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05/12/2006 - 13h36

Celular e internet são as mídias mais usadas para o lazer, diz relatório

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da Folha Online

Cerca de 2 bilhões de pessoas em todo o mundo têm um telefone celular, configurando apenas um dos aspectos da revolução provocada pela evolução das tecnologias digitais. A velocidade de desenvolvimento dessas tecnologias tem surtido efeitos em vários aspectos da vida cotidiana de toda a humanidade, revela um relatório da União Internacional de Telecomunicações (UIT).

O ritmo de crescimento de utilização de aparelhos conectados em redes mundiais ultrapassou, segundo o relatório, a média histórica dos aparelhos de comunicação, indica a UIT, uma agência da ONU, em seu relatório "Internet Report 2006: Digital.Life" "Estamos vivendo em meio a uma revolução digital", releva um de seus autores, Lara Srivastava.

Uma em cada duas pessoas no mundo será um usuário de celular nos próximos anos, destaca o relatório, cuja publicação coincide com a abertura do Salão Internacional de Telecomunicação, em Hong Kong. "Atualmente, 1 em cada 3 pessoas no planeta tem um telefone celular", declarou Lara Srivastava à imprensa.

Essa tendência não transforma apenas as transações comerciais, há também um profundo impacto na maneira como as pessoas interagem e em sua privacidade, adverte o relatório.

Principais indicadores

A comunicação digital, pela internet ou pelo celular, se transformou na primeira mídia utilizada para lazer entre as pessoas de menos de 55 anos --ultrapassando a televisão, o rádio, jornais, revistas e o cinema, segundo os dados coletados pela UIT.

As linhas de telefone fixo demoraram 125 anos para atingir o primeiro bilhão de unidades, enquanto que foram necessários apenas 21 anos para que telefone celular chegasse ao mesmo nível, indica o relatório.

Desde então, as conexões fixas evoluíram a uma taxa muito mais lenta para atender aos 1,2 bilhão de usuários, à medida em que a telefonia móvel expande-se rapidamente.

"É preciso considerar que o segundo bilhão foi atingido em apenas três anos. Se a tendência continuar, teremos cerca de 3 bilhões de usuários, uma pessoa a cada três, até o fim de 2008", revela um dos autores do relatório, Tim Kelly, chefe da unidade política e estratégica da UIT.

A organização estima que a internet e os mercados de tecnologia da comunicação movimentem cerca de US$ 3,13 trilhões, sendo 7% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial.

Desde a década de 90, as taxas de crescimento do setor têm aumentado "freneticamente", mesmo com a explosão da "bolha especulativa" de 2000, observa Kelly. "Muitas pessoas então pensaram que assistíamos à morte da internet como um fenômeno comercial", adicionou.

A banda larga, no início de 2006, atingiu 277 milhões de usuários, dos quais 61 milhões está em fontes móveis.

Cuidados

O relatório também aponta para uma certa prudência em relação às "modas digitais".

Para Lara Srivastava, os indivíduos estão cada vez mais imersos no fluxo de conhecimento e de informações geradas por fontes eletrônicas do mundo todo e seguem rumo à uma "identidade digital", que poderia ser facilmente controlada ou "roubada".

As informações pessoais fornecidas na internet são numerosas: nome real, nomes de usuários, senhas, informações de cartões de crédito, além de sites que comportam espaços personalizados e e-mails.

As fronteiras entre a vida pública e privada, entre o escritório e a casa, estão mais tênues, nota Lara Srivastava, destacando que é necessário ser seletivo na hora de fornecer os dados na internet.

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