CORÉIA DO SUL
Tufão deixa mais de 150 mortos e desaparecidos
(02/09/2002)
da Reuters, em Kangnung (Coréia do Sul)
Editoria de Arte |
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Mais de 150 pessoas morreram ou estão desaparecidas na Coréia do Sul por causa da passagem do tufão Rusa no fim de semana, disseram autoridades.
O tufão, o pior no país em 40 anos, provocou deslizamentos e inundações em áreas litorâneas. Milhares de casas foram destruídas, e muitas outras estão sem água e energia. O Exército foi chamado para ajudar no resgate das vítimas.
A televisão mostrou estradas e ferrovias submersas, casas inclinadas a 45 graus e um ônibus pendurado na margem de um rio. Às 15h (3h em Brasília), o saldo oficial era de 88 mortos, com pelo menos 70 desaparecidos. As autoridades já dão como certo que o número de vítimas passará bastante de cem, e os prejuízos podem ser os maiores da história.
A parte mais afetada foi o litoral leste, onde o tufão Rusa chegou no sábado (31) com ventos de até 200 quilômetros por hora e 871 milímetros de chuva. "Chegamos a perder contato com algumas das nossas delegacias", disse um policial na cidade de Kangnung.
Conforme o Rusa avançou para o interior, milhares de sul-coreanos tiveram de deixar suas casas. Hoje, os prejuízos já atingiam US$ 261,7 milhões, seja na destruição de casas, empresas, infra-estrutura pública ou lavouras.
O transporte já havia sido praticamente normalizado hoje, depois do cancelamento, no sábado, de todos os vôos domésticos e de alguns internacionais.
Na tarde de ontem(hora local), o Rusa deixou a Coréia do Sul e seguiu para leste, rota que acabou poupando a Coréia do Norte, onde vários tufões na década passada provocaram sérias consequências.
Apesar disso, o tufão chegou a provocar fortes chuvas e ventos no litoral norte-coreano. Segundo a agência oficial de notícias do país comunista, há muitos estragos.
O Rusa é o tufão mais violento a atingir a Coréia desde o Sarah, de 1959, que matou mais de 800 pessoas.
O presidente sul-coreano, Kim Dae Jung, convocou uma reunião de emergência do gabinete no domingo e pediu a rápida reconstrução de toda a infra-estrutura destruída, inclusive a dos Jogos Asiáticos, que começam no dia 29 em Pusan, sul do país.
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