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09/06/2004
-
10h40
MIRNA FEITOZA
RENATA GOMES
especial para a Folha de S.Paulo
Sim, o Brasil já tem um mercado de empresas de games. E apesar da pirataria, que mina a possibilidade de venda nas prateleiras, e dos impostos (em São Paulo, o ICMS dos jogos lançados passou de 7% para 18%), os empreendedores estão animados. É o que ficou patente durante o segundo Encontro de Design de Games da Universidade Anhembi Morumbi, realizado na semana passada, em São Paulo.
Prova da efervescência do setor foi a fundação, há dois meses, da Abragames (Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos). Conforme estimativa da entidade, no ano passado o entretenimento digital produzido no Brasil cresceu 5% e faturou cerca de R$ 300 milhões. Nos EUA, a cifra chega a US$ 10 bilhões por ano.
Engana-se quem pensa que o setor se restringe ao entretenimento. Há três anos, a Jynx Playware, empresa do Recife, explora o nicho dos "jogos sérios", cujas vedetes são os GBLs (games-based learning), simulações usadas em treinamento de pessoal.
A busca pelo desenvolvimento de tecnologia própria é outra importante investida. Exemplo disso é o "Stock Car", jogo de corrida que surgiu de parceria da Matic, empresa de brinquedos eletrônicos, com o LSI (Laboratório de Sistemas Integráveis) da USP.
O jogo, que fica pronto em julho, simula a física dos circuitos automobilísticos brasileiros, pondo o jogador nas curvas de Interlagos (SP), Jacarepaguá (RJ) e nos circuitos de Brasília e Curitiba.
O Projeto Calango, gerenciado por PUC-Rio, UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos), é outra iniciativa nessa direção: a meta é desenvolver uma plataforma de software livre para ser usada gratuitamente pelos empreendedores.
Com as dificuldades impostas pela pirataria, há empresas que se voltam para o mercado internacional. A afirmação é de Gustavo Goedert, sócio e programador da Southlogic, que fechou contrato com a Atari USA para desenvolver Deer Hunter 2004, jogo que explora uma mania nos EUA: os games de caça.
MIRNA FEITOZA e RENATA GOMES são doutorandas e pesquisam sobre games na PUC-SP
Especial
Arquivo: Leia mais notícias sobre a produção de games no Brasil e no mundo
Produção brasileira de games cresce 5%
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RENATA GOMES
especial para a Folha de S.Paulo
Sim, o Brasil já tem um mercado de empresas de games. E apesar da pirataria, que mina a possibilidade de venda nas prateleiras, e dos impostos (em São Paulo, o ICMS dos jogos lançados passou de 7% para 18%), os empreendedores estão animados. É o que ficou patente durante o segundo Encontro de Design de Games da Universidade Anhembi Morumbi, realizado na semana passada, em São Paulo.
Prova da efervescência do setor foi a fundação, há dois meses, da Abragames (Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos). Conforme estimativa da entidade, no ano passado o entretenimento digital produzido no Brasil cresceu 5% e faturou cerca de R$ 300 milhões. Nos EUA, a cifra chega a US$ 10 bilhões por ano.
Engana-se quem pensa que o setor se restringe ao entretenimento. Há três anos, a Jynx Playware, empresa do Recife, explora o nicho dos "jogos sérios", cujas vedetes são os GBLs (games-based learning), simulações usadas em treinamento de pessoal.
A busca pelo desenvolvimento de tecnologia própria é outra importante investida. Exemplo disso é o "Stock Car", jogo de corrida que surgiu de parceria da Matic, empresa de brinquedos eletrônicos, com o LSI (Laboratório de Sistemas Integráveis) da USP.
O jogo, que fica pronto em julho, simula a física dos circuitos automobilísticos brasileiros, pondo o jogador nas curvas de Interlagos (SP), Jacarepaguá (RJ) e nos circuitos de Brasília e Curitiba.
O Projeto Calango, gerenciado por PUC-Rio, UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos), é outra iniciativa nessa direção: a meta é desenvolver uma plataforma de software livre para ser usada gratuitamente pelos empreendedores.
Com as dificuldades impostas pela pirataria, há empresas que se voltam para o mercado internacional. A afirmação é de Gustavo Goedert, sócio e programador da Southlogic, que fechou contrato com a Atari USA para desenvolver Deer Hunter 2004, jogo que explora uma mania nos EUA: os games de caça.
MIRNA FEITOZA e RENATA GOMES são doutorandas e pesquisam sobre games na PUC-SP
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