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10/05/2007
-
16h57
da Folha Online
A Prefeitura de São Paulo fechou nesta quinta-feira (10) a casa noturna Ultralounge (r. da Consolação, 3031), após solicitação da vizinhança, que se queixava de transtornos (trânsito e barulho) na esquina da alameda Franca com r. da Consolação. A boate também foi multada em R$ 2.180,17.
Segundo a prefeitura, a casa não possuía alvará de funcionamento e vinha funcionando desde janeiro por força de uma liminar judicial, que caiu no último dia 20 de março.
É o segundo estabelecimento voltado para o público gay fechado pela prefeitura no período de uma semana, na região da av. Paulista. Na semana passada, foi a vez da recém-inaugurada Sauna 269, interditada por falta de segurança.
"Estamos tomando todas as providências jurídicas para que a justiça seja feita. Independente dos desdobramentos, esperamos que, com ou sem o Ultralounge, os moradores que sempre reclamaram não consigam expulsar o público gay do bairro do Jardins", diz o clube, em comunicado.
Segundo o clube, a documentação da casa com as autoridades está "perfeitamente adequada desde o primeiro dia de funcionamento da casa". O fechamento da Ultralounge ocorre a um mês da parada gay de São Paulo, data relevante para o faturamento do setor. O clube já mobilizou dois advogados para tentar reverter a decisão da Subprefeitura de Pinheiros.
Em março último, o empresário Bob Yang, da Ultralounge, disse à Folha Online que havia renovado o contrato de locação do imóvel da casa noturna até abril de 2009.
"Algazarra"
Três malotões, blocos de concreto que pesam cerca de 300 quilos, foram colocados na entrada da casa para impedir seu funcionamento.
"Um grande número de reclamações era recebido pela Subprefeitura por conta do barulho e o incômodo que o local gerava na vizinhança", afirmou o secretário das Subprefeituras Andrea Matarazzo.
Além do ruído acima do permitido, os moradores reclamavam da "algazarra causada pelos clientes do estabelecimento", nas palavras da prefeitura.
"Para voltar a funcionar, a casa precisa regularizar sua situação", disse Matarazzo.
Além da Ultralounge, o bar Franca Center (Consolação com alameda Franca) foi intimado a não colocar mesas e cadeiras no passeio. Já no bar Brejinho (Consolação com alameda Tietê), além da intimação foram apreendidas nove mesas e 30 cadeiras.
Um imóvel na r. da Consolação, 3032, foi intimado por depositar lixo no passeio público e outro, na alameda Franca, 1581, por despejar água em via pública. Além disso, foram apreendidos CDs e DVDs piratas na r. Cardeal Arcoverde e frutas de dois caminhões que realizavam comércio ilegal nas ruas dos Jardins.
Chuva de garrafas
Reduto do público gay devido à presença de boates e bares, a região onde fica a Ultralounge virou um problema de segurança pública.
Em fevereiro, o professor universitário Alessandro Araújo foi atacado por homens de preto na esquina da alameda Jaú com a r. da Consolação e perdeu cinco dentes, além de sofrer ferimentos nas costelas e pontos na boca e nariz.
Em março, o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) prendeu cinco pessoas suspeitos de pertencerem a gangues que agridem homossexuais nas regiões da av. Paulista, Consolação, Jardins e praça da República. De acordo com o DHPP, eles pertencem à gangue "Devastação Punk".
Em janeiro, a Folha Online flagrou a reação de moradores de um edifício durante a madrugada, em frente ao restaurante L'Open (alameda Itu, 1466). Incomodados com o barulho da movimentação nos bares e restaurantes, moradores dos prédios arremessaram copos e garrafas de vidro no asfalto, provocando medo nos manobristas.
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A Prefeitura de São Paulo fechou nesta quinta-feira (10) a casa noturna Ultralounge (r. da Consolação, 3031), após solicitação da vizinhança, que se queixava de transtornos (trânsito e barulho) na esquina da alameda Franca com r. da Consolação. A boate também foi multada em R$ 2.180,17.
Segundo a prefeitura, a casa não possuía alvará de funcionamento e vinha funcionando desde janeiro por força de uma liminar judicial, que caiu no último dia 20 de março.
Divulgação |
Três blocos de concreto interditam a entrada da boate Ultralounge na r. da Consolação, 3031 |
"Estamos tomando todas as providências jurídicas para que a justiça seja feita. Independente dos desdobramentos, esperamos que, com ou sem o Ultralounge, os moradores que sempre reclamaram não consigam expulsar o público gay do bairro do Jardins", diz o clube, em comunicado.
Segundo o clube, a documentação da casa com as autoridades está "perfeitamente adequada desde o primeiro dia de funcionamento da casa". O fechamento da Ultralounge ocorre a um mês da parada gay de São Paulo, data relevante para o faturamento do setor. O clube já mobilizou dois advogados para tentar reverter a decisão da Subprefeitura de Pinheiros.
Em março último, o empresário Bob Yang, da Ultralounge, disse à Folha Online que havia renovado o contrato de locação do imóvel da casa noturna até abril de 2009.
Divulgação |
Ultralounge diz que vai recorrer da decisão da Prefeitura de São Paulo, a 1 mês da parada gay |
Três malotões, blocos de concreto que pesam cerca de 300 quilos, foram colocados na entrada da casa para impedir seu funcionamento.
"Um grande número de reclamações era recebido pela Subprefeitura por conta do barulho e o incômodo que o local gerava na vizinhança", afirmou o secretário das Subprefeituras Andrea Matarazzo.
Além do ruído acima do permitido, os moradores reclamavam da "algazarra causada pelos clientes do estabelecimento", nas palavras da prefeitura.
"Para voltar a funcionar, a casa precisa regularizar sua situação", disse Matarazzo.
Além da Ultralounge, o bar Franca Center (Consolação com alameda Franca) foi intimado a não colocar mesas e cadeiras no passeio. Já no bar Brejinho (Consolação com alameda Tietê), além da intimação foram apreendidas nove mesas e 30 cadeiras.
Um imóvel na r. da Consolação, 3032, foi intimado por depositar lixo no passeio público e outro, na alameda Franca, 1581, por despejar água em via pública. Além disso, foram apreendidos CDs e DVDs piratas na r. Cardeal Arcoverde e frutas de dois caminhões que realizavam comércio ilegal nas ruas dos Jardins.
Chuva de garrafas
Reduto do público gay devido à presença de boates e bares, a região onde fica a Ultralounge virou um problema de segurança pública.
Em fevereiro, o professor universitário Alessandro Araújo foi atacado por homens de preto na esquina da alameda Jaú com a r. da Consolação e perdeu cinco dentes, além de sofrer ferimentos nas costelas e pontos na boca e nariz.
Em março, o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) prendeu cinco pessoas suspeitos de pertencerem a gangues que agridem homossexuais nas regiões da av. Paulista, Consolação, Jardins e praça da República. De acordo com o DHPP, eles pertencem à gangue "Devastação Punk".
Em janeiro, a Folha Online flagrou a reação de moradores de um edifício durante a madrugada, em frente ao restaurante L'Open (alameda Itu, 1466). Incomodados com o barulho da movimentação nos bares e restaurantes, moradores dos prédios arremessaram copos e garrafas de vidro no asfalto, provocando medo nos manobristas.
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