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Pirataria mundial de software movimenta US$ 40 bilhões
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JULIANO BARRETO
da Folha de S.Paulo
Não pagar a licença devida para usar programas é uma mania mundial, que, apesar dos esforços dos governos e das empresas, recua de maneira tímida e tem focos tanto em países pobres quanto em regiões ricas.
De acordo com pesquisa publicada pela Business Software Alliance (Aliança de software de negócios, www.bsa.org, em 102 países, mais de 60% dos programas estão em condição ilegal. Em um terço das nações pesquisadas, diz a BSA, a pirataria representa mais de 75% da base de programas instalados.
A visão panorâmica dos efeitos dos piratas na indústria de software mostra prejuízos de US$ 40 bilhões anuais e uma média global de 35% de programas registrados ilegalmente.
Comparando o ano passado com 2005, os EUA continuaram com os mesmos 22% de programas piratas. Europa e América Latina são as regiões com maior número de softwares ilegais, com 68% e 66%, respectivamente.
A China, um dos principais focos do problema, melhorou seu desempenho no combate às cópias ilegais. Nos últimos três anos, o percentual de software falsificado caiu aproximadamente 10%, mas continua nas alturas: cerca com 82% do total.
Futuro
As previsões da IDC, que trabalhou com a BSA no mapeamento da pirataria, mostram aumento dos prejuízos. Para os pesquisadores, as perdas ocorrem quando alguém deixa de comprar um software original para instalar uma versão pirata.
A empresa estima que, nos próximos quatro anos, usuários domésticos e corporativos gastarão US$ 350 bilhões com soft-ware, e, no período, ocorrerão US$ 180 bilhões de perdas.
Critérios
Para chegar aos resultados da pesquisa, foram levados em conta o número de novos PCs vendidos, a base instalada de micros e uma estimativa de quais programas devem estar instalados nessas máquinas.
O estudo foi patrocinado por empresas como a Adobe, a HP, a Dell, a Microsoft e a Apple.
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