Livraria da Folha

 
12/02/2010 - 21h13

Em "Não Seja Bonzinho, Seja Real", aprenda como bombardear seu relacionamento

da Livraria da Folha

Divulgação
Ex-monge põe dedo na ferida dos bonzinhos sofredores
Terapeuta ex-monge põe dedo na ferida dos bonzinhos sofredores

Você é muito bonzinho, e o mundo só responde com ingratidão? Está cansado de ser capacho para evitar se envolver em conflitos? "Não Seja Bonzinho, Seja Real" é um livro que põe o dedo na ferida, sacode convicções e inspira uma transformação em vítimas de atitudes passivas que ficam choramigando pelos cantos.

Kelly Bryson, ex-monge, é terapeuta de relações familiares há mais de três décadas. Sua fórmula de felicidade: evite os disfarces nos relacionamentos, não transforme sua vida num inferno só para agradar aos outros, firme suas posições e fique em alerta para os sentimentos negativos de quem está a sua volta.

São 17 capítulos com tópicos bem diretos: "Como alimentar sua vontade de chamar a atenção", "Como aperfeiçoar seu egocentrismo", "Revendo o ato de se fazer de vítima", "Como preencher o vazio na alma", "Algumas maçãs podres? Ou um barril de cultura apodrecida?", "Quanto mais rápido você for, mais ficará para trás", "O exercício da inveja", entre outros títulos instigantes.

"Pessoas boas costumam guardar a raiva até encontrar um lugar seguro para descarregar. Pode ser gritando com uma criança, explodindo um prédio público ou batendo em um parceiro (ou parceira) indefeso e dependente", cita o autor no capítulo "Não Pague o Preço de Ser Bonzinho".

Leia um trecho do livro.

Cinco Maneiras de Bombardear seu Relacionamento

Relacionamento dos infernos = ser sensível demais ao sofrimento de seu parceiro e assumir responsabilidade por isso

Os relacionamentos baseados em ter razão não são de verdade. Eles são "relaçõeszinhas". Isso porque se baseiam no medo de estar errado, que é uma atitude e uma energia que limita e constringe a vida e os relacionamentos. Mas não fique errado por ser pego com medo de estar errado. Afinal, você cresceu em uma cultura que pergunta o tempo todo: "Quem está certo e quem está errado?" e "Quem devemos recompensar e quem devemos punir?" e "Quem incluir e quem excluir?".

Mas só porque crescemos nesse tipo de cultura não significa que precisamos agir assim em nosso relacionamento. Recomendo fazermos várias perguntas para nós mesmos: "Como posso tornar sua vida ainda melhor?" e "Quais são suas necessidades agora?" e "Quer saber do que preciso agora?". Agora, se nada disso o atrai porque você prefere uma relaçãozinha a um relacionamento, dou algumas sugestões para evitar que sua relação se transforme em um relacionamento:

1. Preste atenção o tempo todo no que está certo ou errado em uma discussão, justo ou injusto em uma negociação, egoísta ou não na entrega (é bom manter uma lista de quem fez o que para quem), gentil ou estúpido no tom de voz, grosso ou educado em seus modos, desleixado ou asseado, e assim por diante. Tome cuidado para não notar que tentar estar certo é na verdade querer se proteger do pensamento de que está errado e sentir vergonha.

2. Se você precisar de apoio para isso, recomendo certos grupos de autoajuda que possam dar dicas sobre os mais poderosos rótulos politicamente corretos para dominar e confundir seu parceiro. Os membros desse grupo conspirarão com você para confirmar que seu parceiro tem medo de compromisso, não está disponível emocionalmente, é dependente, carente, não é evoluído espiritualmente, tem alguma disfunção, é imaturo, implicante, depravado, bipolar, tem TOC, é depressivo ou tem déficit de atenção. É importante manter essa terminologia em sua cabeça para evitar qualquer início de sentimento. Isso também ajuda a mantê-lo na "paralisia de análise" e sem saber do que você ou seu parceiro precisam.

3. Adote esse teste de amor: Se seu parceiro realmente o ama, ele ou ela sempre saberá o que você quer antes de você e lhe dará sem que tenha de passar pela humilhação de pedir. E ele fará isso independentemente do sacrifício necessário. Se seu parceiro não der o que você quiser, comece a pensar que ele ou ela não ama você.

4. Peça o que você não quer em vez do que desejar. Ouvi falar de um homem que pediu para sua mulher parar de gastar tanto dinheiro com compras. Ela começou a jogar pela internet.

5. Se sua relação começar a crescer, algumas bombas boas para afundá-la de novo são: "Fiquei chateado quando você disse isso". "Fico triste porque você... preencha o espaço (não diz 'amo você' ou não pede desculpas, ou não quer transar ou não se casa comigo etc.)".

Se quiser mesmo destruir qualquer relacionamento, pense em "Preciso de você". Então saberá como me senti durante 35 anos da minha vida. Senti como se me afogasse e agarraria qualquer um que chegasse perto e o usaria como boia. Quero que os relacionamentos sejam flores na minha mesa em vez de ar para respirar.

Quando me Aproximo de Você, de Ruth Bebermeyer

Quando me aproximo de você, quero que veja
Não é para nascer de você, é para me entregar.
Sei que você não pode me dar eu, não importa o que faça.
Tudo que sempre quis de você é você.
Sei que tem medo de cercas, sofre com prisões passadas.
Não sou a primeira a sentir isso e não serei a última.
O falcão em seu coração não se prende à terra com meus grilhões.
A menos que não tenha consciência de que pode voar.
Quando me aproximo de você, gostaria que soubesse
Não quero invadir seu espaço, quero tocá-lo e crescer.
Quando o seu e o meu espaço se encontrarem, cada um não é menos, é mais.
Nós tornamos nosso espaço o que não era antes.

*

"Não Seja Bonzinho, Seja Real"
Autor: Kelly Bryson
Editora: Madras
Páginas: 304
Quanto: R$ 39,90
Onde comprar: 0800-140090 ou na Livraria da Folha

 
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