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01/01/2007 - 15h15

Leitores elegem condenação de Saddam fato mais importante de 2006

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da Folha Online

A condenação de Saddam Hussein, 69, à morte por enforcamento foi eleita pelos leitores da Folha Online como o fato internacional mais importante do ano de 2006. A enquete foi realizada durante uma semana, entre 25 de dezembro e 1º de janeiro, e contou, até às 14h desta segunda-feira, com 5.778 votos.

O resultado não tem valor de amostragem científica e se refere apenas a um grupo de leitores da Folha Online.

30.dez.2006/AP
Imagem da TV estatal Iraqi mostra Saddam Hussein sendo preparado para execução<BR>
Imagem da TV estatal Iraqi mostra Saddam Hussein sendo preparado para execução
A condenação de Saddam foi considerada o fato mais marcante do ano por 19% dos participantes da enquete (1.100 votos). Saddam Hussein foi enforcado por volta de 1h deste sábado (horário de Brasília), em Bagdá, em cumprimento à execução imposta pela morte de 148 xiitas em 1982. Ele governou o Iraque de 1979 a 2003, quando caiu após invasão de tropas norte-americanas no país.

Conseguiu fugir, mas foi capturado em dezembro daquele ano e, desde então, respondia a processos por genocídio. Saddam foi acusado por americanos de desenvolver e armazenar armas de destruição em massa, fato que nunca ficou comprovado.

Analistas e autoridades internacionais questionaram a legitimidade e os métodos do julgamento que o condenou. Um segundo julgamento, desta vez por genocídio contra a população curda no final dos anos 80, estava em processo quando ele foi executado. A corte deveria se reunir no próximo dia 8 de janeiro para dar seguimento ao processo.

Terremoto e crise nuclear

Com 910 votos (16% dos participantes), foi eleito o segundo fato mais importante do ano o terremoto na Indonésia.

Cerca de 6.000 pessoas morrem no tremor na ilha indonésia de Java. O terremoto de 6,3 graus na escala Richter ocorreu em 27 de maio de 2006 na populosa região de Yogyakarta, que concentra universidades. Cerca de 38 mil ficaram feridos e mais de 420 mil edifícios foram destruídos ou danificados pela tragédia.

Em terceiro lugar na lista de fatos mais marcantes de 2006 aparece a questão nuclear da Coréia do Norte e do Irã.

Crise nuclear

No dia 9 de outubro do ano que passou, a Coréia do Norte anunciou a realização do primeiro teste nuclear de sua história.

Cinco dias depois, a ONU impôs sanções econômicas e comerciais a Pyongyang. Em 31 de outubro, o governo norte-coreano se diz disposto a retornar ao diálogo entre seis países -- as duas Coréias, EUA, Rússia, China e Japão, sem no entanto fixar uma data.

A crise nuclear entre a comunidade internacional e o Irã começou já em 10 de janeiro de 2006, quando o Irã retirou os selos colocados pela ONU em vários centros de pesquisa nuclear. O país nega que queira possuir uma arma atômica, sob o pretexto de um programa nuclear civil que continua a desenvolver.

Em 14 de novembro, o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, anunciou o objetivo de instalar 60 mil centrífugas no país. Em 23 de dezembro, a ONU aprovou por unanimidade as sanções contra Teerã. O país rejeita a decisão e promete manter seu programa nuclear.

Menos votados

O fato menos votado pelos participantes da enquete foi a morte de Abu Musab Al Zarqawi, líder da Al Qaeda no Iraque, em 7 de junho de 2006. Apenas 23 leitores consideraram que sua morte foi o fato mais importante do ano (o índice não chegou a 1%).

Al Zarqawi --homem mais procurado pelos EUA naquele país, e por quem o Pentágono oferecia US$ 25 milhões-- morreu em um bombardeio do Exército americano perto de Baquba, 65 km ao norte de Bagdá. Ele era apontado como responsável pela maioria das ações terroristas, seqüestros e decapitações de estrangeiros no Iraque.

Empatados com 49 votos (1% dos leitores participantes), ficaram em penúltimo lugar na enquete o assassinato da jornalista russa Anna Politkovskaya e a saída do premiê Ariel Sharon do governo de Israel.

A jornalista russa de oposição Anna Politkovskaya, 48, foi assassinada a tiros em frente ao edifício onde morava, em Moscou, no dia 7 de outubro último. A morte da jornalista --famosa pela cobertura crítica da guerra com a Tchetchênia-- provocou a indignação internacional. Segundo o Comitê de Proteção aos Jornalistas, 42 profissionais morreram na Rússia desde 1992 -- 13 deles desde 2000, após a chegada do atual presidente russo, Vladimir Putin, ao poder.

Ariel Sharon sofreu um derrame derrame cerebral e entrou em coma no dia 4 de janeiro de 2006. Após a vitória de seu novo partido, o Kadima, nas eleições legislativas de 28 de março, seu substituto, Ehud Olmert, formou um governo de coalizão com o trabalhista Amir Peretz.

Concorriam como fato mais importante de 2006 no noticiário internacional o afastamento de Fidel Castro do governo de Cuba, o aumento da violência no Iraque,o assassinato da jornalista russa Anna Politkovskaya, a condenação à morte por enforcamento do ex-ditador Saddam Hussein, a guerra entre Israel e o grupo libanês Hizbollah e a morte do ex-ditador Augusto Pinochet.

Também foram oferecidas as opções da morte do ex-espião russo Alexandre Litvinenko por envenenamento radiativo, a morte de Abu Musab Al Zarqawi, a polêmica das charges e da fala do papa a respeito de Maomé, a questão nuclear de Irã e Coréia do Norte, a eleição de Hugo Chávez, a saída de Ariel Sharon do governo israelense, o terremoto na Indonésia, a vitória democrata nas eleições legislativas dos EUA, a vitória do partido e grupo extremista Hamas nas eleições palestinas e a vitória de Michelle Bachelet, que se tornou a primeira mulher a assumir a Presidência do Chile.

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