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16/12/2006
-
14h38
da France Presse, em Washington
Os democratas americanos, que assumirão o controle do Congresso em janeiro, indignaram alguns de seus colegas com sua decisão de trabalhar cinco dias por semana, quase o dobro da carga horária atual.
Segundo um anúncio feito pelo próximo líder da maioria democrata, Steny Hoyer, os parlamentares devem estar presentes para votar projetos de segunda a sexta-feira.
Além disso, em vez de esperar o tradicional discurso presidencial sobre o estado da União, pronunciado no fim de janeiro, a Câmara dos Representantes e o Senado começarão os trabalhos em 4 de janeiro.
O parlamentar republicano Jack Kingston se queixou imediatamente. "Os casamentos sofrem. Isso mostra que os democratas se preocupam menos com a família", sustentou Kingston em declarações ao jornal W"ashington Post".
"Minha esposa acaba de voltar de uma viagem de um ano no Iraque. Nosso casamento e nossa família --temos dois filhos-- estão mais firmes do que nunca", respondeu um leitor do "Post".
Depois de conquistar o controle do Congresso denunciando constantemente a "cultura da corrupção" introduzida pelo partido republicano, os democratas parecem estar impacientes para mostrar sua determinação em preservar a imagem da instituição.
Em 2006, a Câmara dos Representantes se reuniu apenas 103 dias.
Até os comentaristas conservadores tiveram problemas para criticar a iniciativa democrata.
"O Congresso não pode realizar uma verdadeira supervisão, sem falar em legislar, com uma semana de dois dias", escreveu o conservador Ramesh Ponnuru em um blog da National Review.
Nos dois últimos anos, a Câmara trabalhava oficialmente a partir da terça-feira, mas geralmente para abrir correspondências ou fazer declarações gerais, como por exemplo felicitar um campeão.
As primeiras votações eram normalmente programadas para as noites das terças-feiras para dar aos parlamentares o tempo de voltar a Washington depois do fim de semana.
Importantes entrevistas coletivas e audiências costumavam ser realizadas às quartas e quintas-feiras, deixando quase todas as sextas-feiras livres.
No entanto, os parlamentares americanos, assim como alguns de seus colegas europeus, defendiam a importância de trabalhar em seus respectivos distritos.
"A pergunta é: Washington quer ter mais influência sobre os parlamentares?", disse Kingston, que viaja quase 1.000 km a cada semana até Savannah, na Geórgia.
"Eles querem que passemos mais tempo em Washington, onde falamos com burocratas do departamento da Educação em vez de conversar com os professores nas salas de aula, que são os que realmente sabem como funciona a reforma da educação", acrescentou.
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Os democratas americanos, que assumirão o controle do Congresso em janeiro, indignaram alguns de seus colegas com sua decisão de trabalhar cinco dias por semana, quase o dobro da carga horária atual.
Segundo um anúncio feito pelo próximo líder da maioria democrata, Steny Hoyer, os parlamentares devem estar presentes para votar projetos de segunda a sexta-feira.
Além disso, em vez de esperar o tradicional discurso presidencial sobre o estado da União, pronunciado no fim de janeiro, a Câmara dos Representantes e o Senado começarão os trabalhos em 4 de janeiro.
O parlamentar republicano Jack Kingston se queixou imediatamente. "Os casamentos sofrem. Isso mostra que os democratas se preocupam menos com a família", sustentou Kingston em declarações ao jornal W"ashington Post".
"Minha esposa acaba de voltar de uma viagem de um ano no Iraque. Nosso casamento e nossa família --temos dois filhos-- estão mais firmes do que nunca", respondeu um leitor do "Post".
Depois de conquistar o controle do Congresso denunciando constantemente a "cultura da corrupção" introduzida pelo partido republicano, os democratas parecem estar impacientes para mostrar sua determinação em preservar a imagem da instituição.
Em 2006, a Câmara dos Representantes se reuniu apenas 103 dias.
Até os comentaristas conservadores tiveram problemas para criticar a iniciativa democrata.
"O Congresso não pode realizar uma verdadeira supervisão, sem falar em legislar, com uma semana de dois dias", escreveu o conservador Ramesh Ponnuru em um blog da National Review.
Nos dois últimos anos, a Câmara trabalhava oficialmente a partir da terça-feira, mas geralmente para abrir correspondências ou fazer declarações gerais, como por exemplo felicitar um campeão.
As primeiras votações eram normalmente programadas para as noites das terças-feiras para dar aos parlamentares o tempo de voltar a Washington depois do fim de semana.
Importantes entrevistas coletivas e audiências costumavam ser realizadas às quartas e quintas-feiras, deixando quase todas as sextas-feiras livres.
No entanto, os parlamentares americanos, assim como alguns de seus colegas europeus, defendiam a importância de trabalhar em seus respectivos distritos.
"A pergunta é: Washington quer ter mais influência sobre os parlamentares?", disse Kingston, que viaja quase 1.000 km a cada semana até Savannah, na Geórgia.
"Eles querem que passemos mais tempo em Washington, onde falamos com burocratas do departamento da Educação em vez de conversar com os professores nas salas de aula, que são os que realmente sabem como funciona a reforma da educação", acrescentou.
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