Publicidade
Publicidade
10/11/2006
-
15h18
da Folha Online
A Al Qaeda no Iraque ameaçou atacar a Casa Branca em uma gravação de áudio divulgada nesta sexta-feira na internet. Na fita, o líder do grupo diz que a rede terrorista ainda não derrubou "sangue suficiente" e não parará enquanto não atacar os EUA e retomar Jerusalém.
"Nós não descansaremos enquanto não estivermos debaixo das oliveiras de Rumieh e não tivermos destruído aquela casa vil a qual chamam de Casa Branca", diz uma voz atribuída a Abu Hamza al Muhajir --conhecido como Abu Ayyub al Masri, líder da rede no Iraque.
As "oliveiras de Rumieh" seriam uma alusão ao Monte das Oliveiras, em Jerusalém.
Na gravação, o líder também qualifica o presidente americano, George W. Bush, de "o presidente mais estúpido da história dos EUA" e faz críticas ao secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, que pediu afastamento do cargo na última quarta-feira (8).
"Eu digo para o governo americano: não se apresse para escapar como fez seu ministro da Defesa (...) fique no campo de batalha", diz a suposta voz de Al Masri, que assumiu a liderança da rede no Iraque após a morte do jordaniano Abu Musab al Zarqawi, em junho último.
Segundo o líder terrorista, a Al Qaeda conta com 12 mil terroristas armados e outros 10 mil aguardando para serem equipados para atacar alvos americanos no Iraque.
A autenticidade da gravação de áudio, com duração de cerca de 20 minutos, não pode ser comprovada.
Rumsfeld
Atingido pela derrota dos republicanos na Câmara e no Senado dos EUA, o presidente americano, George W. Bush, afirmou que Rumsfeld renunciou porque é preciso "uma nova perspectiva no Iraque". Bush disse ontem que está aberto a "sugestões" sobre os novos rumos da guerra no país árabe. Ele reafirmou publicamente que a vitória é possível no Iraque.
Especula-se que a saída de Rumsfeld, que deverá ser substituído pelo ex-diretor da CIA (agência de inteligência americana) Robert Gates, foi uma estratégia para preparar o caminho para uma retirada gradual das tropas americanas do Iraque.
Segundo o chefe de Estado-Maior dos EUA, Peter Pace, líderes militares dos EUA se preparam para empreender mudanças na estratégia americana no Iraque após a saída de Rumsfeld.
"Queremos rever o que está funcionando e o que não está, quais são os impedimentos para o progresso e o que deve mudar, para ter certeza de que alcançaremos nosso objetivo", disse.
Novos rumos
A expectativa nos EUA é que a nova liderança congressista do Partido Democrata, que venceu as eleições legislativas da última terça-feira (7), exerça maior pressão sobre Bush com relação ao Iraque.
O conflito no Iraque foi apontado por especialistas como o principal motivo para o fracasso do partido de Bush nas eleições, ao lado dos repetidos escândalos de corrupção envolvendo legisladores republicanos.
No entanto, o presidente disse ainda que é responsabilidade dos EUA dar apoio aos 152 mil soldados americanos no Iraque --uma aparente mensagem aos democratas que defendem o corte dos recursos enviados à missão no país.
"Qualquer partido tem a responsabilidade de garantir que as tropas tenham os recursos e o apoio necessário para sua missão no Iraque", disse Bush.
Baixas
O Exército americano anunciou as mortes de dois soldados da 89ª Brigada Militar. Ambos estavam em um veículo atingido por uma bomba ao trafegar por uma estrada a oeste de Bagdá.
As novas mortes elevam o número de baixas americanas para 23 em novembro --11 deles apenas na Província de Al Anbar.
Ao menos 2.843 membros do Exército americano morreram desde o início do conflito no Iraque, em 2003.
Mortes
Cerca de 150 mil iraquianos morreram em decorrência da violência diária desde que forças americanas e britânicas invadiram o país, em 2003, segundo o ministério da Saúde iraquiano.
Segundo um alto funcionário do ministério, as pessoas foram vítimas de atos terroristas, de combates e de assassinatos. Entre 75 e 80 pessoas morrem em média diariamente no Iraque devido à violência sectária no país, de acordo com a fonte ministerial.
Os números têm por base estatísticas diárias enviadas a um departamento do ministério, que são atualizados todos os meses para que se chegue a um novo balanço a cada seis meses.
Com agências internacionais
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Al Qaeda
Leia cobertura completa sobre o Iraque sob tutela
Leia cobertura completa sobre as eleições americanas
Em novo áudio, Al Qaeda no Iraque ameaça atacar Casa Branca
Publicidade
A Al Qaeda no Iraque ameaçou atacar a Casa Branca em uma gravação de áudio divulgada nesta sexta-feira na internet. Na fita, o líder do grupo diz que a rede terrorista ainda não derrubou "sangue suficiente" e não parará enquanto não atacar os EUA e retomar Jerusalém.
"Nós não descansaremos enquanto não estivermos debaixo das oliveiras de Rumieh e não tivermos destruído aquela casa vil a qual chamam de Casa Branca", diz uma voz atribuída a Abu Hamza al Muhajir --conhecido como Abu Ayyub al Masri, líder da rede no Iraque.
As "oliveiras de Rumieh" seriam uma alusão ao Monte das Oliveiras, em Jerusalém.
AP |
Líder da Al Qaeda no Iraque ameaça Casa Branca |
"Eu digo para o governo americano: não se apresse para escapar como fez seu ministro da Defesa (...) fique no campo de batalha", diz a suposta voz de Al Masri, que assumiu a liderança da rede no Iraque após a morte do jordaniano Abu Musab al Zarqawi, em junho último.
Segundo o líder terrorista, a Al Qaeda conta com 12 mil terroristas armados e outros 10 mil aguardando para serem equipados para atacar alvos americanos no Iraque.
A autenticidade da gravação de áudio, com duração de cerca de 20 minutos, não pode ser comprovada.
Rumsfeld
Atingido pela derrota dos republicanos na Câmara e no Senado dos EUA, o presidente americano, George W. Bush, afirmou que Rumsfeld renunciou porque é preciso "uma nova perspectiva no Iraque". Bush disse ontem que está aberto a "sugestões" sobre os novos rumos da guerra no país árabe. Ele reafirmou publicamente que a vitória é possível no Iraque.
Reuters |
O secretário de Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld |
Segundo o chefe de Estado-Maior dos EUA, Peter Pace, líderes militares dos EUA se preparam para empreender mudanças na estratégia americana no Iraque após a saída de Rumsfeld.
"Queremos rever o que está funcionando e o que não está, quais são os impedimentos para o progresso e o que deve mudar, para ter certeza de que alcançaremos nosso objetivo", disse.
Novos rumos
A expectativa nos EUA é que a nova liderança congressista do Partido Democrata, que venceu as eleições legislativas da última terça-feira (7), exerça maior pressão sobre Bush com relação ao Iraque.
O conflito no Iraque foi apontado por especialistas como o principal motivo para o fracasso do partido de Bush nas eleições, ao lado dos repetidos escândalos de corrupção envolvendo legisladores republicanos.
No entanto, o presidente disse ainda que é responsabilidade dos EUA dar apoio aos 152 mil soldados americanos no Iraque --uma aparente mensagem aos democratas que defendem o corte dos recursos enviados à missão no país.
"Qualquer partido tem a responsabilidade de garantir que as tropas tenham os recursos e o apoio necessário para sua missão no Iraque", disse Bush.
Baixas
O Exército americano anunciou as mortes de dois soldados da 89ª Brigada Militar. Ambos estavam em um veículo atingido por uma bomba ao trafegar por uma estrada a oeste de Bagdá.
As novas mortes elevam o número de baixas americanas para 23 em novembro --11 deles apenas na Província de Al Anbar.
Ao menos 2.843 membros do Exército americano morreram desde o início do conflito no Iraque, em 2003.
Mortes
Cerca de 150 mil iraquianos morreram em decorrência da violência diária desde que forças americanas e britânicas invadiram o país, em 2003, segundo o ministério da Saúde iraquiano.
Segundo um alto funcionário do ministério, as pessoas foram vítimas de atos terroristas, de combates e de assassinatos. Entre 75 e 80 pessoas morrem em média diariamente no Iraque devido à violência sectária no país, de acordo com a fonte ministerial.
Os números têm por base estatísticas diárias enviadas a um departamento do ministério, que são atualizados todos os meses para que se chegue a um novo balanço a cada seis meses.
Com agências internacionais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice