Conheça mangás diferentes que mostram a profundidade desse formato
da Livraria da Folha
Se você pensa que pensa que mangás são apenas aquelas revistas fantásticas, direcionadas para adolescentes, com muita ação e violência, pense de novo. Os mangás são uma forma narrativa refinada que permite transmitir conceitos complexos, períodos históricos, adaptações de grandes clássicos e muito mais.
Confira abaixo alguns mangás escolhidos pela Livraria da Folha que fogem do estereótipo do gênero, mostrando que têm algo a oferecer às pessoas do mais diversos gostos e idades.
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| Mangá mostra a opressão em um ambiente onte tudo é controlado |
É um bom exemplo de como os mangás podem apresentar uma profundidade que rivaliza com outras formas de arte como a literatura e o cinema. "Na Prisão" é o relato autobiográfico de Kazuichi Hanawa, criador de mangás que foi preso por porte ilegal de armas em 1994. E o que era uma mera excentricidade (Hanawa tomou gosto por armamentos de forma um tanto infantil, lendo mangás de guerra) terminou por lhe custar três anos na prisão.
Mas se engana quem imagina as prisões brasileiras superlotadas e cheias de descamisados. Nos presídios japoneses a ordem é absoluta, com regulamentos de como se vestir no verão ou no inverno, formas de dobrar o uniforme, modos de sentar, banhos cronometrados nos minutos -- dois para se lavar, um para se enxaguar -- e um complexo sistema de cardápios que divide a comida pelos dias da semana.
"Na Prisão" aborda a dificuldade de se manter a sua individualidade em um mundo onde até a forma de andar marchando pelos corredores é regrada. Tudo foi capturado de memória pelo autor e desenhado depois porque, sim, é proibido desenhar nos presídios japoneses.
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| Épico de 14 volumes mostra a trajetória de Buda na Antiguidade |
Esta coleção de 14 volumes recebeu o Prêmio Will Eisner em 2003, um dos mais importantes dos quadrinhos. O mangá narra a história de Siddharta Gautama, príncipe dos Sakyas, que nasceu por volta de 560 a.C. na região entre a Índia e o Nepal.
O príncipe abandonou seu poder e suas posses para tentar entender por que as pessoas sofrem. Perambulou durante anos nas florestas de Bodhi-Gaya até encontrar suas respostas, tornando-se o Buda (desperto, iluminado). Elaborou e ensinou cerca de 84 mil métodos de treinamento da mente, que depois ficaram conhecidos como budismo.
Como todo japonês, o autor Osamu Tezuka cresceu em uma cultura influenciada por essas ideias. E resolveu fazer sua versão da trajetória do Buda. Sem pretensão de ser fiel a fatos -- até mesmo por se tratar de uma história para a qual existem as mais diversas interpretações --, o mestre dos mangás criou uma obra única, cheia de humor, aventura e crítica social. Osamu Tezuka foi o homem que revolucionou os quadrinhos japoneses e forneceu as bases para a criação da indústria dos mangás e animes. Criador de personagens clássicos como "Astro Boy" e a série "A Princesa e o Cavaleiro".
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| Cinderela misturada com zumbis, monstros e muito humor negro |
Se um dia você já se perguntou como seria a famosa história de Cinderela se ela fosse um zumbi, esta é a resposta.
Na narrativa, Cinderalla levava uma vida feliz trabalhando como garçonete no restaurante do pai, até que ele morre, vira um zumbi e se casa com uma mulher faminta que tem outras duas filhas (as três também zumbis). A garota tem então que administrar sozinha o restaurante, além de alimentar a madastra e fazer sutiãs para uma das irmãs.
Um dia Cinderalla conhece e se apaixona por um cantor zumbi, com quem consegue se encontrar depois que uma fada a transforma temporariamente em zumbi também. Cinderalla tem que correr antes que ele descubra que ela ainda está viva, mas acaba perdendo um olho na fuga. O cantor começa a experimentar o olho em todas as zumbis que vão até ele, na tentativa de descobrir quem é sua amada. O olho serve em Cinderalla, eles se casam e ela compra uma máquina de fazer panquecas para alimentar a madastra faminta.
"Cinderalla"" é a reincarnação alucinada de Cinderela, que vai ao inferno buscar seu pai e o segredo do seu molho de churrasco. Uma viagem psicodélica onde zumbis voadores se transformam em príncipes encantados. Fadas alcoólatras, pop-stars anêmicas, mortos vivos reinterpretam o conto de fadas em versão trash. Um encontro divertido da cultura pop com o humor negro e o clássico.
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| Amor trágico entre adolescentes em mangá pintado todo em aquarela |
A versão em mangá do maior best-seller do Japão. Baseado no romance "Sekai no Chuushin de Ai wo Sakebu", de Kyoichi Katayama, o desenhista Kazumi Kazui mostra o trágico primeiro amor de um casal de adolescentes. O romance nasceu quando escritor japonês Kyoichi Katayama, ao ler um livro de filosofia, deparou-se com a frase: "o amor é uma forma de violência que obriga as pessoas a pensarem". Intrigado, ele decidiu criar uma história que simbolizasse a ideia.
Na narrativa, acompanhamos o estudante Saku e sua colega Aki, que estudam juntos e se apaixonam no sul do Japão na década de 80. O casal faz todos os tipos de passeios e viagens juntos, mas Aki sofre de leucemia e passa a definhar mais a cada dia que passa.
O enredo é tão forte e cativante que emocionou até a desenhista Kazumi Kazui, que afirma que a partir da metade da história, criou todos os desenhos com olhos cheios de lágrimas.
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| As principais passagens da Bíblia adaptadas em formato mangá |
Mostra as passagens essenciais e intrigantes do Primeiro Livro, demonstrando com realismo a linha do tempo e como cada pequeno acontecimento influenciou o futuro de toda a humanidade.
O livro cativa públicos de todas as idades e chama atenção para as passagens as quais se refere, com a indicação do Livro, Capítulo e Versículo correspondente da Bíblia, facilitando a interação entre o mangá e a obra original.
A obra foi um sucesso de vendas no Reino Unido, seu país de origem, alcançando a notória marca das 50 mil cópias e liderando as listas do gênero mangá. A partir daí foi lançada também nos Estados Unidos, onde as vendas foram igualmente satisfatórias.
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| Clássico dos anos 80 acompanha três "Adolfs", um deles o ditador. |
Desenhada na década de 80, esta história de Osamu Tezuka gira em torno de três personagens com o mesmo nome: Adolf Kaufmann, filho de um diplomata alemão e uma japonesa, Adolf Kamil, filho de humildes padeiros judeus, e Adolf Hitler. Dividida em 5 volumes, a série recebeu o prêmio Kodansha, e é considerado uma das últimas obras importantes de Tezuka, que faleceu em 1989.
A história tem início em agosto de 1936, quando o repórter japonês Sôhei Tôge faz a cobertura das Olimpíadas de Berlim. Durante as olimpíadas, seu irmão, Isao desaparece e Sôhei acaba se envolvendo em uma trama que gira em torno de documentos que atestam que o próprio Hitler era descendente de judeus.
Adolf Kaufmann e Adolf Kamil entram na história depois. Eles moram na cidade de Kobe e se tornam grandes amigos, amizade que não é aprovada por suas famílias. Kaufmann ingressará no grupo das juventudes hitlerianas, e Kamil e sua família sofrerão com a perseguição aos judeus. Ambos terão que superar inúmeras dificuldades ao longo da Segunda Guerra Mundial. A amizade dos dois se transforma em um dilema. Enquanto isso, Sôhei também deverá enfrentar grandes perigos para salvar sua vida e os documentos que descobriu.
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"Na Prisão"
Autor: Kazuichi Hanawa
Editora: Conrad
Quanto: R$ 35,00
Onde comprar: 0800-140090 ou na Livraria da Folha
"Buda"
Autor: Osamu Tezuka
Editora: Conrad
Quanto: R$ 19,90
Onde comprar: 0800-140090 ou na Livraria da Folha
"Cinderalla""
Autor: Junko Mizuno
Editora: Conrad
Quanto: R$ 29,50
Onde comprar: 0800-140090 ou na Livraria da Folha
"Sócrates in Love"
Autor: Kyoichi Katayama
Editora: JBC
Quanto: R$ 19,90
Onde comprar: 0800-140090 ou na Livraria da Folha
"A Bíblia em Mangá""
Autores: Siku Akinsiku, Ajinbayo
Editora: JBC
Quanto: R$ 14,90
Onde comprar: 0800-140090 ou na Livraria da Folha
"Adolf".
Autor: Osamu Tezuka
Editora: Conrad
Quanto: R$ 27,90
Onde comprar: 0800-140090 ou na Livraria da Folha.
