa. Foi achado por produtores em uma danceteria. No confinamento, acredita Boninho, mostrou ser um "bom moço". Abaixo, o diretor nega que a edição tenha favorecido Alemão e dá sua teoria sobre o fato de ele ter se tornado "herói".
Folha - Até quando o "Big Brother" sobreviverá na TV brasileira?
Boninho - O programa tem vida longa. A edição brasileira é muito particular e é o que dá fôlego ao formato.
Folha - Haverá uma migração para outros formatos, como o confinamento de pessoas famosas?
Boninho - A Globo ainda não pensa nisso, mas é uma opção que deverá garantir de duas a quatro edições extras.
Folha - Após sete edições, não está cansado de dirigir o programa?
Boninho - É um trabalho desgastante, são três meses de confinamento junto aos participantes, mas é gratificante.
Folha - "Reality show" virou um gênero televisivo definitivo e irá alternar o espaço e a audiência com a teledramaturgia? Ou esse formato tem tempo determinado de vida?
Boninho - A teledramaturgia ainda é a base da TV brasileira, mas será necessário diversificar cada vez mais. A crítica insiste em desacreditar o "reality show", mas ele continua com toda força. O "Survivor", por exemplo, que no Brasil foi batizado de "No Limite", foi um dos "realities" pioneiros e ainda faz sucesso nos Estados Unidos. O formato chegou para ficar.
Folha - Como compara o "BBB 7" aos anteriores? Houve desgaste do formato ou a resposta do público está sempre ligada ao elenco?
Boninho - Elenco é fundamental. Para mim, esse foi o melhor "BBB". A edição foi a melhor, a mais fiel e criativa. Chegamos a incríveis 78% de participação e 41 de audiência no último domingo. Todo mundo fala do programa. O sucesso é inegável.
Folha - O sucesso do "BBB" 7 está ligado a Alemão, que não se inscreveu e foi achado pela produção. Você vai atrás de perfis determinados?
Boninho - São dez anos escolhendo personagens para "realities", além disso, tenho uma equipe maravilhosa que me assessora. O sucesso do Alemão foi promovido, além de seu carisma, pelos outros participantes. A química do grupo é extremamente importante.
Folha - Você imaginou, ao escalar Alemão, que ele seria "O Cara" ou isso, como outros "papéis", o surpreendem ao longo do programa?
Boninho - Ele foi apenas mais uma peça do nosso xadrez.
Folha - Bial perguntou no confessionário se os participantes confiam que edição do programa seja a "realidade" da casa. Essa é uma desconfiança dos telespectadores?
Boninho - Estamos no sétimo "BBB". A Carolini tinha 14 anos quando viu o programa pela primeira vez. É uma das que se julgam "experts" em "BBB". Como autodefesa, alguns participantes falaram da edição. Colocamos as reclamações no ar, e isso eles não sabem. A pergunta foi uma provocação só aos participantes, usamos até detector de mentiras para dar ao público mais um elemento para avaliar a visão deles.
Folha - Alemão se mostrou um cara grosso, imaturo e arrogante no início. Agora é o "herói" do Brasil. Três hipóteses: 1) Ele mudou absurdamente em dois meses de confinamento; 2) Passou a desempenhar o papel de mocinho como estratégia do jogo; 3) A edição é que o transformou em herói. Qual é a sua opinião?
Boninho - Nenhuma das alternativas. Ele é o que é, tem defeitos como todo mundo, por isso é querido. Continua grosso, imaturo, mas, com 72 dias de confinamento e muita pancada na casa, perdeu um pouco da arrogância. Por sua vez, é um bom moço. Ficou com uma mulher, apaixonou-se por outra, fez um triângulo, e o Brasil gostou. Não temos força para mascarar ou criar um herói. Se ocorreu, foi coroação popular.
Folha - Se é óbvio que Alemão irá ganhar, por que o telespectador continua preso ao programa?
Boninho - Só se vence quando se cruza a linha final, e o jogo só acaba na terça-feira.
Folha - Alemão irá namorar Siri ou dará um belo fora na moça quando sair da casa com R$ 1 milhão?
Boninho - Sou especialista em "reality", mas ainda não desenvolvi a terceira visão. Não posso prever o futuro dos "brothers".
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