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10/08/2006
-
03h17
da Efe, em Pequim
Os serviços de busca chineses do Google, Microsoft (MSN) e Yahoo! não permitem o acesso no país a sites da imprensa estrangeira, como a rede BBC, a revista "Time" e o jornal "The New York Times", segundo um relatório da organização não-governamental de direitos humanos Human Rights Watch, recebido hoje pela Efe.
A situação no Yahoo! é a pior mostrada na minuciosa análise da entidade sobre a colaboração das companhias para transformar a censura chinesa na mais potente e sofisticada do mundo.
O relatório, de 149 páginas, intitulado "Cumplicidade corporativa na censura chinesa à Internet", analisa quatro multinacionais do setor (Yahoo, Microsoft, Google e Skype) em comparação com uma concorrente chinesa, a Baidu.
Os níveis de censura do Yahoo! são semelhantes às da Baidu, diz o relatório. Pelo endereço cn.yahoo.com, só é possível acessar 8 dos 25 sites que a Humans Right Watch analisou. No resultado das buscas, o Yahoo! só informa que "os resultados adicionais foram filtrados".
As tentativas de entrar nos sites da emissora Radio Free Asia e do New York Times resultam em mensagens de erro.
Os resultados chegam a ser piores que os do Baidu, que dá acesso a nove dos sites pesquisados. Mas censura também a BBC, Radio Free Asia e a Humans Right Watch.
Das 25 buscas no MSN, só 15 produziram resultados. Foram censuradas as páginas da Falun Gong e da revista "Time". O MSN informa que "alguns resultados da busca foram eliminados".
O Google permite que apareçam 17 dos 25 endereços procurados, e informa sobre a censura. "De acordo as leis locais, uma parte da busca não aparece", diz. Entre os endereços negados estão o da Campanha Internacional pelo Tibet, o da BBC e o da Humans Right Watch.
Na versão chinesa do sistema de conversa Skype, nas mensagens de texto são censuradas as palavras "críticas" ao regime.
Cada empresa se associou à censura chinesa de forma diferente. As justificativas são de que é preciso atuar conforme a lei chinesa. Mas nenhuma delas soube especificar a que lei se referem, denuncia a Humans Right Watch.
Só o Yahoo! aderiu ao "Compromisso público para a auto-disciplina na indústria chinesa de internet", proposto pela Sociedade Chinesa da internet.
As ligações da Microsoft com o poder são diretas. Na China, a empresa de Bill Gates está associada à Shanghai Alliance Investment Ltd (SAIL) para oferecer o MSN desde maio de 2005. A parceira é administrada por Jiang Mianheng, filho do ex-presidente da China Jiang Zemin.
No caso do Google, um bloqueio sofrido em 2002 por parte do Governo chinês parece ter obtido seu efeito, já que, segundo a Humans Right Watch, é um caso de autocensura. Já o Skype segue uma norma chinesa que seu diretor-executivo, Niklas Zennstrom, não soube especificar.
A ONG pede que Estados Unidos e União Européia aprovem uma lei proibindo as empresas de internet de colaborar com a censura e formar bancos de dados sobre os usuários chineses que permitam sua detenção, como fez o Yahoo! em quatro ocasiões.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a censura à Internet na China
Google, Microsoft e Yahoo! bloqueiam imprensa estrangeira na China
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Os serviços de busca chineses do Google, Microsoft (MSN) e Yahoo! não permitem o acesso no país a sites da imprensa estrangeira, como a rede BBC, a revista "Time" e o jornal "The New York Times", segundo um relatório da organização não-governamental de direitos humanos Human Rights Watch, recebido hoje pela Efe.
A situação no Yahoo! é a pior mostrada na minuciosa análise da entidade sobre a colaboração das companhias para transformar a censura chinesa na mais potente e sofisticada do mundo.
O relatório, de 149 páginas, intitulado "Cumplicidade corporativa na censura chinesa à Internet", analisa quatro multinacionais do setor (Yahoo, Microsoft, Google e Skype) em comparação com uma concorrente chinesa, a Baidu.
Os níveis de censura do Yahoo! são semelhantes às da Baidu, diz o relatório. Pelo endereço cn.yahoo.com, só é possível acessar 8 dos 25 sites que a Humans Right Watch analisou. No resultado das buscas, o Yahoo! só informa que "os resultados adicionais foram filtrados".
As tentativas de entrar nos sites da emissora Radio Free Asia e do New York Times resultam em mensagens de erro.
Os resultados chegam a ser piores que os do Baidu, que dá acesso a nove dos sites pesquisados. Mas censura também a BBC, Radio Free Asia e a Humans Right Watch.
Das 25 buscas no MSN, só 15 produziram resultados. Foram censuradas as páginas da Falun Gong e da revista "Time". O MSN informa que "alguns resultados da busca foram eliminados".
O Google permite que apareçam 17 dos 25 endereços procurados, e informa sobre a censura. "De acordo as leis locais, uma parte da busca não aparece", diz. Entre os endereços negados estão o da Campanha Internacional pelo Tibet, o da BBC e o da Humans Right Watch.
Na versão chinesa do sistema de conversa Skype, nas mensagens de texto são censuradas as palavras "críticas" ao regime.
Cada empresa se associou à censura chinesa de forma diferente. As justificativas são de que é preciso atuar conforme a lei chinesa. Mas nenhuma delas soube especificar a que lei se referem, denuncia a Humans Right Watch.
Só o Yahoo! aderiu ao "Compromisso público para a auto-disciplina na indústria chinesa de internet", proposto pela Sociedade Chinesa da internet.
As ligações da Microsoft com o poder são diretas. Na China, a empresa de Bill Gates está associada à Shanghai Alliance Investment Ltd (SAIL) para oferecer o MSN desde maio de 2005. A parceira é administrada por Jiang Mianheng, filho do ex-presidente da China Jiang Zemin.
No caso do Google, um bloqueio sofrido em 2002 por parte do Governo chinês parece ter obtido seu efeito, já que, segundo a Humans Right Watch, é um caso de autocensura. Já o Skype segue uma norma chinesa que seu diretor-executivo, Niklas Zennstrom, não soube especificar.
A ONG pede que Estados Unidos e União Européia aprovem uma lei proibindo as empresas de internet de colaborar com a censura e formar bancos de dados sobre os usuários chineses que permitam sua detenção, como fez o Yahoo! em quatro ocasiões.
Especial
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