Livraria da Folha

 
15/01/2010 - 11h21

William, do Corinthians, indica "A Divina Comédia" e "Senhora"; veja lista

FABIANA SERAGUSA
colaboração para a Livraria da Folha

Almeida Rocha/Folha
William de Oliveira(foto), zagueiro e capitão do Corinthians, indica seus dez livros preferidos
William de Oliveira (foto), zagueiro e capitão do Corinthians, indica seus dez livros preferidos

O zagueiro e capitão do Corinthians, William Machado de Oliveira, que desde 2008 defende o time do Parque São Jorge, pretende começar a ler "Os Axiomas de Zurique" e o best-seller "A Cabana" ainda durante a pré-temporada do time, que termina em 26 de janeiro.

Em entrevista exclusiva à Livraria da Folha, o jogador diz que sempre arranja tempo entre uma viagem e outra, em hotéis e aviões, para colocar os assuntos literários em dia, mas que, mesmo assim, lê menos do que gostaria.

"Gosto de ler sobre tudo exatamente pra poder me relacionar com pessoas de todas as áreas", conta William, que fala da importância de ter acesso a cada vez mais informações: "Com conhecimento e informação, a chance de ter uma vida melhor e ser uma pessoa melhor aumenta exponencialmente."

A pedido da Livraria da Folha, o capitão do Corinthians citou dez de seus livros preferidos. Veja, abaixo, uma descrição de cada um dos títulos, que incluem crônicas de Luis Fernando Verissimo, poemas de Vinicius de Moraes, relatos de uma senhora devassa e libertina, e um manual sobre como administrar seu dinheiro.

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Fotomontagem Folha Online
Crônicas de Luis Fernando Verissimo e livro de Marcelo Rubens Paiva são sugestões do capitão do Corinthians
Crônicas de Luis Fernando Verissimo e livro de Marcelo Rubens Paiva são sugestões do capitão do Corinthians

"A Casa dos Budas Ditosos" - O livro traz a história de CLB, uma mulher de 68 anos, nascida na Bahia e residente no Rio de Janeiro, que jamais se furtou a viver --com todo o prazer e sem respingos de culpa-- as infinitas possibilidades do sexo. Seriam as memórias desta senhora devassa e libertina um relato verídico? Ou tudo não passa de uma brincadeira do autor? Nunca saberemos. Importa é que ninguém conseguirá ficar indiferente à franqueza rara deste relato e a seu humor corrosivo.

"As Mentiras que os Homens Contam" - Quem nunca inventou, para a mãe, uma dor ou mal-estar pra fugir de um dia de aula? Quem nunca usou o trânsito para justificar o atraso a um compromisso? Este livro, o primeiro da coleção "Ver!ssimo", traz uma seleção divertidíssima de crônicas do autor sobre o tema. Ao todo são 41 histórias, algumas delas inéditas em livro, nas quais Verissimo apresenta uma deliciosa galeria de mentirosos e fraudes que cometemos diariamente.

"Clube dos Anjos" - Sentar-se à mesa com os amigos, saborear o seu prato preferido e se entregar ao prazer de comer, louca e apaixonadamente. Depois? Depois a morte. Mas isso só parecia acentuar a delícia de sabores irrecusáveis, o paladar em estado de exaltação, a bênção de um destino escolhido. O humor genial de Luís Fernando Verissimo faz deste livro uma aventura tão envolvente como a amizade entre aqueles homens --dez, e nunca mais que dez, até que a morte ou as mulheres os separassem.

"A Divina Comédia" - Um dos mais belos poemas de todos os tempos, escrito entre 1306 e 1321, a obra máxima da literatura italiana expressa a fervorosa ideologia cristã da época enquanto Dante Alighieri relata sua viagem pelos três reinos do outro mundo. Esta edição é composta por três volumes : Inferno, Purgatório e Paraíso, nos quais a estrutura originalmente escolhida por Dante (tercetos decassílabos em rimas alternadas e encadeadas) foi preservada durante a tradução para o português.

"Feliz Ano Velho" - Um mergulho foi capaz de dividir em dois momentos a vida do premiado jornalista e dramaturgo Marcelo Rubens Paiva. Em 1979, o jovem estudante de classe média alta viu sua vida ruir após mergulhar em um lago raso e quebrar uma vértebra. Tetraplégico, o autor teve que repensar sua vida e encontrar motivação para seguir em frente. O relato carismático, bem-humorado e informal dos primeiros anos foi publicado inicialmente em 1982, tornou-se um dos maiores best-sellers dos anos 80 e conquistou o prêmio Jabuti.

Fotomontagem Folha Online
Livros sobre investimentos, futuro da humanidade e faraó do Egito fazem parte dos preferidos do jogador William
Livros sobre investimentos, futuro da humanidade e faraó do Egito fazem parte dos preferidos do jogador William

"Investimentos: Como Administrar Melhor Seu Dinheiro" - Ganhar dinheiro não é uma tarefa fácil. Mais complicado ainda é administrá-lo bem e fazer com que se multiplique ao longo dos anos. Este livro discute exatamente isso. De maneira clara e didática, Mauro Halfeld aborda questões importantíssimas como a compra de imóveis, o orçamento pessoal e os investimentos financeiros.

"Livro de Sonetos" - Foi o próprio Vinicius de Moraes quem organizou a primeira edição deste livro, originalmente publicado em 1957. Com o volume, o poeta fazia um balanço de sua obra e ratificava, em 35 poemas, sua dedicação a uma das formas mais populares de poesia: o soneto. O que se pode inferir ao longo desses anos é que os sonetos escritos por Vinicius acabaram por formar um acervo singular no quadro da moderna poesia brasileira.

"O Futuro da Humanidade" - Uma obra que oferece uma rara oportunidade de repensar a sociedade e o rumo de nossas vidas. Com mais de 8 milhões de livros vendidos no Brasil, o livro conta a trajetória de Marco Polo, um jovem estudante de medicina de espírito livre e aventureiro como o do navegador veneziano do século 17, em quem seu pai se inspirou ao escolher seu nome.

"Ramsés" - Quando se evoca a grandeza do antigo Egito, um nome vem imediatamente à memória: Ramsés, que reinou durante mais de 60 anos. Por agora, Ramsés tem apenas 14 anos; seu pai, Séthi, faraó venerado pelo povo, fez do Egito o mais poderoso império do mundo. Ao recriar a grandiosidade e o mistério dos tempos antigos, retrata, como nunca se fez antes, o magnífico faraó Ramsés, cujo reinado se encontra talhado em esculturas colossais.

"Senhora" - Neste romance, José de Alencar condena o casamento de conveniência e critica a educação artificial que era aplicada no final do século 19. Conta a história de Aurélia, uma moça pobre que se torna rica graças a uma herança que recebeu de seu avô. Aurélia resolve casar-se e pede ao seu tutor, o senhor Lemos, que procure seu ex-namorado, Fernando Seixas, um jornalista que vivia na pobreza, e lhe ofereça 100 contos de rés de dote --tudo isso sem mencionar o nome da noiva.

 
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