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19/11/2009 - 11h25

"O Código da Vinci" é pior livro da década, diz "Times"; melhor é "A Estrada"

da Folha Online

Um dos maiores sucessos de venda dos últimos anos, "O Código da Vinci", de Dan Brown, foi eleito pela equipe do suplemento de literatura do jornal inglês "The Times" como o pior livro da década. Em contrapartida, "A Estrada", de Cormac McCarthy, foi escolhido como o melhor de todos.

AP
Dan Brown, teve seu livro considerado o pior da década
Dan Brown, teve seu livro considerado o pior da década

"O Código da Vinci" vendeu mais de 70 milhões de exemplares pelo mundo todo e tornou-se um dos maiores fenômenos da história no mercado de livros. O novo livro de Dan Brown, "O Símbolo Perdido" vai pelo mesmo caminho: no primeiro dia em que chegou às livrarias atingiu a marca de 1 milhão de cópias vendidas. Mesmo com todos esses números de vendas, para o jornal, o que desqualifica o best-seller de Dan Brown é o seu texto, já que sua introdução "parece o início de uma história de um tabloide e não de um livro".

Na contramão dos gostos e desgostos do "The Times", este livro de Dan Brown ocupa também a décima posição entre os melhores livros da década.

Em segundo lugar entre os piores, aparece o best-seller de autoajuda "O Segredo". A obra ensina a atingir o sucesso mantendo um pensamento positivo. Segundo o The Times, as referências a Jesus, Newton, Beethoven e Einstein fazem dele "insuportável".

A modelo inglesa Katie Price, também conhecida como Jordan, aparece com sua autobiografia "Being Jordan" (sem tradução para o português) na terceira posição do ranking dos piores livros da década. E é considerado influente, mas não de uma boa maneira.

"Vernon God Little" ocupa o quarto lugar entre os piores e narra a vida de um adolescente sarcástico, que tem uma mãe com problemas emocionais. Apesar de ter ganho o prêmio "Man Booker 2003" como um romance de humor negro que reflete o fascínio e o medo que temos pela América, o "The Times" acha que os elogios ao livro não são merecidos.

Finalizando a lista, "Dylan's Visions Of Sin", sem tradução para o português, aparece em quinto lugar. O livro analisa as letras das canções de Bob Dylan. Segundo o jornal, "esta carta de amor a Dylan é tão embaraçosa de ler quanto uma carta adolescente em que você não está envolvido".

 
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