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19/11/2002 - 12h37

Brasil lidera ranking mundial de hackers e crimes virtuais

FERNANDA K. ÂNGELO
da Folha Online

O Brasil conquistou o título de maior laboratório do cibercrime em todo o mundo, segundo um levantamento feito pela mi2g. Os criminosos digitais brasileiros agem em campos diversos, como roubo de identidade, fraudes de cartão de crédito, violação de propriedade intelectual e protestos políticos.

De acordo com a empresa britânica de segurança da informação, a cópia de software e dados protegidos por direitos autorais e pirataria, bem como o vandalismo on-line, são alguns dos métodos ilícitos cada vez mais adotados por hackers brasileiros.

Outro recorde alcançado pelos piratas do Brasil foi o número de grupos de hackers na lista TOP 10, dos "dez mais ativos". O Brasil ocupa todas as posições --sim, os dez grupos hackers que mais atuaram durante o mês de novembro de 2002 são brasileiros. Desses, os cinco mais ativos são BYS (Breaking Your Security), Ir4dex, Endiabrad0s, Virtual Hell e rya (Rooting Your Admin).

Com isso, eles conseguiram que o português se tornasse a língua oficial do movimento hacker na internet.

Facilidade
A proliferação de ferramentas gratuitas para ataques, as poucas leis para a prevenção dos crimes digitais e o crescente índice de grupos organizados para explorar oportunidades para o cibercrime são as principais causas apontadas pelo estudo para o aumento dessas ações na internet.

Poucos hackers brasileiros têm a mesma especialização em computadores como têm os europeus que vêm atacando desde os anos 90, que até mesmo chegaram a escrever seus próprios programas para garantir ataques bem sucedidos.

Atualmente, o Brasil parece não ser a principal fonte de criação de vírus. Apenas quatro dos 296 novos vírus e cavalos de Tróia descobertos em 2002 foram desenvolvidos no Brasil.

Prejuízo
"Desde 1995, foram poucas as vezes que um único país dominou a atividade criminal no ciberespaço como o Brasil fez agora. A atividade hacker no Brasil em 2002 custou bilhões de dólares aos países do G-8 [as oito nações mais ricas do mundo --EUA, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Canadá e Rússia]", disse DK Matai, presidente da mi2g.

Para ele, "agora trata-se de uma questão mundial. Os países do G-8 terão que pressionar as autoridades brasileiras para tomarem as medidas apropriadas para impedir ou reduzir essa exportação ilícita".

As cinco principais vítimas dos ataques digitais detectados em 2002 até agora são os EUA (24.611), o Brasil (4.874), Reino Unido (4.735), Alemanha (4.474) e a Itália (2.565). Segundo a mi2g, os grupos que mais atacaram sistemas instalados nos EUA também foram os brasileiros --Endiabrad0s (398), Ir4dex (378) e Virtual Hell (351).

Estima-se que as perdas da economia mundial causadas por ataques digitais e vírus fiquem entre US$ 27 bilhões e US$ 45 bilhões em 2002.

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