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20/04/2005 - 11h10

Especialistas em tecnologia cobram para elogiar produtos, diz jornal

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da Folha Online

O editor de tecnologia e apresentador do programa "Today", da rede NBC, confirmou ter recebido dinheiro da Apple, Sony, Hewlett-Packard, Seiko Epson, Creative Technology e Energizer Holdings para falar bem de produtos dessas empresas.

De acordo com o apresentador Corey Greenberg, ele cobrava US$ 15 mil para fazer comentários positivos relacionados a esses eletrônicos. Em julho do ano passado, por exemplo, ele falou durante o "Today" que o iPod é um ótimo produto e tem o visual mais moderno entre todos os tocadores.

A denúncia, feita em primeira mão pelo "The Wall Street Journal", ganhou destaque na edição de hoje do "The Washington Post".

Funcionários da NBC afirmaram desconhecer a realização desse tipo de pagamento e afirmam que tornaram sua política em relação ao assunto mais rígida.

Greenberg nega que isso seja verdade. "Desde que passei a contribuir com o 'Today', em 2000, comuniquei a NBC sobre esse meu trabalho extra-oficial. Fui muito sincero com eles", disse ao "The Washington Post".

Apesar de receber pelos comentários, o apresentador afirma que nunca cobrou para fazer matérias sobre os produtos. "Os fabricantes me contratavam como um porta-voz, que poderia falar com credibilidade e entendimento sobre os produtos", disse.

A relação entre o apresentador e a rede NBC, afirma o diário, não sofreu qualquer conseqüência com a divulgação dos acordos. "É difícil encontrar um colaborador que não esteja ligado a esse tipo de negócio", afirmou um funcionário da NBC que não quis se identificar.

James Oppenheim, editor de tecnologia da revista "Child", também apareceu no "Today" e em diversos outros programas de TV elogiando produtos da Microsoft, Radio Shack, Atari, Mattel, LeapFrog Enterprises e Kodak. Segundo o jornal, cada aparição dessa rendia ao jornalista US$ 12,5 mil.

Em fevereiro, ele falou sobre uma novidade da LeapFrog, classificando-a como educativa e "incrível". Os comentários de Oppenheim sobre os mais diversos produtos também continham frases como "os fabricantes tiveram essa idéia incrível" e "ótimo presente para uma criança, não?".

A revista onde Oppenheim trabalha disse desconhecer esse tipo de contrato e afirmou que mandará o editor embora."Encaramos isso como uma brecha da ética jornalística", afirmou Sue Geramian, vice-presidente da editora que produz a "Child".

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