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19/09/2006
-
12h49
da Ansa
da Folha Online
O grupo Jund al Sham (Combatentes do Levante), fundado pelo líder da Al Qaeda no Iraque, Abu Musab al Zarqawi , pediu em um comunicado publicado na internet, a aplicação da sharia (lei islâmica) contra aqueles que, como o papa, insultam o islamismo.
"Um atrás do outro, os cães do Ocidente conduzem uma campanha feroz contra o profeta... O último é o cachorro de Roma", afirma o comunicado, pedindo a aplicação da sharia "a todos os que insultam o profeta".
O papa causou controvérsia no mundo muçulmano após um discurso realizado na Alemanha na última sexta-feira (15), no qual citou um texto medieval que retrata os ensinamentos do profeta Maomé como "cruéis e desumanos" e disse que o islamismo foi disseminado "pela violência".
Nesta segunda-feira, além de protestos em vários países muçulmanos, o líder supremo e autoridade máxima do Irã, Ali Khamenei, disse que "as declarações do papa Bento 16 sobre o islã e a violência são parte de uma cruzada EUA-Israel contra os muçulmanos, acirrando a polêmica.
"Levante"
Jund al Sham foi fundado por Al Zarqawi no Afeganistão no fim de 1999, com o financiamento de Osama bin Laden. O alvo do grupo é uma área denominada como "levante" e que abrange Egito, Israel, Líbano, Síria, Jordânia e territórios palestinos.
O grupo foi vinculado aos atentados cometidos em 2005 em Sharm el Sheikh, no mar Vermelho egípcio, e contra a embaixada norte-americana na Síria, na última terça-feira (10), quando homens armados com granadas e metralhadoras atacaram a representação diplomática americana em Damasco e tentaram detonar um carro-bomba, no mesmo local, deixando cinco mortos [quatro terroristas e um segurança sírio] e 14 feridos.
Segurança reforçada
Nesta terça-feira, a polícia italiana intensificou as medidas de segurança nos locais de culto do Aeroporto Internacional Fiumicino (em Roma), depois das ameaças contra o Vaticano e a Itália publicadas em um site na internet e atribuídas a um grupo próximo à Al Qaeda, em resposta às declarações do papa Bento 16 em Ratisbona, na Alemanha, sobre o islã.
A capela católica localizada na zona de embarque do terminal C e a sala de oração reservada às outras religiões na passagem entre os terminais B e C estão sob vigilância especial.
A freqüência das patrulhas de agentes uniformizados ou à paisana foi intensificada nas últimas 24 horas, com inspeções e controles de pessoas ou pacotes suspeitos encontrados nos locais de culto.
Além disso, passou de dois para quatro o número de agentes de escolta das personalidades do Vaticano que circulam no aeroporto internacional romano.
A vigilância continua elevada no aeroporto Leonardo da Vinci, nome oficial do terminal localizado na cidade de Fiumicino, a cerca de 30 quilômetros do centro de Roma, principalmente para os vôos considerados de risco que se dirigem aos Estados Unidos, Reino Unido e Israel.
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O grupo Jund al Sham (Combatentes do Levante), fundado pelo líder da Al Qaeda no Iraque, Abu Musab al Zarqawi , pediu em um comunicado publicado na internet, a aplicação da sharia (lei islâmica) contra aqueles que, como o papa, insultam o islamismo.
"Um atrás do outro, os cães do Ocidente conduzem uma campanha feroz contra o profeta... O último é o cachorro de Roma", afirma o comunicado, pedindo a aplicação da sharia "a todos os que insultam o profeta".
O papa causou controvérsia no mundo muçulmano após um discurso realizado na Alemanha na última sexta-feira (15), no qual citou um texto medieval que retrata os ensinamentos do profeta Maomé como "cruéis e desumanos" e disse que o islamismo foi disseminado "pela violência".
Nesta segunda-feira, além de protestos em vários países muçulmanos, o líder supremo e autoridade máxima do Irã, Ali Khamenei, disse que "as declarações do papa Bento 16 sobre o islã e a violência são parte de uma cruzada EUA-Israel contra os muçulmanos, acirrando a polêmica.
"Levante"
Jund al Sham foi fundado por Al Zarqawi no Afeganistão no fim de 1999, com o financiamento de Osama bin Laden. O alvo do grupo é uma área denominada como "levante" e que abrange Egito, Israel, Líbano, Síria, Jordânia e territórios palestinos.
O grupo foi vinculado aos atentados cometidos em 2005 em Sharm el Sheikh, no mar Vermelho egípcio, e contra a embaixada norte-americana na Síria, na última terça-feira (10), quando homens armados com granadas e metralhadoras atacaram a representação diplomática americana em Damasco e tentaram detonar um carro-bomba, no mesmo local, deixando cinco mortos [quatro terroristas e um segurança sírio] e 14 feridos.
Segurança reforçada
Nesta terça-feira, a polícia italiana intensificou as medidas de segurança nos locais de culto do Aeroporto Internacional Fiumicino (em Roma), depois das ameaças contra o Vaticano e a Itália publicadas em um site na internet e atribuídas a um grupo próximo à Al Qaeda, em resposta às declarações do papa Bento 16 em Ratisbona, na Alemanha, sobre o islã.
A capela católica localizada na zona de embarque do terminal C e a sala de oração reservada às outras religiões na passagem entre os terminais B e C estão sob vigilância especial.
A freqüência das patrulhas de agentes uniformizados ou à paisana foi intensificada nas últimas 24 horas, com inspeções e controles de pessoas ou pacotes suspeitos encontrados nos locais de culto.
Além disso, passou de dois para quatro o número de agentes de escolta das personalidades do Vaticano que circulam no aeroporto internacional romano.
A vigilância continua elevada no aeroporto Leonardo da Vinci, nome oficial do terminal localizado na cidade de Fiumicino, a cerca de 30 quilômetros do centro de Roma, principalmente para os vôos considerados de risco que se dirigem aos Estados Unidos, Reino Unido e Israel.
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