da Livraria da Folha
O diretor James Cameron divulgou uma carta em defesa de Charles Pellegrino, autor do livro "Last Train to Hiroshima" que foi retirado das livrarias da Europa e Estados Unidos devido a uma fraude e diversas contestações.
Divulgação |
Livro reúne entrevistas realizadas pelo escritor com sobreviventes |
"The Last Train from Hiroshima" estava previsto para ser lançado no Brasil pela Leya em junho, que iria corrigir o depoimento falso na edição brasileira e incluir um posfácio explicativo. A editora-executiva Mariana Rolier afirmou que a Leya está se reunindo com a editora Henry Holt, que publicou e depois retirou os livros das lojas, para determinar se a edição irá prosseguir.
Leia abaixo a carta na qual James Cameron afirma que Charles Pellegrino é a vítima do imbróglio e que pretende manter o livro como fonte para um futuro longa sobre os ataques nucleares a Hirsohima e Nagasaki.
"Eu trabalhei com o autor e cientista Charles Pellegrino em diversos projetos incluindo "Titanic" e "Avatar". Charlie é um buscador da verdade e já está trabalhando para corrigir os erros que foram incluídos em seu poderoso livro "Last Train from Hiroshima". Charlie me apresentou pessoalmente a sobreviventes dos bombardeios, e sua diligência em entrevistar essas últimas conexões com a história viva estão além de qualquer contestação. Seria uma pena se o livro que resultou disso, que é uma valiosa fonte de informações históricas, fosse esquecido ou tivesse seu acesso bloqueado a grandes mercados devido a erros que resultaram de uma única fonte desacreditada. Tal fonte usou um processo elaborado para criar o seu relato falso. Nos diversos projetos nos quais trabalhamos juntos, eu vi que Charlie é um pesquisador diligente e cuidadoso, que sempre teve o cuidado de verificar a mesma informação em diferentes fontes. Neste caso, ele foi claramente vítima de uma fraude convincente. Charlie está agora fazendo tudo o que é humanamente possível para corrigir os erros resultantes em seu livro, como qualquer escritor responsável faria. Há anos eu desejo fazer um filme sobre os bombardeios de Hiroshima e Nagasaki, e ainda pretendo fazê-lo, mesmo que ainda não tenha um script e nenhuma decisão tenha sido feita sobre o projeto no curto prazo. Os meuos critérios de decisão para o projeto não foram influenciado em nada pela inclusão de uma única fonte falha entre as inúmeras que contribuíram para o livro de Charlie. Quando eu for adiante com o filme, eu seria um tolo em ignorar a fonte rica de testemunhos oculares, colhidas a muito custo, que está em "Last Train from Hiroshima" e vou manter a minha opinião inicial sobre o livro. A verdade vai prevalecer e o livro de Charlie, depois de corrigido, será reconhecido como um relato importante de um dos eventos mais marcantes do século 20."
James Cameron