Livraria da Folha

 
22/01/2010 - 14h04

Criado pelo maior nome do mangá, "Astro Boy" estreia em versão cinematográfica

da Livraria da Folha

Estreia nesta sexta (22), a animação de "Astro Boy". Criado por Osamu Tezuka em 1952, o menino robô é um marco cultural japonês. Nome já conhecido por mangás de grande sucesso, Tezuka iniciou a história na revista "Shonen Magazine" e com ela pode realizar o seu sonho de fazer animações.

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"Astro Boy", adaptação do desenho de Osamu Tezuka, estreia nos cinemas brasileiros
"Astro Boy", adaptação do desenho de Osamu Tezuka, estreia nos cinemas brasileiros

O momento era de crescimento para a televisão no Japão e aproveitou-se o momento para criar a primeira série de desenhos animados para a TV, sendo exibido de 1963 a 1966. Nos anos de 1980 acabou ganhando outra série e até mesmo um filme em 1964.

O sucesso de "Astro Boy" foi tamanho que projetou Tezuka e a indústria de quadrinhos e animações japonesas para o mundo, abrindo caminho para os animes de hoje. São de sua autoria, também, "A Princesa e o Cavaleiro" e "Don Drácula". Suas séries mais sérias em mangá também tornaram-se bastante famosas, como "Adolf" e "Buda"

A importância do mangaká, e que o deixou conhecido como "o deus do mangá", vem da sua inovação desde o início de sua carreira. A estética hoje diretamente relacionada aos quadrinhos japoneses, como olhos grandes e expressões exageradas, foi introduzida por ele. A utilização de técnicas cinematográficas para os cenários era algo inédito e difundiu-se após sua ousadia.

Suas obras influenciaram quadrinistas de todo o mundo, e abordam os mais diferentes tipos de assunto. Mesmo as mais notadamente infantis possuem um tom sério e apresentam certo realismo, apesar de Tezuka declarar que inspirava-se no Ocidente, como nos desenhos da Disney.

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Biografia em mangá de Tezuka conta como "Astro Boy" surgiu
Biografia em mangá de Tezuka conta como "Astro Boy" surgiu

"Astro Boy" é um exemplo de sua linha de criação. A história narra a surgimento de um robô criado por um cientista na tentativa de substituir seu filho morto em um acidente. Ao perceber que não poderia substituir o carinho perdido, abandona sua criação que é vendida a um dono de circo. Por fim é adotado por outro inventor, que o tratará como filho e acompanhará as suas aventuras.

O "deus do mangá" ganhou uma biografia no formato dos quadrinhos orientais, em quatro volumes. O terceiro, chamado "O Sonho do Artista", é quase dedicado à história do robô, dada a sua importância. Após o seu reconhecimento internacional, Tezuka dedicou-se a viajar o mundo para divulgar a cultura pop japonesa e encontrar-se com outros quadrinistas, como Maurício de Souza - de quem se tornou amigo pessoal. Mas ainda assim não deixou de produzir, chegando a trabalhar com sua equipe em seu quarto de hospital, onde foi internado por conta do câncer de estômago do qual morreria em 1989.

 
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