Livraria da Folha

 
23/10/2010 - 18h31

Obra desvenda segredos escondidos da Bíblia; leia trecho

colaboração para a Livraria da Folha

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Os segredos da Bíblia sempre despertaram curiosidade e interesse. Guardados a sete chaves, continuam instigando e levando a discussões polêmicas. A grande dificuldade, mesmo com o passar de tanto tempo, é conseguir respostas, juntar as peças para montar esse grande quebra-cabeça.

O "Almanaque dos Grandes Mistérios Bíblicos", da Livingstone Corporations, assume esse desafio e se propõe a colocar fim a uma série de perguntas. Com uma linguagem leve e coloquial, busca referências no livro sagrado para fazer o leitor examinar os fatos com profundidade.

Entre outras coisas, tenta esclarecer o que realmente aconteceu com a Arca da Aliança, que teria guardado a tábua dos 10 mandamentos, qual o segredo da força descomunal de Sansão e por que milhares de porcos despencaram em um precipício. Também descortina a aura de mistério que envolve a rainha de Sabá.

Fundada em 1988, a Livingstone Corporations é uma fundação norte-americana dedicada a fomentar a publicação de livros sobre estudos bíblicos no mundo, com mais de 150 versões do livro sagrado e 400 livros devocionais.

Divulgação
Com texto leve e divertido, obra revela segredos e curiosidades
Com texto leve e divertido, obra revela segredos e curiosidades

Neste volume, a fundação pincelou histórias intrigantes, quadros pitorescos, fatos surpreendentes e respostas interessantes a dúvidas comum a todos, abordadas de forma divertida. Estão divididas em seções como "Estranho, mas verdadeiro" e "Ligações curiosas". Há ainda um espaço para perguntas mais freqüentes e informações adicionais.

Na obra, há um capítulo que relata o destino de famílias, nações e povos que morreram por desafiar ou negligenciar o poder de Deus, segundo as escrituras sagradas. É o caso dos sodomitas, que foram exterminados por sua corrupção.

Ao se oporem à autoridade de Moisés, por exemplo, muitos israelitas teriam sido picados por serpentes venenosas. Pela mesma razão, de acordo com o livro, Core e seus seguidores foram tragados pela terra.

No trecho abaixo, a obra trata da longevidade cada vez menor da população, em comparação aos povos dos tempos bíblicos, e dos misteriosos "filhos de Deus", em que uma das teorias considera que seres espirituais penetravam na terra para escolher mulheres humanas, ainda que transpor o abismo entre o humano e o angélico levasse à ira absoluta de Deus.

Leia mais sobre as histórias:

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Redução da expectativa de vida

Por que a expectativa de vida diminuiu tanto desde os antigos tempos bíblicos?

Enoque não passava de uma criança quando, aos 365 anos de idade, sua vida na terra chegou ao fim. Hoje, na maturidade dos 30 anos, a maioria das pessoas descobre que já não consegue correr tão rápido quanto os rapazes mais jovens com quem costumava competir. Aos 40, os pais perdem a queda de braços para seus filhos e, aos 50, para suas filhas. Aos 60, você talvez se sinta jovem, mas uma olhadela no espelho evitará que continue enganado. Aos 70, goza de todos os benefícios para idosos e as pessoas dizem: "O senhor parece tão moço!" só para convencê-lo a dar uma volta pelo quarteirão. Por que as personagens da Bíblia viviam tanto se, em comparação, muitos de nós ficamos cansados e envelhecidos tão cedo?

Uma das pessoas mais velhas da Bíblia foi Matusalém, que viveu 969 anos, quase um milênio inteiro. Muitas delas começaram a criar filhos quando chegaram à idade em que nós nos aposentamos. Por que viviam tanto? Gozavam de águas e ares mais puros? Algum tipo de enzima ou proteína em sua comida lhes dava imunidade contra doenças que assolam nossa população, como o câncer? Que segredo possuíam os antigos para viver vidas sobre-humanas? Existia acaso, por lá, uma Fonte da Juventude como a que Ponce de León procurou em terras da Flórida no século XVI?

Embora a Bíblia registre os nomes e os prazos de vida desses antigos heróis, não dá nenhuma explicação para a longevidade deles. Podemos supor que, naqueles dias, o stress não era tão comum, o alimento era mais puro, o ambiente era menos tóxico, a doença era menos virulenta e o ar era menos corrompido do que hoje. O ritmo agrícola da vida devia sem dúvida ser mais vagaroso, dando aos antigos tempo para cultivar a paz de espírito. A correria atual ainda não tinha sido inventada por descendentes distantes, que olhariam o passado sem acreditar na incrível longevidade da época.

Talvez fatores ambientais e comportamentais expliquem em parte a discrepância entre a expectativa de vida do homem moderno e a dos antigos. O fato de esses anciãos terem existido antes do relato bíblico do dilúvio pode explicar algumas diferenças na expectativa de vida. Uma enchente gigantesca talvez tenha alterado as condições climáticas e atmosféricas pré-históricas, que favoreciam a existência humana muito mais prodigamente do que as condições ambientais hoje suportadas por nós. Nos dias atuais, um corpo humano teria de ser incrivelmente forte para durar sete, oito ou nove séculos.

Uma explicação mais teológica é que as expectativas de vida declinaram segundo um plano divino; como a terra ficou mais populosa, a necessidade de existências tão longas desapareceu. O desgosto de Deus com o comportamento humano também conta. Gênesis 6:3 tece este sucinto comentário: "Então disse o Senhor: Não contenderá meu espírito para sempre com o homem, pois ele é apenas carne mortal. Porém, seus dias serão 120 anos." E, com efeito, depois de Noé, a expectativa de vida caiu vertiginosamente: ele mesmo viveu 950 anos, mas seu filho Sem, apenas 600; seis gerações mais tarde, Terá, pai de Abraão, não passou de uns míseros 148.

O motivo pelo qual essa gente antiga vivia tanto continua sendo um quebra-cabeça complexo e talvez nunca disponhamos das peças necessárias para dar uma resposta cabal.

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Questões gigantescas

Quem eram os misteriosos "filhos de Deus" mencionados em Gênesis 6:1?

Numa passagem enigmática, pouco antes da história da arca de Noé, o autor do Gênesis nos conta que os "filhos de Deus" olharam para as "formosas mulheres" da terra e as tomaram por esposas. Seus descendentes foram uma raça de gigantes chamados nefilins, que se tornaram os heróis do folclore antigo.

Só até aí chega o nosso conhecimento desse instante na história antiga, um enigma que suscita mais perguntas do que fornece respostas. Quem eram os tais "filhos de Deus?" Que sabemos sobre os nefilins?

Segundo uma teoria, esses gigantes provinham de Sete, uma linhagem divina de criaturas que se misturaram com os descendentes pervertidos de Caim. Lembremo-nos de que Caim assassinou seu irmão Abel e de que Adão e Eva conceberam Sete depois disso. O problema com semelhante teoria é que o Gênesis parece estabelecer uma diferença óbvia entre os simples mortais e os supermortais na história, um fato que não se pode ignorar.

Outra teoria propõe que esses filhos de Deus eram grandes homens --governantes e reis. O atrativo dessa explicação é que ela afasta a dificuldade de imaginar os anjos (ou outros seres espirituais) envolvendo-se intimamente com mulheres. Dessa passagem, o que inferimos é o seguinte: seres extraordinários, sobrenaturais, de algum modo penetraram na esfera terrena para escolher esposas humanas.

A crermos numa terceira hipótese, os filhos de Deus não se pareciam com nada jamais visto na terra, então ou agora. Vinham de outra esfera espiritual --demoníaca, para alguns--, mas possuíam notável capacidade física. Seu impulso sexual era forte e seus filhos, gigantes ou homens poderosos --bom material para lenda. Talvez isso seja um pouco difícil de imaginar: seres meio-angélicos, meio-humanos. Mas, não importa o que a Bíblia queira dizer nesse misterioso capítulo, fica claro pelas epístolas de Judas e Pedro que qualquer ser angélico culpado de transpor o abismo entre o humano e o angélico enfrentará a ira absoluta de Deus. Esses anjos só podem esperar as tenebrosas masmorras do julgamento divino (ver 2 Pedro 2:4 e Judas 6).

E quanto aos nefilins? Vamos encontrá-los de novo em Números 13:33, quando os espiões mandados à Terra Prometida voltam falando, assustados, de uma raça de gigantes que ali habitava. Teriam eles algo a ver com os gigantes antigos? Não se sabe. Sabe-se, porém, que os israelitas toparam com gigantes em seu passado remoto, sendo Golias de Gate o mais famoso exemplo. 2 Samuel 21:15-22 inclui um breve relato da batalha entre os israelitas e esses homens formidáveis.

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Almanaque dos Grandes Mistérios Bíblicos
Autor: Livingstone Corporation
Editora: Pensamento
Páginas: 248
Quanto: R$ 36,00
Onde comprar: Pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da Livraria da Folha

 
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