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Arthur Schopenhauer entrou para a história com a imagem de ranzinza |
Arthur Schopenhauer, chamado de filósofo do pessimismo, entrou para a história com a imagem carrancuda de velho ranzinza, mal-amado e invejoso. Mas, convenhamos, ele tinha lá seus motivos.
Nasceu numa família rica, em Dantzig, atual Polônia, no ano de 1788. Sua mãe era escritora e defendia uma postura muito liberal para a época. Após o suicídio do marido, passou a viver com um jovem amante. O filósofo reprovava abertamente essa conduta.
Somado ao seu desapontamento com a figura materna, suas decepções amorosas lhe transformaram em um misógino convicto. Carregou, por toda a vida, um grande rancor pelo sexo feminino.
Em 1819, publica "O Mundo como Vontade e Representação" sua obra-prima. Pouco tempo depois, quando lecionava na Universidade de Berlim, Schopenhauer encontrou seu maior adversário: Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831).
As palestras de Hegel, o maior representante do idealismo alemão, eram as mais disputadas entre os alunos, fato que atraía a inveja. Conta-se que, com a intenção de disputar a preferência dos estudantes, Schopenhauer marcou sua aula no mesmo horário, a experiência resultou em um fracasso total.
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Contudo, sua vida não foi feita apenas de frustrações e derrotas. Aos poucos, seus textos passaram a atrair a atenção de escritores e de outros intelectuais. Exerceu grande influência em Friedrich Nietzsche (1844-1900), Sigmund Freud (1856-1939) e Machado de Assis (1839-1908).
Morreu em 1860, há 150 anos. Hoje, seus livros são mais vendidos que os de seu rival.
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