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  • JOÃO BONTURI
    especial para a Folha Online

    Conheça nos tópicos abaixo um pouco da história dos Estados Unidos e as relações internas e externas do país.

    CONFLITOS INTERNOS

    Colonização

    A América foi dividida pelo tratado de Tordesilhas (1494) entre Portugal e Espanha. As terras que ficavam até 370 léguas das Ilhas do Cabo Verde (litoral africano) seriam de Portugal, o restante da Espanha. Os ingleses, franceses e holandeses discordaram do tratado e também estabeleceram colônias na América.

    A colonização inglesa na América do Norte teve 13 colônias, que se uniram por ocasião da independência e formaram os Estados Unidos da América. Os estados eram: Connecticut, Massachusetts, Rhode Island, New Hampshire, Nova York, Nova Jersey, Pensilvânia, Delaware, Maryland, Virginia, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Geórgia.

    Guerra dos Sete Anos (1756 - 1763)

    Conhecida na história dos EUA como Guerra Contra os Franceses e Índios, foi protagonizada por Inglaterra e França, e contou com o apoio de colonos e índios de ambos os lados. No tratado de Paris, a França cedeu o Canadá, o vale do Ohio e parte das Antilhas Francesas para a Inglaterra.

    Independência dos Estados Unidos

    O conflito entre americanos e ingleses foi provocado pelo aumento e criação de novos impostos. Oa americanos invocaram a "Magna Carta" de 1215, renovada pelo "Bill of Rights" de 1689, pela qual o rei não podia decretar impostos sem consultar o Parlamento. Os americanos não tinham representação parlamentar na Inglaterra e o rei recusou-se a consultar as assembléias coloniais.O impasse resultou na Declaração de Independência, em 4 de julho de 1776. Os ingleses reconheceram a independência em 1783, na Paz de Versalhes.

    Expansão territorial

    Foi regulamentada pela Lei do Noroeste (1787). O governo federal tomava posse de uma área e vendia as terras por um preço baixo para os pioneiros que obtinham títulos de propriedade garantidos pelo governo.

    No interior dos EUA havia a colônia francesa da Louisiana, que foi comprada pelos americanos em 1803, abrindo o rio Mississipi para a navegação. Em 1846, a Inglaterra cedeu o Oregon aos EUA. Em 1848, numa guerra contra o México, foram incorporados o Texas, a Califórnia e o Novo Mexico. Em 1853, foi anexada mais uma faixa ao sul do Novo México e a oeste do Rio Grande.

    Guerra de Secessão (1861-1865)

    Durante a expansão territorial ocorreu um desequilíbrio político entre os estados industriais do norte e os estados agrários e escravistas do sul. Nos estados onde predominava a mão-de-obra livre cresceu o número de eleitores que eram vinculados ao mercado do norte industrial; o sul, voltado para a exportação de produtos agrícolas, tinha suas reivindicações examinadas em segundo plano.

    O norte, interessado na ampliação do mercado interno, defende a abolição da escravidão; o sul rejeita a proposta, com medo de perder o monopólio mundial do algodão. Em 1861, o sul declarou independência em relação ao norte, e o presidente Lincoln apoiou a manutenção da União, iniciando a Guerra de Secessão. O sul foi derrotado e o saldo de mortos foi de 600 mil.

    Após a guerra os EUA têm um crescimento extraordinário. Entre 1860 e 1914, a população passa de 31,3 para 91,9 milhões de habitantes, sendo 21 milhões de imigrantes. Em 1915 os EUA são os maiores produtores mundiais de ferro, carvão, petróleo, cobre e prata. Isso credenciou os EUA a ingressar na política mundial.

    CONFLITOS EXTERNOS

    Política do Big Stick (Grande Porrete)

    Enunciada em 1901 pelo presidente Theodore Roosevelt, resume-se na frase "fale macio e use um porrete", a ele atribuída.

    O primeiro exemplo foi o caso do Panamá, então pertencente à Colômbia. A França havia adquirido os direitos para a construção do canal, mas a empresa construtora faliu fraudulentamente. Os EUA viam o canal como um objetivo fundamental, que lhes daria a hegemonia naval entre o Atlântico e o Pacífico; por isso fomentaram a independência panamenha. O canal foi construído pelos EUA, que exerceram um protetorado sobre a área, semelhante à emenda Platt.

    GUERRAS

    Primeira Guerra Mundial (1914 - 1918)

    Antes da guerra, a Europa estava dividida entre a Tríplice Aliança (Alemanha, Áustria-Hungria e Itália) e a Tríplice Entente (Inglaterra, França e Rússia czarista).

    A causa imediata do conflito foi o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono austríaco, ocorrido em Sarajevo, na Bósnia, em 28 de junho de 1914. O autor do atentado, Gavrilo Princip, era membro dos "Jovens Bósnios", um braço da organização nacionalista sérvia "Mão Negra". A Bósnia havia sido anexada pelos austríacos em 1908, enquanto a Sérvia buscava a unificação da Iugoslávia.

    Os sérvios tinham um pacto secreto com a França e a Rússia, pelo qual as duas reagiriam mediante um ataque austríaco. Os sérvios sob essa proteção negaram diversas exigências dos austríacos, que inadvertidamente deflagraram o conflito invadindo a Sérvia. A Itália declarou neutralidade no primeiro ano, entrando posteriormente ao lado da Entente.

    Durante os três primeiros anos da guerra, os EUA exportaram material bélico e alimentos para a Entente. Quando os EUA constataram o desgaste econômico da França e da Inglaterra, enxergaram a possibilidade de assumir o posto de primeira potência, caso a Alemanha fosse derrotada.

    Os pretextos para a entrada dos EUA na guerra foram o afundamento de navios americanos por submarinos alemães e o telegrama "Zimmermann", divulgado pela Inglaterra, pelo qual os alemães pretendiam que o México entrasse em guerra contra os EUA, prometendo a devolução dos territórios subtraídos ao México pelos americanos, em caso de vitória.

    Em 1917, a entrada dos EUA na França foi massacrante, pois franceses e alemães estavam esgotados por três anos de combates nas trincheiras. Antes do final da guerra ocorreu a Revolução Russa de 1917; os bolcheviques liderados por Lênin firmaram a paz em separado com os alemães. A Alemanha rendeu-se em 1918.

    A vitória provocou a transferência do centro financeiro de Londres para Nova York. Os EUA, satisfeitos com o predomínio econômico, decidiram preservar o isolacionismo político e não fizeram nenhuma intervenção política na Europa até a Segunda Guerra Mundial.

    Entre Guerras

    O declínio do predomínio inglês na América Latina levou ao controle total da área pelos EUA. A crise de 29 levou à ruína os grupos econômicos da América Latina ligados ao capital inglês. Essa elite foi substituída por novos grupos ligados ao capital norte-americano. A ascensão de Getúlio Vargas, através da Revolução de 1930, integra esse quadro. No Pacífico os americanos ampliaram o seu comércio e observaram com cuidado a expansão japonesa na área.

    Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945)

    No início da Segunda Guerra Mundial, os principais protagonistas eram os aliados França e Inglaterra, que enfrentavam o Eixo, composto por Alemanha, Itália e Japão. Os sucessos alemães levaram Hitler a declarar guerra à URSS, em 1941. Nesse mesmo ano, os japoneses atacaram Pearl Harbour, levando os EUA a declarar guerra ao Eixo. Até então os americanos vendiam material bélico e alimentos à França e Inglaterra pelo sistema "cash and carry" (pague e leve).

    Com o início do recuo nazista devido às derrotas no norte da África e em Stalingrado, o presidente Roosevelt (EUA), Winston Churchill (1º ministro da Inglaterra) e o ditador soviético Stálin reuniram-se nas Conferências de Teerã (1943) e Yalta (1945). Além de determinar o destino da guerra, esses encontros delinearam as novas fronteiras do mundo, que via surgir uma nova potência, a União Soviética. A guerra acabou com o lançamento das bombas atômicas pelos americanos em sobre Hiroxima e Nagasaki.

    Em Yalta, Stálin exigiu o reconhecimento da influência soviética no Leste Europeu, desenhando o mapa da "cortina de ferro". A nova ordem internacional estabelecida opunha o capitalismo ao socialismo, delineando a "Guerra Fria".

    Guerra Hispano-Americana (1898)

    Em 1823, os EUA criaram a Doutrina Monroe ("A América para os americanos"), que era hostil à qualquer intervenção européia na América. Na época, os países europeus não a levaram a sério.

    Cuba era uma colônia espanhola produtora de açúcar, produto que interessava ao mercado interno norte-americano. A violenta repressão espanhola sobre o movimento cubano de independência foi alvo de uma campanha da imprensa americana contra a Espanha.

    O navio americano U.S.S. Maine, em "visita de cortesia", inexplicavelmente explodiu no porto de Havana, com a morte de 260 marinheiros. Por esse motivo os americanos declararam guerra à Espanha.

    Os americanos venceram e exigiram dos espanhóis a cessão de Porto Rico, no Caribe, e de Guam e Filipinas no Pacífico, pontes para o comércio americano na Ásia. Os espanhóis entregaram as Filipinas por 20 milhões de dólares. Cuba, embora independente, foi submetida à emenda Platt, que admitia a intervenção norte-americana em Cuba sem autorização.



    A Guerra Fria (1945 - 1991)
  • Divirta-se no Quiz do Almanaque sobre Guerra Fria

    Durante esse período o mundo foi dominado pelo antagonismo entre EUA e URSS. Nos anos 50, durante o governo do general Eisenhower, foi consagrada a Teoria do Dominó, pela qual as fronteiras entre o Capitalismo e o Socialismo eram consideradas definitivas, e nenhum país poderia mudar de lado. Em todos os lugares onde essa ordem fosse ameaçada, ocorreria uma intervenção militar norte-americana. Os soviéticos adotaram uma estratégia semelhante, marcada pelas intervenções na Hungria, Tchecoslováquia e Afeganistão. Os momentos de maior tensão da Guerra Fria foram:

  • Guerra da Coréia (1950 - 1953)
  • No final da Segunda Guerra Mundial, a Coréia foi ocupada simultaneamente por tropas soviéticas e norte-americanas. Foi estabelecida a divisão do país em duas partes, Norte e Sul, tendo o paralelo 38° como linha divisória. Os guerrilheiros do Norte iniciaram incursões ao Sul. A ONU considerou como agressão os atos da Coréia do Norte, o que permitiu a entrada de tropas americanas. Depois de 3 anos de guerra não houve alteração nas divisas.

  • Guerra do Vietnã (1945 - 1973)
  • O Vietnã era uma colônia francesa até a Segunda Guerra Mundial. Em 1945, o líder comunista Ho Chi Minh proclamou a República Democrática do Vietnã. Diante da Guerra Fria, os franceses retomaram a Cochinchina e tentaram restaurar o domínio sobre o Vietnã. Em 1954, pelos acordos de Genebra, criou-se a divisão entre Norte (comunista) e Sul (capitalista), ao largo do paralelo 17°. Foi previsto um plebiscito sobre a unificação. Porém, devido a radicalização de ambos os lados, não foi realizado. Assim, o Norte teve apoio da URSS e da China, e o Sul apelou aos EUA. Os americanos intensificaram a sua presença nos anos 60, chegando a 550 mil homens, em 1968. O apoio dos civis aos vietcongs (guerrilheiros comunistas) e as práticas terroristas levaram à derrota dos americanos que começaram a se retirar em 1973. Os americanos rotularam a retirada como "Paz com Honra".

  • O Auge da Guerra Fria - A Crise dos Mísseis
  • Em janeiro de 1959, a Revolução Cubana derrubou Fulgêncio Batista e levou Fidel Castro ao poder. A conversão de Cuba ao socialismo surpreendeu os EUA, que tentou invadir Cuba com um exército de exilados cubanos, mas fracassou na invasão da baía dos Porcos. Fidel Castro recorreu a Moscou. Preocupado com um novo ataque dos EUA, Fidel aceitou a instalação de bases de mísseis soviéticos em Cuba. Os americanos fotografaram as bases; em outubro de 1962, o presidente Kennedy publicou as fotos e ameaçou atacar a URSS. Depois de 13 dias tensos, os EUA desistiram de atacar Cuba e os soviéticos retiraram as bases da ilha. O bloqueio decretado por Kennedy dura até hoje.

  • O Efeito da Crise dos Mísseis Sobre a Amércia Latina
  • Cuba teria sido a primeira pedra do dominó que poderia derrubar as demais. Diante disso os norte-americanos decidiram eliminar a ameaça comunista na América Latina. Uma sequência de golpes de Estado transformou as precárias democracias da América Latina em ditaduras militares. Os principais golpes foram no Brasil (1964), Chile (1973) e Argentina (1976).

    A Guerra da Golfo (1991)
  • Saiba mais detalhes desta guerra

    Em 17 de julho de 1990, o presidente do Iraque, Sadam Hussein, acusou o Kuwait de quebrar acordos relativos à venda de petróleo. Em 2 de agosto de 1990, o Iraque invadiu e conquistou o Kuwait em uma semana.

    A ONU condenou a ação do Iraque. Os EUA, sob o escudo da ONU, colocou 500 mil homens na Arábia Saudita, temendo um avanço de Sadam na zona petrolífera. O general Norman Scwarzkopf, comandante norte-americano, atacou o Iraque em 24 de fevereiro, após o Iraque não ter respondido ao ultimatum da ONU para abandonar o Kuwait.

    Sadam aceitou o cessar fogo em 28 de fevereiro. Segundo a estimativa, o Iraque teve 120 mil baixas, entre elas 10 mil civis.

    POLÍTICA EXTERNA

    A Revolução Sandinista na Nicarágua (1979)

    O movimento promovido pela Frente Sandinista de Libertação Nacional, sob a liderança de Daniel Ortega, derrubou a ditadura de Anastacio Somoza. O programa dos revolucionários propôs o confisco dos bens do clã Somoza, a liquidação da Guarda nacional, a construção de uma economia mista, um sistema político pluripartidário e política externa não alinhada.

    A politica dos sandinistas em relação aos vencidos foi "implacáveis no combate, generosos na vitória". Essa medida permitiu a organização de forças contra-revolucionárias patrocinadas pelos EUA. O desgaste econômico produzido pela contra-revolução levou à perda das eleições pelos sandinistas em 1990, com a eleição de Violeta Chamorro.

    O Escândalo Irã-Contra (1985)

    Alguns membros do Conselho Nacional de Segurança dos EUA, tendo como pivô o tenente Oliver North, começaram a vender armas através de Israel para a República Islâmica do Irã, então em guerra com o Iraque, pela disputa do território onde se fundem os rios Tigre e Eufrates (Mesopotâmia). As armas iam parar em mãos de terroristas libaneses que entroca libertavam reféns detidos no Líbano. Os lucros obtidos eram destinados ao financiamento dos contra-revolucionários da Nicarágua.

    O Senado dos EUA abriu uma investigação em 1986, mas não conseguiu provar o envolvimento do presidente Ronald Reagan no caso. North e seu sócio Poindexter foram considerados culpados, mas foram absolvidos na apelação. O caso acabou em pizza.

    Guerra Civil da Bósnia

    Com a crise do Leste Europeu, a Iugoslávia fragmentou-se em diversos países. Porém, o marechal Tito, que governou o país por mais de 30 anos, promoveu uma redistribuição da população que provocou enclaves em várias regiões. Esses grupos deslocados provocaram inúmeros problemas.

    A Bósnia declarou sua independência da Iugoslávia em 1992, tendo como presidente o muçulmano Izetbegovic. A minoria sérvia proclamou a República Sérvia da Bósnia-Herzegovina, iniciando a Guerra Civil da Bósnia (1992 - 1995), que arrasou o país. O conflito acabou com o Acordo de Dayton, que criou um Estado frágil, dividido em duas partes, a sérvio-bósnia e a croata-muçulmana.

    A estabilidade do novo Estado depende de um contingente de 60 mil homens da Otan, sob o comando dos EUA.















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