Bebida, negócios e xaveco animam balada na Cebit

Depois que os estandes fecharam, os aparelhos tecnológicos foram recolhidos e o primeiro dia de Cebit 2008 parecia ter se encerrado, a música eletrônica tomou conta do pavilhão 2 da feira. Vestidos de trajes sociais, executivos de empresas expositoras e visitantes se acotovelavam e dançavam com garrafas de cerveja na mão.

Felipe Maia/Folha Online

Copo em riste, executivo puxa papo com garota na Cebit, em Hannover (Alemanha)

A Cebit, maior feira de tecnologia do mundo, começou na terça-feira (4) e vai até domingo (9), em Hannover, no norte da Alemanha. A intenção do evento é o mostrar o que há de novo no mundo da tecnologia.

A festa noturna e gratuita foi obra da Tobit Software, uma empresa de tecnologia alemã que promete repetir a "balada corporativa" todos os dias, até sábado (8). "Isso é para se divertir, para fazer negócios, fazer festa", afirma o diretor de marketing da empresa, Mathias WäBle.

Segundo ele, é comum que empresas promovam festas durante a Cebit. "Em cada pavilhão deve ter uma. É uma forma de fazer contatos de maneira diferente. Todas as pessoas que estão aqui são potenciais consumidores ou potenciais parceiros, então queremos que eles lembrem de nossa empresa de uma maneira diferente", diz.

Alterados

A bebida alcoólica era liberada, com a garrafa de cerveja custando 1 euro (cerca de R$ 2,50). Na ala vip, protegida por seguranças, a convidados da Tobit tinham acesso a destilados gratuitos e drinks especiais.

Em uma pista improvisada, participantes dançavam de maneira um tanto ousada para um evento corporativo --alguns estavam visivelmente alterados. "A gente merece. Depois de um dia de trabalho desses, é ótimo vir aqui e tomar uma cerveja", afirma Korina Dargel, que trabalha como hostes na Cebit.

	Christian Charisius/Reuters
	Cebit, maior feira de tecnologia do mundo, começou na terça-feira (4) e vai até domingo (9), em Hannover

Como a festa tem hora certa para acabar, pouco depois das 21h a música foi desligada, gerando protestos do público. Mas, como a bebida continuava a ser servida, muitos resistiam à idéia de ir embora. "Não vai ter um lugar tão animado em Hannover a essa hora", diz o analista de sistemas norte-americano Martin Hoover.

Questionado sobre a paquera durante a festa, ele é taxativo: "Estamos trabalhando, mas não estamos mortos."

O repórter viajou a convite da Hannover Fairs do Brasil