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21/11/2006
-
12h38
da Folha Online
O ministro libanês das Indústrias e líder cristão Pierre Gemayel foi assassinado a tiros nesta terça-feira após um ataque contra seu comboio na periferia de Beirute, informaram fontes da segurança.
Um grupo de homens armados abriu fogo contra o comboio que levava o ministro no momento em que circulava pelo bairro cristão de Sin el Fil, segundo testemunhas. Gemayel foi levado às pressas para um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Ele era um dos principais aliados do premiê Fouad Siniora, e o atentado se soma a outros realizados nos últimos meses contra diferentes personalidades políticas e midiáticas no país.
O assassinato deve intensificar ainda mais a tensão política no país, que vive uma crise política devido ao embate entre maioria anti-Síria e a oposição que apóia Damasco.
A milícia xiita Hizbollah --que apóia Damasco-- e seus aliados se preparam para ir às ruas e tentar derrubar o governo de Siniora, a quem acusam de ser aliado dos Estados Unidos e de não ser um governo legítimo, no qual os xiitas não são representados.
O governo libanês aprovou, na semana passada, uma resolução da ONU que prevê a instituição de um tribunal para julgar os assassinos do ex-premiê libanês, Rafik al Hariri, apesar da renúncia de seis ministros pró-sírios.
Muitos libaneses culpam a Síria pela morte de Al Hariri, ocorrida em um ataque com caminhão-bomba em 14 de fevereiro de 2005. Damasco nega envolvimento. Uma comissão da ONU que investiga o crime concluiu que há ligação de autoridades sírias e libanesas no caso.
O escritório do ministro libanês para Assuntos Parlamentares, Michel Pharaon, de tendência anti-síria, também foi alvo de vários disparos no bairro de Achrafieh, em Beirute, anunciou seu gabinete horas depois do assassinato de Gemayel.
Segundo um comunicado, "as forças de segurança isolaram a zona na tentativa de encontrar os culpados". Pharaon, deputado greco-católico, faz parte da maioria anti-síria do parlamento libanês.
Carreira
Político em ascensão, Gemayel foi a terceira proeminente figura política libanesa a ser assassinada nos últimos dois anos. Meses depois da morte de Al Hariri, o legislador Gibran Tueni também foi assassinado, em dezembro de 2005.
Gemayel foi eleito para o Parlamento em 2005 e era o mais jovem legislador da casa. Ele vinha de uma família com tradição política. Seu pai, Amin, foi presidente libanês entre 1982 e 1988.
Saad al Hariri, filho de Rafik e líder da maioria parlamentar anti-Síria, deu uma entrevista na TV libanesa logo após o anúncio da morte de Gemayel, dizendo que ele era "um amigo, um irmão", e que "a justiça chegará a aqueles que o mataram".
Especial
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Ministro libanês morre em atentado a tiros em Beirute
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O ministro libanês das Indústrias e líder cristão Pierre Gemayel foi assassinado a tiros nesta terça-feira após um ataque contra seu comboio na periferia de Beirute, informaram fontes da segurança.
Um grupo de homens armados abriu fogo contra o comboio que levava o ministro no momento em que circulava pelo bairro cristão de Sin el Fil, segundo testemunhas. Gemayel foi levado às pressas para um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Ele era um dos principais aliados do premiê Fouad Siniora, e o atentado se soma a outros realizados nos últimos meses contra diferentes personalidades políticas e midiáticas no país.
AP |
Ministro libanês e líder cristão Pierre Gemayel, morto em atentado |
A milícia xiita Hizbollah --que apóia Damasco-- e seus aliados se preparam para ir às ruas e tentar derrubar o governo de Siniora, a quem acusam de ser aliado dos Estados Unidos e de não ser um governo legítimo, no qual os xiitas não são representados.
O governo libanês aprovou, na semana passada, uma resolução da ONU que prevê a instituição de um tribunal para julgar os assassinos do ex-premiê libanês, Rafik al Hariri, apesar da renúncia de seis ministros pró-sírios.
Muitos libaneses culpam a Síria pela morte de Al Hariri, ocorrida em um ataque com caminhão-bomba em 14 de fevereiro de 2005. Damasco nega envolvimento. Uma comissão da ONU que investiga o crime concluiu que há ligação de autoridades sírias e libanesas no caso.
O escritório do ministro libanês para Assuntos Parlamentares, Michel Pharaon, de tendência anti-síria, também foi alvo de vários disparos no bairro de Achrafieh, em Beirute, anunciou seu gabinete horas depois do assassinato de Gemayel.
Segundo um comunicado, "as forças de segurança isolaram a zona na tentativa de encontrar os culpados". Pharaon, deputado greco-católico, faz parte da maioria anti-síria do parlamento libanês.
Carreira
Político em ascensão, Gemayel foi a terceira proeminente figura política libanesa a ser assassinada nos últimos dois anos. Meses depois da morte de Al Hariri, o legislador Gibran Tueni também foi assassinado, em dezembro de 2005.
Gemayel foi eleito para o Parlamento em 2005 e era o mais jovem legislador da casa. Ele vinha de uma família com tradição política. Seu pai, Amin, foi presidente libanês entre 1982 e 1988.
Saad al Hariri, filho de Rafik e líder da maioria parlamentar anti-Síria, deu uma entrevista na TV libanesa logo após o anúncio da morte de Gemayel, dizendo que ele era "um amigo, um irmão", e que "a justiça chegará a aqueles que o mataram".
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