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Céticos sobre futuro do Pirate Bay, analistas comparam site ao Napster
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da Folha Online
O Pirate Bay, site famoso na internet para troca de arquivos, tem tudo para se tornar o próximo Napster --serviço para compartilhamento de MP3 que ganhou fama no fim dos anos 1990, recebeu um grande volume de processos da indústria fonográfica e não resistiu à "regularização" do conteúdo.
Hoje, a empresa sueca Global Gaming Factory X AB anunciou a compra do Pirate Bay, compra Pirate Bay e promete "legalizar" site pelo equivalente a US$ 7,8 milhões e afirmou que deve criar um novo modelo de negócios para o site, pagando os direitos de provedores de conteúdo e detentores de direitos autorais.
Mudança
Em nota, a GGF afirma que espera desenvolver "novos modelos de negócio que permitam compensar os produtores de conteúdo e detentores de direitos autorais".
"Nós gostaríamos de introduzir modelos que envolvam o pagamento de provedores de conteúdo e donos de direitos autorais pelo que é baixado no site", afirma Hans Pandeya, executivo-chefe da empresa, em nota.
"Parece que eles vão 'napsterizar' o Pirate Bay", afirma Leigh Ellis, analista da empresa Gillhams Solicitors para assuntos relacionados à propriedade intelectual. Mark Mulligan, da empresa de pesquisas Forrester, diz que muitos dos 22 milhões de usuários do portal devem migrar para outros serviços de download gratuito.
"No fundo, a maior parte das pessoas que usam sistemas de compartilhamento de arquivos escolhe essa opção porque é grátis. Eles não vão começar a pagar só porque os donos têm um novo modelo de negócio", diz.
Queda
O Napster original, por exemplo, ajudou a fundar o mercado de música de música digital nos anos 1990, com um serviço de compartilhamento de arquivos, que foi fechado após um processo judicial empreendido pela indústria fonográfica. O nome foi comprado e reestruturado como uma loja legalizada, que nunca conseguiu fazer sombra para o iTunes, loja virtual da Apple.
No ano passado, a rede de varejo norte-americana Best Buy fechou um acordo para comprar o Napster, por US$ 121 milhões, em dinheiro, e hoje o sistema funciona oferecendo músicas de forma legal, mas sem muita popularidade.
Em post no blog do Pirate Bay, os responsáveis pelo site afirmam que a decisão de vendê-lo está relacionada à capacidade de investimento. "Como todos sabem, não houve muitas novidades no site nos últimos dois, três anos. É essencialmente o mesmo site. Na internet, as coisas morrem se não evoluem. Não queremos que isso aconteça", diz o texto.
Segundo eles, o lucro com as vendas será destinado a uma fundação que vai colaborar com outros projetos relacionados à "liberdade de expressão, liberdade de informação e a abertura da internet".
O desafio do Pirate Bay é não se tornar apenas mais um serviço pago para download de arquivos.
Com Reuters
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