Livraria da Folha

 
28/10/2010 - 17h19

Biografia de Laudo Natel debate polêmica da construção do Morumbi

da Livraria da Folha

Laudo Natel é um nome importante da política e do empresariado nacional, além da história do São Paulo Futebol Clube. Sua carreira e trajetória política são alvo do volume "Laudo Natel: Um Bandeirante", editado pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo e escrito por Ricardo Viveiros.

Divulgação
Laudo Natel explica em biografia participação pública no Morumbi
Laudo Natel explica em biografia participação pública no Morumbi

O empresário dividia seu tempo para se dedicar ao seu time do coração. Já em 1952 ele assumira o cargo de tesoureiro do São Paulo Futebol Clube, no qual ficou até 1958. Natel deixou a posição para ser presidente do clube e, por consequência, assumindo a comissão pró-estádio. O Morumbi ainda não existia, só sendo inaugurado em 1960.

No capítulo dedicado à sua passagem pelo clube, Ricardo Viveiros esclarece a polêmica do uso de dinheiro público para a construção do Cícero Pompeu de Toledo. O autor explica que o apoio federal ocorreu na liberação do "Carnê Paulistão". Proibido por lei, era um título de capitalização que arrecadava dinheiro para concluir as obras.

Natural da região oeste do Estado de São Paulo, viveu em diferentes cidades do interior paulista. Em Marília iniciou sua carreira, chegando ao lugar para trabalhar no recém-fundado Banco Brasileiro de Descontos. Na instituição financeira, cresceu rapidamente e, em cinco anos, tornou-se diretor. Em 1945, mudou-se definitivamente para a cidade de São Paulo com a esposa Zilda. Já na metrópole, iniciou sua vida política. Em 1962, concorreu como candidato neutro ao cargo de vice-governador do Estado, sendo eleito.

Quatro anos depois, já na ditadura militar, foi convocado pelo então presidente Castelo Branco para conversar. No Rio de Janeiro, foi pedido que assumisse o governo do Estado de São Paulo, cargo ocupado por Adhemar de Barros. Segundo as pesquisas de Viveiros, os motivos para a destituição de Barros no dia seguinte foram a corrupção e as discordâncias em relação à política econômica federal.

Natel ficou apenas oito meses no poder, tempo que restava de mandato. Após este período, retornou ao seu trabalho no banco. Ele só voltaria à política em 1970, quando a Arena o indicou para a eleição indireta ao Governo de São Paulo. Sem concorrentes, assumiu o cargo.

Os quatro anos de mandato, desta vez completo, foram marcados por projetos de desenvolvimento do interior paulista. O autor explica na biografia que a principal preocupação de Laudo era propiciar a todo o Estado a infraestrutura necessária para as cidades adquirirem condições de buscar seu crescimento econômico.

Natel concorreu para mais dois mandatos no Governo de São Paulo, sendo as duas vezes derrotado internamente em seu partido por Paulo Maluf e coligados a ele.

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Laudo Natel: Um Bandeirante
Autor: Ricardo Viveiros
Editora: Imprensa Oficial
Páginas: 320
Quanto: R$ 60,00
Onde comprar: Pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da Livraria da Folha

 
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