Em novo livro, Alice Ruiz S faz brotar haicais a partir de jardim

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No jardim de Haijin, Alice concentra sua escrita diminuta e emotiva

Delicadeza e simplicidade são a base dos haicais. Espécie de fotografias em palavras, os poemas em três linhas, com cinco síladas na primeira e na última, e sete na segunda, possuem uma forma peculiar de escrita.

Além da concisão e objetividade, não ultrapassam, mais de 17 sílabas. Exemplificam, sem dúvida, a arte do minúsculo em versos enxutos e profundos.

Especialista no gênero, a poeta curitibana Alice Ruiz S lança neste mês mais um volume de haicais. "Jardim de Haijin", publicado pela editora Iluminuras, concentra os versos em um jardim moldado pelo olhar diminuto na forma, mas vasto no conteúdo.

Vencedora do Prêmio Jabuti 2009, na categoria "Poesia", por "Dois em Um" (Iluminuras, 2008), Alice cava um tempo silencioso entre seus versos. Sem alarde, o passar dos dias consome o andamento das estações do ano.

Ao fotografar as palavras, grava o instante num jardim, que será emoldurado pela sua escrita.