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27/12/2006
-
16h57
SABAH JERGES
da France Presse, em Bagdá
O ex-presidente Saddam Hussein pode ser enforcado a qualquer momento a partir desta quarta-feira, embora, por enquanto, não tenham sido divulgadas informações a respeito da execução de sua sentença de morte, prevista para os próximos 30 dias.
O procedimento "poderá demorar ainda algum tempo por causa da festa de Eid El Adha" que começará no dia 30 de dezembro, afirmou o ministro iraquiano da Justiça, Hashem al Shibli, sem especificar quando nem onde o ex-ditador será executado. Não se sabe também o destino que terão os restos mortais do antigo homem forte do Iraque após sua execução.
Um membro da corrente do líder radical xiita Moqtada al Sadr, Baha al Araji, declarou, no entanto, que a celebração desta festividade religiosa é propícia para seu enforcamento e, por isso, a execução deverá ser aplicada a partir de sexta-feira.
A Corte de Apelações do Alto Tribunal Penal iraquiano confirmou na terça-feira a condenação à morte na forca emitida no dia 5 de novembro por sua responsabilidade no massacre de 148 xiitas em represália por um atentado frustrado contra o comboio no qual viajava em 1982.
Seu meio-irmão Barzan al Tikriti, ex-chefe dos serviços de inteligência, e o ex-presidente do Tribunal Revolucionário, Awad al Bandar, também condenados à morte, serão igualmente executados.
Em carta dirigida ao "povo iraquiano", redigida depois de sua condenação de novembro e antes de perder o recurso da apelação, o ex-ditador declarou que morrerá como "um mártir" e "se sacrificará" por seu povo, ao qual pede que permaneça unido "frente a seus inimigos" americanos e iranianos.
"Peço que não odeiem os povos destes governos que nos atacaram", escreve o ex-presidente, que deseja "longa vida ao Iraque", à Palestina e à guerra santa. "Deus é grande! Que amaldiçoe os miseráveis!", acrescenta.
Nesta quarta-feira à tarde, o gabinete do primeiro-ministro Nuri al Maliki e a presidência iraquiana ainda não haviam reagido oficialmente à decisão do Tribunal de Apelações.
Em troca, o partido Baath, dissolvido após a queda de Saddam, divulgou uma mensagem na internet na qual ameaça atacar os interesses americanos se o ex-ditador for executado.
O veredicto não desencadeou manifestações em Bagdá, nem sequer da comunidade xiita, oprimida durante seu regime.
Entretanto, a violência prossegue no Iraque, em cuja capital morreram pelo menos oito pessoas na explosão de um carro-bomba.
Também nesta quarta-feira, o Exército americano reconheceu ter matado na terça Saheb al Ameri, ligado a Moqtada al Sadr, acusando-o de ter fabricado bombas utilizadas contra suas tropas.
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O ex-presidente Saddam Hussein pode ser enforcado a qualquer momento a partir desta quarta-feira, embora, por enquanto, não tenham sido divulgadas informações a respeito da execução de sua sentença de morte, prevista para os próximos 30 dias.
O procedimento "poderá demorar ainda algum tempo por causa da festa de Eid El Adha" que começará no dia 30 de dezembro, afirmou o ministro iraquiano da Justiça, Hashem al Shibli, sem especificar quando nem onde o ex-ditador será executado. Não se sabe também o destino que terão os restos mortais do antigo homem forte do Iraque após sua execução.
Um membro da corrente do líder radical xiita Moqtada al Sadr, Baha al Araji, declarou, no entanto, que a celebração desta festividade religiosa é propícia para seu enforcamento e, por isso, a execução deverá ser aplicada a partir de sexta-feira.
A Corte de Apelações do Alto Tribunal Penal iraquiano confirmou na terça-feira a condenação à morte na forca emitida no dia 5 de novembro por sua responsabilidade no massacre de 148 xiitas em represália por um atentado frustrado contra o comboio no qual viajava em 1982.
Seu meio-irmão Barzan al Tikriti, ex-chefe dos serviços de inteligência, e o ex-presidente do Tribunal Revolucionário, Awad al Bandar, também condenados à morte, serão igualmente executados.
Em carta dirigida ao "povo iraquiano", redigida depois de sua condenação de novembro e antes de perder o recurso da apelação, o ex-ditador declarou que morrerá como "um mártir" e "se sacrificará" por seu povo, ao qual pede que permaneça unido "frente a seus inimigos" americanos e iranianos.
"Peço que não odeiem os povos destes governos que nos atacaram", escreve o ex-presidente, que deseja "longa vida ao Iraque", à Palestina e à guerra santa. "Deus é grande! Que amaldiçoe os miseráveis!", acrescenta.
Nesta quarta-feira à tarde, o gabinete do primeiro-ministro Nuri al Maliki e a presidência iraquiana ainda não haviam reagido oficialmente à decisão do Tribunal de Apelações.
Em troca, o partido Baath, dissolvido após a queda de Saddam, divulgou uma mensagem na internet na qual ameaça atacar os interesses americanos se o ex-ditador for executado.
O veredicto não desencadeou manifestações em Bagdá, nem sequer da comunidade xiita, oprimida durante seu regime.
Entretanto, a violência prossegue no Iraque, em cuja capital morreram pelo menos oito pessoas na explosão de um carro-bomba.
Também nesta quarta-feira, o Exército americano reconheceu ter matado na terça Saheb al Ameri, ligado a Moqtada al Sadr, acusando-o de ter fabricado bombas utilizadas contra suas tropas.
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